quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O sal da terra

Filadélfia, 22/12/2012

Ter filhos parece ser uma coisa "natural". Não é assim para todos. Ou todas. A coisa é meio complexa. Não vou nem falar da educação/permissividade, porque fico muito irritada com crianças/mães/avós sem noção ou sem limite. Há certas práticas que não podem sair da casa da gente, sob pena de invadir o espaço alheio, incomodar mesmo o outro.

Falo da capacidade que algumas pessoas têm para desempenhar esse papel de pais. Confesso que nunca tive. Há que se ter paciência, em primeiro lugar, que não é o meu forte. Um tanto ou quanto de maturidade e planejamento também são desejáveis. Uma base familiar sólida, ah, então, nem se fala. Isso tudo e mais com certeza devem fazer parte de algum manual da boa mãe. Eu até comprava aquela revista Pais e Filhos, mas com certeza metade do conteúdo deve ter se perdido no meio da confusão que é o meu cérebro.

Culpo a literatura. Ou quiçá o meu signo, Sagitário: simbolizado pelo centauro, metade equino, patas no chão, daí parte ligado à realidade e também, por ser animal, um pouco grosseiro, e metade o homem com a flecha apontada para o céu, sempre procurando algo que não sabe o que é. Esse é o problema. O quê? Até hoje não sei.

Fui (e sou) a mãe que sabia e podia ser. Limitada. Frustrada. Às vezes triste, às vezes alegre. Sempre em construção, sempre observando, sempre buscando. E sempre, sempre torcendo pelos meus filhos. Basta que eles estejam bem. É simples assim.

Claro, gosto de viver no meu mundinho peculiar e particular. Acho que se pudesse, nunca mais sairia dele. Só me comuniquem se tudo está bem e pronto. Emoções e sentimentos machucam, incomodam. Por isso passo tanto tempo lendo e me adaptei tão bem ao computador. Talvez seja um círculo vicioso. Minha filha me disse que eu não gostava de ser incomodada quando estava lendo. É verdade. Talvez porque eu nunca tivesse tido ninguém para brincar ou dividir nada, a não ser por pequenos períodos de tempo, devido ao tipo de educação que recebi. Tudo muito controlado. Sou introvertida ou antissocial em decorrência disso? Infelizmente, é tarde demais para dar um jeito nisso. 

Não vou mais especular como poderia ser diferente. As coisas são como são. Pensar no que poderia ter sido é um inferno do qual devemos nos livrar. Meus filhos seguem seus caminhos como têm de seguir, levando em consideração seus respectivos interesses, o que é natural e o correto. Se houver uma ponte, um canal de comunicação aberto, será bom. Ruim é quando cada um se acha exclusivamente certo e se recusa a ver o ponto de vista do outro. É fato que às vezes a gente não consegue mesmo enxergar. É aquele cisco que obstrui nosso olho e nos torna cegos às coisas que estão diante de nós. 

Minha esperança é o diálogo. Ilustrei o texto com uma foto tirada na Filadélfia, quando eu e minha filha visitamos o Independence Mall, onde está o sino quebrado que anunciou a independência dos Estados Unidos. Ela segue caminhando, e, imagino, firme, forte, segura e tranquila. Com certeza antecipa o show a que assistiríamos no dia seguinte, da Dave Matthews Band, e o resto da viagem, talvez não totalmente serena, mas, como a vida, a ser vivida plenamente. Era assim que eu imaginava as coisas na vida, tanto para mim, como, depois, para meus filhos. Espero que, pelo menos para eles, isso se concretize, mesmo que minha contribuição não tenha sido a que eles desejaram ou fantasiaram.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

As igrejas

Ainda me lembro de uma amiga que tinha morado em Londres me dizendo, quando fui a primeira vez a Paris, lá em 1997, "olha, não vá entrar em tudo que é igreja, que é muito chato". Tem quem pense a mesma coisa de museu. Claro, não é possível entrar em todos os museus, especialmente se o tempo for limitado. Mas quando não consigo ir a um museu e a uma igreja, parece que está faltando alguma coisa. Nem preciso passar horas no museu. Passei a ser seletiva com relação a esse tipo de visita, quando se trata de grandes acervos. Tentar ver tudo num piscar de olhos é a mesma coisa que fazer um tour por toda a Europa em, sei lá, 15 dias? Digamos, 1 cidade por dia? 

Com as igrejas minha relação é diferente. Existe a questão estética, pois em geral a arquitetura é digna de ser apreciada, e a questão religiosa. Faço questão de agradecer a Deus a graça de cada viagem que faço. Já falei disso, mas repito: nunca tinha imaginado na minha vida que um dia pudesse viajar, que é uma coisa que adoro fazer. E a cada viagem me questiono se vou poder fazê-lo novamente. 

Sempre me lembro de minha melhor amiga, Déa, que conheci na minha segunda viagem a Nova York, em 1993, junto com outras amigas, e depois disso foi minha fiel companheira de viagem, até a última, em 1997, quando o câncer foi mais forte do que ela. Íamos juntas à Catedral de St Patrick para agradecer por estarmos na cidade que adorávamos. Sempre vou me lembrar dela quando, ao chegarmos em NYC vindo de Paris, naquela última viagem. Ela, abatida, e eu deixamos as malas no hotel e fomos passear na Times Square. Ela olhou ao redor e com os olhos cheios d'água disse que tinha a certeza de que era a última vez que estaria ali, naquela cidade que tanto amava.

Não recomendo a ninguém, claro, viajar a qualquer custo. Cada um sabe o preço que pode pagar, determinado em moeda ou emocionalmente. Mas se bastar apenas um empurrãozinho, então vá. O que se ganha não tem preço. Quanto às igrejas, minha primeira formação foi a católica, então, embora não mais me filie a essa religião, é a base da minha fé, do meu misticismo, então aonde vou, visito os templos católicos. É onde me sinto confortável. Já visitei igrejas anglicanas na Inglaterra. Não estranhei, afinal, se São Jorge é o patrono da Inglaterra, alguma afinidade há de existir. 

Fato é que acho admiráveis, magníficas as igrejas que visitei, e espero visitar mais, se possível. Algumas são incríveis por conta da arquitetura, outras por causa da simplicidade. As catedrais de Chartres, Notre-Dame de Paris, Sagrada Família em Barcelona, Notre-Dame em Montreal, Notre-Dame em Quebec, St Patrick, Praga, Viena, Munique, Saint Sernin em Toulouse, são apenas algumas. Acabei ignorando minha amiga e entrei em todas as igrejas que pude em Paris. Fiz a mesma coisa em Toulouse, anos depois. Faço a mesma coisa no centro do Rio de Janeiro, quando posso. Curto demais o centro antigo. Adoro o colonial, adoro as igrejas de Minas Gerais. Amo o convento de Santo Antônio no Largo da Carioca. Como já disse, gosto de apreciar a capacidade que o homem tem de criar a beleza. Nesses momentos eu consigo esquecer que esse mesmo homem é capaz de destruir.

De qualquer forma, sempre acho bom agradecer. Gratidão é um sentimento subestimado por muitos.

Missa em St Patrick - Natal 2012

St Patrick - Natal 2012

St Patrick - Ano da Fé 2012-2013

Igreja N.S. de Guadalupe



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Memórias de viagens

Ao mesmo tempo em que viajar pode ser um pé no desconhecido (e, mesmo que já se conheça o lugar, sempre há o que descobrir), também pode ser um gatilho para despertar memórias. É como cheiros, comidas, palavras, pessoas. Algo assim como aquele método de associação de palavras da psicanálise, acho. Não sou especialista no assunto, mas Freud incentivava seus pacientes a dizer o que lhes viesse à cabeça, para depois analisar o material.

Por analogia, não acho difícil imaginar como a possibilidade de poder ver, frente a frente, algo com que se sonhou, pode nos impactar. Pode ser algo conhecido de leituras, como, por exemplo, uma Torre Eiffel, as cataratas do Niágara, ou algo que nos surpreenda. Qualquer coisa, até conhecer uma pessoa com uma cultura diferente.

Gosto muito de experimentar comidas diferentes, embora tenha minhas limitações de gosto. Poucas experiências nos aproximam tanto de uma cultura local quanto a culinária.

Andar, sempre que possível - é bom aproveitar enquanto há capacidade física.

De vez em quando, vou a algum lugar que, por alguma razão, desperte memórias que me são caras, e aí vou às alturas. Tenho, realmente, de me conter. É por essa razão que sempre vou ter uma relação especial com Nova York. Se fosse enumerar tudo que essa cidade me faz lembrar, tudo que vejo e me dá alegria, ou nostalgia, talvez até saudade, não falaria de outra coisa.

O fato é que o tempo passa, e nós vamos atrás. As cidades, mais ou menos, ficam. Há algo nelas que as faz reconhecíveis, e há o que muda. Algumas coisas se devem à mão do homem, e nem sempre por boas razões, como no caso do 11 de setembro, em NY. Outras vezes, são as intempéries, que, atualmente, também começam a ser meio que devidas à imprevidência humana. 

Só sei que gosto de andar pelas cidades. Gosto de ver o que o homem consegue construir de belo quando a isso se aplica. E adoro poder viajar e encontrar pedaços cristalizados das minhas paixões.

Uma de minhas paixões, a série de TV Star Trek. Na primeira viagem que fiz a NYC, em 1991, entrei numa loja de vídeos e lá estava um monte de VHS. Me senti o próprio pinto no lixo. Tive de escolher. The Cage é o piloto da série, e a outra é, para mim, a melhor história da série. =~ (Não consigo jogar fora, apesar de ter tudo em DVD, e não, não comprei em blu-ray)


Um clássico. Maravilhosa Audrey. Quantas vezes fui a NY até ter coragem de entrar na Tiffany's...


Sou apaixonada por esse conto clássico, a Bela e a Fera. Essa versão, de Jean Cocteau, é da antiga e finada RKO, que existia na 6a. Avenida, ainda em VHS. 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Múltipla escolha


Já escolhido o destino da viagem, o que nem sempre é fácil (afinal, trata-se de um investimento para a maior parte da turma que bota o pé no mundo), a questão é decidir se vamos fazer tudo sozinhos ou com uma agência. Li algo recentemente sobre uma agência que quebrou e deixou todo mundo de passagem na mão. Não é a primeira e espero que seja a última. Como deve ser frustrante planejar uma viagem e ver seus planos se desfazerem como pó, e ainda por cima, ser lesado!

Decidindo o voo solo, aí vamos torcer, rezar (dependendo da crença de cada um) para que saia razoavelmente tudo certo. Porque podemos contar que 100% não funciona. Sinto muito, mentir não faz ninguém feliz, só em romances, que eu adoro. 

Sempre comprei passagem aérea com meu agente de viagens e nunca tive o menor problema, mas não sei o que aconteceu com ele. Em julho de 2012 tive minha primeira experiência de comprar passagem internacional pela internet, via http://www.submarinoviagens.com.br/default.aspx. Funcionou muitíssimo bem, e inclusive o preço foi melhor que na agência consultada e na própria companhia aérea. Pelo Brasil já usava os sites da Gol e da Tam. Também já tive a experiência de adquirir passagens em aéreas low cost na Europa e no Canadá pela internet, com resultado positivo. Só não testei ainda passagem de trem: prefiro comprar na hora, para não correr o risco de perder o bilhete caso haja algum transtorno. 

Agora, no entanto, no final do ano, ao decidir ir para Nova York, cheguei na http://www.skyscanner.com.br/ por indicação. É um dos muitos sites que faz pesquisa de preços. Há outros, mas este é bem recomendado. Tinha uma premissa de viagem específica, que era fazer escala em SP. Se não fosse isso, teria ido pela American Airlines, já que estou inscrita em seu programa de milhagem. A única companhia que tinha um voo com esse pré-requisito era a TAM. Comprei a passagem, junto com a outra pessoa que iria comigo, com assentos contíguos, inclusive achando que o voo partiria à noite. Como disse Julia Roberts em Pretty Woman, "big mistake". 

É preciso dizer, antes, que a Skyscanner direciona para uma agência, quando se encontra o voo desejado. No caso, fui parar numa chamada http://www.airprojects.com/. Não sei se há ligação entre elas, se todas as vezes que se adquire uma passagem é o mesmo procedimento, ou se eu tivesse adquirido outro tipo de bilhete teria caído em outro site / agência. Fato é que fui parar nessa Air Projects.

E o big mistake? Começou com o voo partindo de manhã. Não tem nada mais tosco. Acabei de folhear uma revista que dizia que a American Airlines inaugurou voos de manhã partindo de SP porque assim coincidia com o check-in, que é 15 h, e o voo chega por volta de 16 h. Hum. Eu diria que é uma justificativa tosca, continuemos. Não tendo percebido que na volta a escala me obrigaria a ficar muitas horas em SP, o problema foi (?) resolvido pelo representante da agência, que nos ligou para confirmar alguns dados, e mudou o voo de retorno para o Rio. 

Quando estávamos perto de embarcar e fomos confirmar os detalhes, nos demos conta de que não havia confirmação de assento para mim. Aí começou a maratona. Apesar de emails e contatos telefônicos, a agência só fez enrolar. Resolver que é bom, nada. A palavra final foi que a TAM poderia resolver no aeroporto, no check-in. O que não aconteceu, claro. Ao chegar em SP, quando tive de trocar de aeronave, apesar de informações desencontradas da TAM, outra enrolada também, um funcionário muito esforçado, Bil, tentou o possível, mas não conseguiu. Por sorte, havia uma família perto de nós que também tinha o mesmo problema, e conseguimos nos acomodar todos.

Na volta, chegamos cedo no aeroporto, já prevendo problemas. Apresento-me à funcionária do aeroporto, mostro meu bilhete e ela pede só o passaporte. Mesmo assim, aviso que estou indo para o Rio. A fofa diz que só tem confirmado meu destino final para SP. *suspiro* E lá vamos nós de novo. Depois de um bom tempo, ela tem a boa vontade de sair e ir não sei aonde (isso depois de ter dito que eu teria de ir "à loja" da TAM) e resolver o problema. 

Pesamos uma das malas duas vezes: 22 kg. Guardaram esse número? Pois bem. Voltaremos a ele.

Escala em SP. Corre-corre para a escala. Entra em fila, sai da fila, cadê informação? Nenhuma. Nenhum funcionário, nada. Vejo um rapaz que estava no meu voo, corro atrás dele, vejo um balcão escrito "TAM - Assunção", vou até lá, pergunto, e a moça se vira para outro homem e diz "mais uma", o homem diz "vou chamar a van", e lá vamos eu e o rapaz para uma van que vai nos levar até o avião. Quando estamos na van, entra mais um casal. Quase fico com vergonha, achando que está todo mundo me esperando, mas não, ainda vem mais gente, inclusive do meu voo. Daqui a pouco, um casal meio besta, e diz que estou no lugar errado. Peço desculpas, mas resolvo conferir meu bilhete. Ooops. Não. Estou certa. Ooops. Eles ficam sem-graça. Vão com Deus. Sério, TAM? [https://www.tam.com.br/b2c/vgn/v/index.jsp?vgnextoid=97981ed526b72210VgnVCM1000003752070aRCRD]

Rio de Janeiro, chegamos neste verão horroroso, acabou? Não. Minhas malas foram abertas e arrancaram a alça de uma delas. Sem a menor necessidade, porque o cadeado, que foi jogado fora junto com a tag, estava no fecho. Bárbaros. Fui reclamar, e a fofa da funcionária da TAM queria que eu conferisse a mala no saguão do aeroporto. Não é linda? Aí ela pesou a mala. Que tinha 20 kg. E segundo ela, "conferia" com o sistema. Conferia? Sistema? Que sistema? Como então a mala pesava 22 kg em NYC? Ainda não terminei de fazer a minha conferência, mas há algo de podre nessa história. Não estou achando que fui roubada em 2 kg. E será que há uma diferença de balança em 2 kg nas balanças nos aeroportos para cobrarem excesso de bagagem? Só especulando.

Só dizendo: TAM internacional? Nunca mais. Air Projects? Idem.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Pé na estrada



De repente dá aquela ansiedade dentro da gente, talvez uma sensação de que o tempo vai se esgotar e não se fez nada de interessante, tudo é um tédio, quem sabe é o aniversário que se aproxima e menos tempo resta para se fazer o que se gosta ou o que se queria? Viajar é a resposta.

Há muito a internet é imprescindível, fonte de consulta para quem quer planejar uma viagem, saber o que acontece, como são as coisas no lugar aonde se vai, e muito mais. Todo mundo sabe que dá para comprar passagem, reservar hotel, etc., sem grandes dificuldades. Dá trabalho? Consome tempo? Sim. Porque é necessário se fazer muita pesquisa, é preciso ter confiança nos sites, nas "opiniões" que são publicadas pelos usuários, quando é o caso... E quando há descrições e fotos, muitas vezes não é possível se ter uma visão precisa do produto. Há inúmeras variáveis a se considerar. Talvez seja por essas razões que muita gente prefira viajar em grupo ou com agência. Claro, há o fator "língua" a pesar. Pesquisas recentes mostraram que é mínimo o percentual da população que fala inglês. Acho que menos de 5%. Não sei qual é o percentual que fala espanhol. Eu, por exemplo, não falo. Agora voltei a estudar francês.

Não que isso seja impeditivo: o que tem de brasileiro nos EUA é uma enormidade.

O que eu comecei a me perguntar foi: os guias de viagem se tornaram obsoletos? Porque todas as vezes em que vou para algum lugar, compro um, de preferência da grife Rough Guides, meus favoritos. Ressalto que sou devota ferrenha da internet, há muito, muito tempo. Não abro mão de fazer pesquisas intensas antes de viajar, e costumo fazer minhas próprias reservas de hotel. Meus sites habituais são http://www.hoteis.com/ e http://www.booking.com/. Tenho outros sites que pesquiso, mas volto a eles em outro post. Só que tinha desistido dos guias com relação a Nova York, porque é a cidade que mais visitei, e tinha a "pretensão" de achar que a conhecia melhor, e até de achar que não mais voltaria lá. 

Como dizia uma amiga, pretensão e água benta, cada um põe onde quer. Porque é impossível, pelo menos para mim, andar numa cidade que eu só visito de vez em quando. Tenho de ter pelo menos um mapinha. E o fato é que as cidades mudam. Ou será só Nova York? Mas não é bem isso não. Está quase tudo lá no lugar. Lógico que houve mudanças, mas a distribuição das ruas é fácil de compreender. É que a gente precisa saber onde estão as coisas, e daí precisa do tal guia. Simples assim. A questão que se põe é: o smartphone ou o tablet o substituem? Talvez. Depende de você conseguir conexão. 

Porque o roaming da sua operadora é uma fortuna. Aí você pode comprar um chip lá, que nem é tão barato assim se quiser ter acesso à internet. Ou pode usar wifi, que não tem em todo lugar (hoje o lindo do Google botou de graça no Chelsea). Mas até hoje posso jurar que nunca consegui ter acesso ao wifi dos aeroportos internacionais nem do Galeão, de Guarulhos nem no JFK. E aí, vai parar parar no meio da rua para abrir seu iPad? Bom, também não recomendo fazer isso com o guia de viagem. Dá muita bandeira. Sempre achei legal resolver aonde iria antes de sair do hotel, anotar tudo num papel à parte, e na dúvida, entrar em algum lugar. Consultar, só os mapas de transporte público. Acho utilíssimos. E se me perder, o que não é incomum, vou e volto. Sou apenas humana.

Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...