Estou curiosa. Bom, nunca estudei filosofia, que para mim está no nível de O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, que é (era?) um professor de filosofia do secundário, e de alguns artigos de revistas voltadas para o tema. Às vezes eu fico meio confusa com abstrações filosóficas. Mas estou descobrindo a necessidade de me aprofundar um pouco mais ao ler sem fraude nem favor - estudos sobre o amor romântico, de Jurandir Freire Costa, ed. Rocco, quando ele começa a desenrolar os conceitos ao longo do tempo acerca do que se convencionou chamar de amor. O assunto me interessa tanto pelo lado humano como pelo ângulo literário: como se constroem (nova ortografia: com ou sem acento agudo?) as tramas amorosas na chick-lit? O que existe ali que prende a atenção? É só observar a lista de best-sellers do NYT, e se verá que há serial writers - leia um, e compare os livros seguintes, e só mudarão os nomes e as locações. Às vezes nem isso. Mesmo assim, nós, as fãs, continuamos comprando os livros (ou eles ñ seriam best-sellers). Porque? Só pode ser vício. Ou porque os livros contêm algo que falta em nossas vidas. Preciso estudar o assunto. Mas esse psicanalista vai e saca Santo Agostinho, e outros, e dá um nó na cabeça da gente. Espero terminar o livro em estado de alguma sanidade.
Depois eu compro o livro sobre a filosofia do House, que é absolutamente fascinante, mas, para mim, a pessoa mais cínica e antiética da face da terra. Bem... comparado com os políticos brasileiros, tenho de rever meus conceitos. Deve ser no mínimo interessante. Tenho de passar numa livraria para folhear e conferir. Não dá para confiar só em release.
Finalizo com um comentário pescado num site sobre O Mundo de Sofia, este sim, um livro encantador, com certeza:
O objectivo principal deste livro não é, segundo o nosso ponto de vista, relatar ao leitor a evolução da filosofia ao longo do tempo, mas sim fazer com que este não seja tão indiferente àquilo que o rodeia. Isto é conseguido através das respostas dos grandes filósofos às questões que sempre afligiram o mundo.
"A capacidade de nos surpreendermos é a única coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos (...) E agora tens que te decidir, Sofia: és uma criança que ainda não se habituou ao mundo? Ou és uma filósofa que pode jurar que isso nunca lhe acontecerá?... Não quero que tu pertenças à categoria dos apáticos e dos indiferentes. Quero que vivas a tua vida de forma consciente."
http://www.ime.usp.br/~cesar/projects/lowtech/mundodesofia/
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