quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Falta de inspiração
Na falta do que fazer, em vez de assistir ao BBB, ou estourar os tímpanos com um iPod, vá ao museu. Mesmo que não tenha $$$ para pagar a entrada, aprecie a arquitetura. O cérebro agradece.
sábado, 17 de janeiro de 2009
De serpentes
Eu vou sempre achar um animal repugnante - mas eu não sou propriamente uma pessoa de bichos e matos. Minha selva é a urbana. Não que eu ache o bicho-homem superior, longe disso. Mas a nossa cultura judaico-cristão estigmatizou a pobrezinha (?) desde o mito do Jardim do Éden. Aliás, estigmatizou a mulher também, mas aí é outra história. Parece que embrulharam a mulher e a serpente no mesmo saco. Suspeito que os escribas dos Testamentos são do sexo masculino.
Diz a Wikipedia que a serpente é um antigo deus da sabedoria, que guardava a entrada do mundo subterrâneo. Jung recuperou esse mito em seus sonhos. A serpente está ligada ao deus da medicina, sendo parte do sey símbolo - cura, portanto. Está vinculada à iluminação do Buda, também. Como é um bichinho que fascina minha amiga, e eu estou exercitando minha escrita, fiz uma historinha e mandei "de presente" pra ela. Copio aqui.
A SERPENTE NO PARAÍSO
Era uma vez um lugar tão bonito, mas tão bonito, que nele só havia água, terra, árvores, céu, flores, pedras e bichos. E mais Deus e os anjos, e outros seres assim. Tudo andava em harmonia, o que quer dizer, no equilíbrio peculiar à natureza: chove, faz sol, o leão corre atrás da gazela porque precisa se alimentar, e por aí vai.
Aí Deus, em uma de suas andanças viu que o que tinha feito era bom, mas quis checar com os habitantes. E resolveu ouvir a serpente - um dos seres mais curiosos do local. Sua forma longilínea, sinuosa e flexível a distinguia dos demais. Por isso mesmo ela se sentia diferente, e solitária. Foi o que disse a Deus, e lhe pediu mudanças: quem sabe, novos habitantes, para animar as coisas? Deus, então, criou o homem, que foi quando o desequilíbrio se fez no ambiente.
Deus e a serpente se entreolharam, e pensaram: e agora? E agora? Deus então criou a mulher. E se reuniram Deus, a serpente e a mulher, para pensar numa forma de consertar os erros cometidos pelo homem. Estão até hoje deliberando.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Conto de fadas
Era uma vez uma menina que aprendeu a ler e a escrever e se achava o máximo por isso (ou a achavam... bem, essa é outra história...). Lia tudo e escrevia tudo. Sua inspiração era a Emília, aquela, de Monteiro Lobato. Falava tanto que diziam que tinha "emilite". Escrevia tanto que criou calo e tendinite. Porém, o orgulho lhe subiu à cabeça. E Nemesis lhe enviou um mensageiro do Olimpo, um menino dourado do sol, que lhe disse: você falou demais, escreveu demais. A sua verdade não é absoluta, e mesmo que fosse, não vale para todos. Por isso, seu castigo será o silêncio. E o menino dourado se foi, e levou o sol com ele.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Fantasia & Realidade
Pular da fantasia para a realidade às vezes é possível. Em se tratando de fãs de Jane Austen, chega a ser provável, dependendo das circunstâncias. Se estas o ajudam a chegar a Bath, onde Jane ambientou Persuasion e Northanger Abbey, genial. Acontece que nenhum maluco conseguiu colocar, por exemplo, um viaduto no meio da cidade. Que, naturalmente, não é uma metrópole enlouquecida. E consegue perfeitamente abrigar qualquer filmagem e refilmagem dos perfeitos textos de Jane.
O mapa de Bath dos tempos de Jane pode ser perfeitamente entendido nos dias de hoje.
Vamos tentar fazer isso com o Rio de Machado de Assis, nosso gênio incomparável? Que, aliás, pode ser encontrado no site http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp, que é primo-irmão do Projeto Gutenberg.
Blogar pode fazer mal à saúde mental às vezes...
sábado, 3 de janeiro de 2009
Projeto Gutenberg
Gutenberg também dá nome a um projeto fantástico que disponibiliza livros de graça na rede. Por ex., todas as obras de Jane Austen estão lá - porque não lhe restaram herdeiros a disputar os direitos. E eu não estou falando de cópia pirata.
Inspirei-me a começar o ano falando de um desses gênios inspirados (como Da Vinci), que permitiu-nos, pessoas comuns, ter acesso à cultura, o que antes só era possível a uns poucos escolhidos. Não é difícil imaginar esse processo, pois ainda hoje há elites. Então, um bom ano para nós, aspirantes a escritores, ou pretensiosos blogueiros. O que seria de nós sem Gutenberg?
http://www.gutenberg.org/wiki/Main_Page
Vale a visita ao blog citado: http://www.visuallee.com/weblog/2000_11_01_archive.html
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...
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Câncer, doença, dor, morte, perda, saudade, tristeza. Palavras que exprimem sentimentos e significados que se intercambiam, tecendo uma...
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Que correria para pegar o tal Eurostar. Toda experiencia nova eh interessante, mas glamour, zero. Mas tive a sorte de pegar um vizinho de po...