Parece que metade da vida é um processo de aprender a apagar fogos, silenciar, desviar-se das pedras do meio do caminho (ou evitar aquelas que lhe são jogadas no meio da testa). A coisa vai acontecendo, simplesmente. Há momentos em que ocorre um drama mais significativo, mas, de forma geral, é só a vida seguindo e a gente inventando truques para não ser mais magoada. Chega-se a um ponto em que a pessoa se perde e não se reconhece. É claro que para não se reconhecer é preciso que ela se lembre de como foi um dia, e se ela se lembra, ainda há esperança. Porque se o processo está muito adiantado a falta de consciência é plena e é como se outro espírito tivesse se apoderado de seu corpo. Lógico, lembrar-se não é garantia de nada. Imagine-se uma pessoa que está completamente paralisada, que é incapaz de dar um passo, porque não sabe para onde vai ou por qual razão. Paralisia do espírito, da alma, psicológica, não sei como chamar. É uma agonia, não há nada nem ninguém a segurando e no entanto ela está imobilizada num universo onde só ela existe e não há comunicação possível.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Martha Beck's Plan to Get Unstuck and Follow Your Dreams - Oprah.com
Martha Beck's Plan to Get Unstuck and Follow Your Dreams - Oprah.com
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
How to Live an Extraordinary Life
How to Live an Extraordinary Life
Preguiça total de escrever. Bloqueio. Incapacidade. Paralisia. Inabilidade. Estupidez. Inaptidão. Falta de talento. Preguiça.
O que é?
Li um artigo sobre a atriz Vera Fischer relatando que agora ela é escritora. Ela teria escrito sei lá quantos livros em menos de 1 ano. 10, eu acho. E a lápis, pq ñ usa computador. O primeiro tem o título de 'Serena'. Achei interessante o título. Não sei o conteúdo, nem vou criticar. Primeiro pq criticar hoje em dia dá o maior barraco. A gente abre a boca (ou melhor, risca a pena, digita) e ñ somente é insultada, como se bobear ainda é capaz de ser espancada ou até assassinada (vai que os malucos te descobrem?).
Diz a belíssima atriz e pintora (que tb pintou mais uns 200 quadros tb em curtíssimo espaço de tempo) que não fica pensando muito. Vai e faz. Invejinha. Nisso ela tem razão. Quem fica só pensando muitas vezes não faz nada. Ou demora tanto que perde a oportunidade de fazer. É uma enrolação só. Procrastinação.
O que seria melhor: ler e reler Jane Austen e repetir que não dá para ser igual, ou chutar o balde e pegar o lápis como a dona Vera?
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