domingo, 23 de novembro de 2008

50 and counting. Now what?

Li em um livro que andar por uma cidade é uma espécie de experiência em andamento. Acho que isso pode ser a explicação (ou parte, pelo menos) do que acontece quando viajamos para algum lugar diferente de nossa realidade ou do que conhecemos, ainda que por meio de filmes, livros. Quanto mais diferente, mais nos expandimos mentalmente. O difícil é depois nos "adaptarmos" ao nosso corpo. Pelo menos é o que eu venho sentindo. E, como disse que essa poderia ser somente uma parte da explicação, é pq pode ser muito mais do que isso, e a viagem ser apenas o que despertou a estranheza de mim, da minha realidade.
A idade faz diferença. O que fazer depois que envelhecemos? Adquirimos uma nova perspectiva dos fatos e coisas. O que antes tinha importância passa a não ter mais. Ou vice-versa. Passamos a prestar mais atenção no tempo, afinal, passamos a dispor menos dele - pela ordem natural das coisas. O desperdício já não é mais possível. E a mesquinhez passa a incomodar cada vez mais. O que dizer da estupidez quando comparada a monumentos milenares? Ela tem lugar em uma catedral por onde passaram almas atormentadas por 1000 anos?
O que fazer de nossa pequena vida diante da grandeza possível?

Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...