Parece que metade da vida é um processo de aprender a apagar fogos, silenciar, desviar-se das pedras do meio do caminho (ou evitar aquelas que lhe são jogadas no meio da testa). A coisa vai acontecendo, simplesmente. Há momentos em que ocorre um drama mais significativo, mas, de forma geral, é só a vida seguindo e a gente inventando truques para não ser mais magoada. Chega-se a um ponto em que a pessoa se perde e não se reconhece. É claro que para não se reconhecer é preciso que ela se lembre de como foi um dia, e se ela se lembra, ainda há esperança. Porque se o processo está muito adiantado a falta de consciência é plena e é como se outro espírito tivesse se apoderado de seu corpo. Lógico, lembrar-se não é garantia de nada. Imagine-se uma pessoa que está completamente paralisada, que é incapaz de dar um passo, porque não sabe para onde vai ou por qual razão. Paralisia do espírito, da alma, psicológica, não sei como chamar. É uma agonia, não há nada nem ninguém a segurando e no entanto ela está imobilizada num universo onde só ela existe e não há comunicação possível.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Martha Beck's Plan to Get Unstuck and Follow Your Dreams - Oprah.com
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