Uma ideia puxa a outra. Talvez tenha começado com uma das aulas de tradução, sobre a Escola de Toledo, o filósofo Averróis, com o entusiasmo da professora Cristina, que passou o filme para a turma - Al-massir (O Destino), de Youssef Chahine. Tínhamos um volume das 1001 Noites em casa, super bonito. Está com meu irmão. Não me esqueço das idas ao porão (mesmo, tínhamos uma casa com um quarto onde tínhamos estante, móveis da minha bisavó, mesa de botões do meu irmão, uma vitrola onde meu pai ouvia discos de 78 rpm, fazíamos festinhas de aniversário lá... tinha um chão de cimento tosco, meio avermelhado), para ficar lendo. Tinha estante no meu quarto também, mas o porão era um anexo. Livros espalhados já eram um costume, então.
Com a reflexão sobre o tempo, vêm as lembranças, associações. Fiquei até pensando no tal livro ''1001 lugares para se conhecer antes de morrer', algo assim, parece que tem derivações, como aquele 'Comeram o meu queijo' e daí saíram comendo toda a dispensa. Não é. Findou-se uma era, começou outra, fiquei refletindo (não parada, sequer me permiti, hábito que mamãe colocou, criancinha com agenda não foi inventada agora, já estava matriculada em um curso de extensão na PUC antes mesmo de me aposentar), e não tenho um projeto não senhora, resolvi me inspirar em Sherazade, depois pesquiso o simbolismo dos 1001 dias, ou do número 1001, está aí o link da Wikipedia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/As_Mil_e_uma_Noites
http://www.patriciamuller.com/101/