segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A tristeza

Um auto-exilado do Rio me disse q a Cidade Maravilhosa não é mais. Desde o resultado das eleições de ontem, sou obrigada a concordar com ele. Só ñ queria enxergar. A favelização, a violência, a falta de educação, e agora, a esquerda vergonhosa e envergonhada se aliando ao prefeito eleito. Como dizia Boris Casoy, é uma vergonha. Agora, só me resta torcer por Obama, q, pelo menos parece ñ ter o "dedo nervoso" para começar uma guerra nuclear.

Vergonha, vergonha.

Apesar de q, Campos (RJ)...

E o q são esses malucos em LA comemorando 25 anos de Thriller fazendo a coreografia na rua?!?!?!?!?! Well, melhor do q ver as manchetes dos jornais cariocas de hoje... 55.000 votos de diferença, e mais de 200.000 abstenções. E se o voto ñ fosse obrigatório?

domingo, 26 de outubro de 2008

A esperança


Estava viajando quando houve o primeiro turno das eleições municipais no Brasil. Sempre tento manter algum afastamento, para dar uma faxina na cabeça, se não, qual seria o propósito de férias, de fazer alguma coisa diferente? Mas descobri q quem tem filhos ñ consegue se desconectar por inteiro, daí o acesso à internet ser um must. Depois de um chá com Mr. Darcy, ruínas romanas e ancestrais (Stonehenge), foi até estranho lembrar da realidade deixada para trás. Ter a oportunidd de observar a capacidd humana de produzir beleza e engenhosidd inacreditáveis há milhares de anos dá uma nova perspectiva ao enxergar as coisas - e, certamente, política está entre uma das coisas mais mesquinhas, pequenas q o homem já foi capaz de produzir. Ou, alguns raros, pode estar associada a uma grandeza inimaginável, tanto quanto uma catedral milenar.

Pois. Enquanto me conectava no YMCA de Bath, lembrei de checar como andavam as coisas no Rio. Cedo demais para dizer. No dia seguinte, a boa surpresa: Gabeira estava no segundo turno. 1 fora (Crivella), outro quase (Paes). Ora, ora, algo de novo sob o céu. E, apesar de Hillary Clinton ter saído do páreo, Barack Obama se descortinava como uma esperança de mudança.

Ok. Mundo em crise: os defensores do mercado livre se dão conta de que mercado livre é, na verdade, uma cobertura para a ganância desenfreada. Tudo bem, como disse o personagem fictício Austen, pai de Jane, no filme Becoming Jane, nada quebra tanto o espírito do ser humano como a pobreza. Uma das grandes mentiras propagadas por alguns cristãos, o de que a riqueza se compara ao pecado, e a pobreza leva ao "céu". Tirando Francisco de Assis, todos q disseram isso eram os ricos q queriam manter o status quo, à custa da exploração do semelhante. Como os CEO da Enron, e outros que aplicaram o golpe da pirâmide no mundo inteiro. Os valores das empresas na bolsa, super-inflados, estão de dieta. Espera-se, mais saudáveis no final das contas. Enquanto isso, como sempre, os mais pobres vão pagar o preço, com a recessão, o desemprego.

Volto para a realidd - nada mais "apropriado" para mostrar isso do q passar pela alfândega, e se livrar de ser enxergada como criminosa (ñ sei o q esperavam achar no salto do meu sapato, ou na minha mala), e sentir o calor desagradável, deparar com uma amostra de uma escola de samba, com direito a mini-bateria e algumas passistas semipeladas, e atravessar a Linha Vermelha repleta de incertezas, perigos e sub-habitações irregulares espalhadas.

Mas ainda, alguma esperança, afinal, Gabeira estava no páreo. GloboNews, CNN, BBC, Fox News, internet - crise, recessão, baixarias na disputa municipal: as filhas de Gabeira tiveram de receber proteção policial por conta de ameaças anônimas. As igrejas fundamentalistas chocadas pq, aparentemente, Gabeira é filho do capeta, já q tem propostas libertárias, coisas de q elas nunca gostaram. Ñ foi à toa q a Inquisição prosperou, ou a perseguição às bruxas, tanto por parte de católicos como protestantes. Uma das coisas q me impediu de apreciar 100% Londres foi o onipresente orgulho imperialista das conquistas coloniais. Visitar a Torre de Londres é ao mesmo tempo interessante e chocante (especialmente quando se assiste à série Os Tudors - claro, já q era "pecado" se divorciar, então matemos as mulheres... parece q Henrique VIII estabeleceu um padrão muito apreciado até hoje pelos homens ciosos de seu machismo e de seus bens).

Baixaria, violência. Alianças chocantes: q esquerda é essa, a do Rio, somente ciosa de seu EGO (meio como Heloísa Helena, q abriu espaço para Collor, pq achou q com uma perspectiva de obter 1 ou 2% dos votos nas eleições para a presidência poderia fazer alguma diferença... qual é o problema dessas pessoas? como um ego pode ser tão espaçoso?)? Aí se juntam os órfãos de Crivella, os órfãos dos piedosos de todos os espectros, mais as madames da TFP, e lá está Eduardo Paes com vantagem sobre Gabeira. Disgusting.

Um relato inteligente sobre o último debate Gabeira-Paes pode ser lido no blog Trivialidades da Vida (http://trivialidadesdavida.blogspot.com/).

Seja lá qual for o resultado, o mundo está em transformação. A crise econômica, a crise ambiental, a crise política. Nada de novo no cenário planetário. Congelamento ou aquecimento vêm acontecendo há milhares de anos. Se as estrelas são apenas um ponto de luz indicando corpos gigantescos mortos há milhares de anos, o q somos nós? Pretensiosos seres q estão se achando. Mas q, apesar de viverem tão pouco tempo em termos relativos, são capazes de fazer imenso mal. É respirar e viver o momento presente, como dizem os budistas. E, como diz Ivan Lins, na inspirada canção, desesperar, jamais. Sem inércia, porém. Gabeira e Obama acenderam uma luz. Que seja forte para se espalhar.

sábado, 18 de outubro de 2008

Eu bebo sim...

Quando a companhia é boa, até eu bebo... é claro q os puristas dirão q cerveja com chocolate ñ é bebida, mas mesmo assim... brasileiros, alemães, ingleses... uma boa surpresa...

Delirium Cafe & Taphouse, Brussels - Belgium - o folheto da propaganda diz q lá é possível provar mais de 2000 cervejas de todo o mundo...


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O caminho para o novo

"Em seu livro A Fruitful Darkness (ñ traduzido ainda), a ecologista e antropóloga budista Joan Halifax diz q todo mundo tem uma geografia própria, q pode ser usada para mudanças. É por isso q viajamos para lugares distantes. Saibamos disso ou ñ, precisamos renovar nós mesmos em territórios frescos e selvagens. Precisamos ir para casa passando por terras estranhas. Para alguns, essas são jornadas em que mudanças ocorrem intencional e cuidadosamente.
Porém, para a maioria das pessoas atualmente, esse sentido de sair em busca do novo, do fresco, do desconhecido, está meio de lado. Ainda q sobrevivam exemplos como os intercâmbios acadêmicos e os períodos 'sabáticos', a viagem exploratória há muito cedeu lugar à pura distração. Vivemos na chamada cultura da embriaguez, onde o q vale é o prazer. As pessoas viajam para descansar, se divertir, ñ para encontrar o desconhecido ou encontrar a si mesmas. Ninguém quer sair da zona de conforto. Basta marcar as férias p/ começar a corrida atrás de uma acomodação com TV, ar-condicionado e frigobar.
O problema é tornar a viagem um prolongamento da vida cotidiana. As viagens hoje em dia são superprotegidas, as pessoas se armam, querem levar todo seu conforto. É cada vez mais difícil elas se soltarem ao risco, entenderem a borda do limite, diz o psicanalista da Faculdade de Educação da USP Rinaldo Voltolini.
O pulo do gato: para ser transformadora, a viagem deve proporcionar um corte, uma perda de referências. Um acompanhante é sempre uma referência. É quando estamos sem onde nos segurar que sabemos quem realmente somos. É hora de assumir as pps decisões e de cair e sair sozinho de apuros. O q vc prefere fazer? Viajar sozinho ajuda vc a experimentar esse corte a q, se a realidade ñ lhe impõe, fica mais difícil chegar com as pps pernas. Freud já dizia: o psiquismo é conservador, quando encontra um caminho ñ muda."

Então, esse texto é da revista Vida Simples, de ago 06. Estava no baú e veio a calhar, pelo menos traduziu algo do q sinto quando resolvo viajar. Até pq sempre há a limitação do $$$, então é preciso escolher. Talvez essa limitação seja determinante para evitar o "conservadorismo". Alguns confortos são necessários, pelo menos para mim - ñ a TV, descobri, ou o frigobar. É impossível, creio, viajar, sair de casa, e continuar a ter as mesmas condições q se tem em casa. O nível de acomodação deve depender do lugar a onde se vai. Quanto maior o nr de alterações do "normal", maior será o "risco", e maior o aprendizado (minha opinião, claro). Concomitante é o aumento da ansiedd. Mas cada passo dado e objetivo atingido é uma vitória. Esta viagem me deu exatamente essa percepção: estive sozinha a maior parte do tempo, desde o planejamento, e digo q é um caminhão de estresse. No entanto, quando tive a oportunidd de ter uma companhia para ir a Ghent, o medo - sim, esse é o sentimento básico - diminuiu. Alguém para dividir a dúvida, para ajudar a tomar decisões, para acompanhar... até tenho dúvidas se realmente só se aprende viajando sozinha. Estar com alguém q se acabou de conhecer tb implicaria algum risco, já q é o novo sob outra forma. Nenhum conforto planejado, afinal, se tratava de uma pessoa ñ conhecida anteriormente, possibilidds múltiplas, cidades, idades/gerações e objetivos diferentes. No entanto, foi como uma pausa para respirar no meio de um bombardeio de novas sensações. Muito bem-vinda. Alguns de nós fazemos viagens curtas por questões práticas, o q é possível. Então temos de otimizar o q fazemos, potencializar cada minuto de experiência, fazer o máximo no mínimo de tempo q nos é permitido. Essa é a nossa viagem exploratória possível, ñ o grand tour q se praticava no século XIX (quem tinha $$$, lógico, sempre...). O cansaço físico é imenso. Mas há um cansaço psicológico tb. Lendo esse texto (q está fazendo este post ficar gigante) me dou conta das razões para isso: overload. Aí a gente passa o resto do ano, ou, quiçá, o resto da vida na rotina e tentando reviver essa(s) experiência(s) para ñ submergir na mediocridd. Imaginem o q é perder essas memórias...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Stonehenge


Primeiro eu pensei: afinal, são só pedras. Tinha acabado de assistir a um Discovery ou History Channel (ou seria NatGeo?) mostrando uma escavação na região (ñ vi nenhum vestígio), os movimentos de vai-e-vem das pessoas q moravam ali 2500 a.C. e como o monumento foi erguido (pelo menos como achavam, pq eu ñ conseguia acreditar como pessoas como nós poderiam levantar aquelas pedras, pesando 25 ton cada, e colocá-las onde estão até hoje (bom, o q restou delas), especialmente aquelas horizontais. Como?!?!?!?!?!
Até tentei ir a Glastonbury (um lugar espiritual e mítico, tanto para os cristãos como para os interessados nas lendas sobre o Rei Artur, já q ali teria sido Camelot), mas, se entendi direito, ñ havia trem direto para lá de Bath, teria de fazer uma triangulação e estava sem o menor saco, e para ir a Salisbury, seria só 1 h de trem. Foi tudo intuitivo: visitei as Termas Romanas, e sem ter o q fazer depois, acabei na estação de trem. Chegando em Salisbury, e agora? Ônibus turístico, claro. É a solução mais prática - e era mesmo. Stonehenge era longe, tem de pegar estrada, como eu iria chegar lá de outro jeito? E ainda tem o guia. Claro, num dia de semana, chuvoso, frio, qual seria a possibilidd de ter espírito-de-porco? Nenhuma, certo? Até achei q seria a única passageira. Fui dar um rolé e comer alguma coisa, e quando voltei, tinha mais gente. E os espíritos-de-porco apareceram. Brasileiros, claro. Nem acredito na sorte q dei em Bruxelas, pq esses do ônibus eram os típicos turistas mal-educados. Ñ paravam de falar (e nada interessante), dificultando mais ainda o já difícil entendimento do britânico sotaque (como diria o primo bretão do Asterix). São q nem carrapato. Grudam q ñ saem (foi o q me disseram, ñ me lembro de ter pego nenhum - a superproteção de mamãe foi positiva nesse caso).
Well, lá estavam as "simples pedras". Q ñ têm nada de simples. São incríveis mesmo. É só parar pra pensar q tudo q a gente vê tem história. Pode ser 1 ano ou milhares de anos. O q tem por trás daquele objeto, daquele monumento? Como viviam as pessoas, como elas foram capazes de transformar matéria-prima?
É essa sensação de história fluindo, passado-presente se intercomunicando q fascinam. É deslumbramento total. Pelo menos para mim.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

PAUSA: What is the Girl Effect?

What happens when a girl child in the developing world gets a chance?

* If she receives seven or more years of education, she marries 4 years later and has 2.2 fewer children.

* Educated girls grow into educated women, who are more likely to have healthier and better educated children.

* An extra year of primary school boosts a girls' future wages by 10 to 20 percent.

Now what happens when you multiply these effects by the 600 million girl children around the globe? You change the world. In fact, research shows that investing in girls is one of the best ways to fight poverty.

Watch a wonderful, creative video about the Girl Effect on CARE's website.

http://www.care2.com/dailyaction/homepage.html

Carta (editada) de 10/10

... Londres é muito diferente de NYC, a única rua q tem movimento de Bdway é a Oxford St, onde tem a tal Topshop (=Kate Moss), q vi numa reportagem ser a "barganha à inglesa". Tá bom. Caríssima (ou eu é q sou pobre...). A loja-mãe, na Oxford Street é um caos. Melhor dizendo, um mafuá. Dúzias de mulheres (esta semana passou um especial numa dos canais da BBC, mostrando Twiggy, Kate Moss, e mais 2 modelos, falando desse negócio de moda "popular"). O q eu concluí: homens elegantes e mulheres horrorosas. Diferente daquele estilo business woman nova-iorquina. Se bem q algumas roupinhas da Carrie Bradshaw são de arrepiar...

Fui num tal Spittalfields Market, e me lembrei do Saara. Comprei uma mala-bolsa (de mão), q me saiu barata até pelos nossos padrões (por ex., a Le Postiche, q está achando q é grife...); entrei na Armani Express e vi uma bolsa lá pelo mesmo preço q se vê na Andarella, Arezzo, e até do cara q vende bolsa no trabalho... como dizia papai, pra cada esperto tem um bobo... bem verdade q os chineses estão produzindo em massa e muito barato - é para nos preocuparmos com a concorrência e com o fair trade, mas tem horas q ñ dá pra hesitar, ñ dá para pagar 3 vezes mais caro). Legal é garimpar nas "lojas" q revendem o q é doado - achei livros lá por 1/3 do preço. Mesmo convertendo, saíram mais baratos q aqui ou pedindo pela Amazon.

No final, descobri a loja chamada Primark. Ali sim. É por isso q eu via todo mundo com a bolsinha de papel pra baixo e pra cima. Ainda bem q ñ descobri antes. Deus é sábio. Mas pra administrar, eu descobri um ibuprofeno genial para dor de cabeça. Melhor ainda, descobri uma massagem chamada tui-na. Ou o profissional é q era fantástico? Ñ sei. Vou perguntar pra minha especialista.

...

No final das contas, esses guias são uns bestas. É assim: se quiser ser doida, é comprar a passagem (parcelada), ficar 3 dias num albergue, andar o dia inteiro e cabô. Claro q depois são 3 meses de recuperação, fazendo fisioterapia (os braços, os ombros, as pernas quase caindo). É o q se chama "aproveitar"...

Legal mesmo seria compartilhar a viagem com meus filhos. Mas andando com calma, sem drama.

domingo, 12 de outubro de 2008

ok, that's it

Acabou-se o q era doce. Ou, no caso, apimentado.
Acabei de sair do McDonald's. De novo. Descobri ontem um sanduiche chamado Sweet Chilli Chicken (q, alias, ontem foi mais barato, pq era o deli do dia), maravilhoso. Hoje foi mais complicado: a menina insistiu em me dar opcoes (pao branco ou integral, queijo ou nao, etc.). Hoje dispensei as batatas. Tempo de comecar a dieta. Ontem eu chutei o balde, comi com as batatas e ainda fui de Ben&Jerry (ice-cream) para completar. 
De quebra, consegui um brinde (abandonado no balcao) para minha sobrinha.
Antes disso, fiz uma massagem. Sim, na Oxford St. Precisava. Estou quase morrendo. Sugestao para a "minha" fisioterapeuta: Tuina. Genial. Por falar nela, hoje, finalmente, fui no museu de cera, e tirei uma foto do Homem-Aranha. Nao sei se vai sair, mas fica a homenagem.
Agora estou na loja da Apple, navegando e postando digratis. Eu quero um MacBook.
Bon Voyage pour moi.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

High School Musical

Todo mundo igual. Os atores desse treco (nao sei se eh um programa ou filme, minha sobrinha deve saber) chegaram aqui esta semana. Histeria coletiva na Leicester Sq.
Enquanto isso, Sir Paul McCartney estah uma fera com o McDonald's, pq colocou fotos dos Beatles em suas lojas. Diz milorde: "do they think Beatles fans are morons?". Well, I don't know, mas eu nao vou entrar ou deixar de entrar lah por causa disso. Alias, vou dar uma olhada. Agora q estou de dieta permanente, raramente entro lah, mas fiz o percurso por causa dos brindes. Tem tanta coisa interessante pra comer - o pessoal aqui se farta de entrar em supermercados e outras delis pra comprar comida jah embalada, sanduiche, salada, como almoco. Ateh Vigilantes do Peso tem coisas prontas. Ja comi alguns sanduiches e sobremesas deles. Pra contrabalancar os exageros. O hotel tem o english breakfast - eh um negocio horrendo q eu nao entendo bem, mas tem ovos, sausage e feijao. Eca. Limito-me a cha com torrada. O problema eh q de tanto andar, fico logo com fome. Hoje estava no British Museum, e tinha deixado minha mochila no cloakroom. Lah estava meu sanduiche. Nao ia resgatar, pq era pago, e ia ter de gastar de novo, pq nao pode circular no museu com tralha. E ainda tinha muito q andar. Solucao: chocolate. Eh o q dah sustanca. Entre um cookie e uma fatia de torta, comi uma Chocolate-Trufle-Rum. Caraca, bom demais. Bingo. Fome soh lah pras 4 da tarde. Estava num "mercado" (aqui tem um monte desses mercados. Parecem com a Cobal ou o Mercado de Madureira, soh q num ambiente arquitetonico de uns 300 anos atras. Pois fui nesse Spittalfields (acho q eh esse o nome) atras de umas barganhas "a inglesa", como li. Ha. Esses guias sao tao mentirosos... atirei no q vi e acertei no q nao vi, como dizia meu pai e Cervantes. O q eu tinha visto na materia: oculos tipo ray-ban. Ha! Tudo chines. O q eu acertei: uma bolsa com rodinha e puxador. Pra colocar os livros, claro. Nao, eu nao estou fazendo a orgia literaria do ano passado. Inclusive, jah li 3 livros desde q cheguei, e "abandonei" os 3, 1 em Bath e outros 2 no hotel daqui. Mas eh q como tenho de visitar os lugares em ritmo de Formula 1, e fico curiosa, e gosto de livros, acabo comprando os guias ilustrados. Estou escolhendo pelo peso. Nao o literario, em gramas mesmo.
Outro problema eh a minha mania de Jane Austen: comprei alguns videos q ainda nao tinha baseados nos livros dela. Mais um chamado "Jane Austen's Regrets". E hoje vi no jornal (alias, a gente ganha jornal aqui, de q serah q vivem os jornais pagos?) uma propaganda sobre um filme baseado nela. E tb achei Bride & Prejudice (Bolywood). Ufa.
Parece muito? Nao, eh tudo liquidacao. Ninguem le Jane Austen ou Shakespeare. Aparentemente. E os filmes sao series da BBC, ou seja, quase educativos. Ou seja, 3 pelo preco de 1. Agora tenho de encontrar quem faca o meu dvd-player rodar os ditos cujos. Quem se habilita? Pago 1 libra.

Seres estranhos

Nao, nao sao os ingleses. Somos nos, os turistas. Trabalhamos uma vida inteira para entrar num aviao e visitar o "estrangeiro". Claro q esta eh uma linguagem do seculo passado, mas serve para demonstrar nosso provincianismo. E q nao se diga q isso eh coisa de quem nasceu pobre. Paris Hilton estah aqui em Londres, e se comporta tal e qual. Foi para um pub, ou night-club, ou bar, seja lah o q for, q os principes-filhos-de-Lady Di frequentam, e pediu para fazerem um cordao de isolamento. Os locais reclamaram: nem os principes fazem isso! Audacia da bofa. Provinciana. Deve ser por isso q o patriarca da familia deu um destino ao $$$. Mesmo assim, a chamada "herdeira" deve ter 1000 vezes mais dinheiros do q eu. Certamente nao se enfia neste tube pra baixo e pra cima, nem fica com bolha no pe, ou com os bracos dormentes e os ombros travados de carregar mochila. E ainda me acham metida...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

You're just too good to be true

Ontem passei o dia relaxando em Bath. Embora goste de estar sozinha, senti falta de trocar ideias com os coleguinhas de Bruxelas. But, time to move. Cheguei em Londres e dei a sorte de pegar um folheto com a programacao de teatro. Consegui pegar logo hoje uma matine: Jersey Boys. AMEI. Acho q Frank Valli & The Four Seasons fizeram tudo, cantaram tudo. Musical da Bdway (NYC), mas com um british accent: a maior parte da plateia era de velhinhos (inclusive eu). Fileiras inteiras de grupos (com homens tb), alguns batendo palmas. Funny. Ate entao nao tinha batido aquele momento wow (ai, Oprah). Entao o ator q faz FV cantou You're just too good to be true. E foi isso. WOW. Emocao pura, estou em Londres. BTW, handsome men!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Esses ingleses peculiares

Na viagem de trem para Londres, bati papo o tempo todo com um ingles q puxou conversa comigo. Ontem lia o Sunday Times, e um artigo de uma americana (acho q eh um livro tb) dizia de sua preocupacao com o fato de os ingleses beberem tanto, e nao conseguirem articular uma conversa sem uma bebida. Not true. O cavalheiro (ja disse aqui, mais velho q eu, mas jah nao posso dizer tao velho, pois tem cabelos brancos e eu tb) me disse q o q ele mais gosta em viagens nao eh o obvio, mas sentar nos lugares por onde as pessoas passam e observa-las. Enquanto conversava, fazia negocios com seu Blackberry (preciso comprar um para ser fashion como minhas amigas...), e esbanjou conversa. Quase o pedi em casamento.
Toda pessoa com quem falo eh simpatica. Diferente do pessoal em Bruxelas, em NYC... hoje senti falta da garotada q conheci no hostel em Bruxelas. Por um lado, estou tirando o dia para relaxar. Fiquei sem paciencia de correr atras de outro lugar para ir, jah q nao tinha basicamente mais nada para fazer em Bath, e comecei o dia desanimada. Fui andar, e como ha muito tempo, o frio fazia aquela fumacinha sair da boca. Lembrei dos meus filhos em NYC. Divertido, mas frrrrrrrrrio. As luvas me salvaram. Descobri outros lugares. Um mercado - tipo a Cobal. Soh q existe desde 1300 (a conferir). E outras ruas, a casa mais antiga de Bath (1480, creio), um pub irlandes, onde comi, pasmem, guacamole.

domingo, 5 de outubro de 2008

Banhos romanos

Ok, pipol, Bath eh patrimonio cultural da humanidade. Com toda a razao. Veja em http://visitbath.co.uk/site/things-to-do/roman-baths-p25681. Mas o q eu queria mesmo era "ver" Jane Austen. Claro q nao poderia deixar de visitar as termas romanas. E nao, nao eh a mesma coisa q aih. Eh um autentico sitio arqueologico. Vi hoje, e jah nao tinha mais nada q me ocorresse para fazer. Chovia. Como chove. Em Bruxelas, em Londres, em Bath. E como faz frio. God. Ainda bem q achei estas luvinhas numa loja da Oxfam, de cashmere. Foram fundamentais hoje, em Salisbury. Sim, pq desesperada, bati na Bus Station, nao achei um lugar para se achar info (a estacao eh precaria, estao construindo uma nova), bati nos trens. Descobri q para Winchester, q eh onde Jane Austen estah enterrada, sao 2 h de viagem. Ida. Sorry. No can do. Para Glastonbury, fazer uma visitinha ao rei Arthur, a maior confusao. Mil anos de estudo de ingles nao nos preparam para o british accent. Long live the Queen e o meu professor de Fonetica, prof. Carly, brasileiro q era tao britanico q andava de chapeu e guarda-chuva. Puro sotaque britanico, mas lah se vao 200 anos. Desisti. E consegui embarcar para Salisbury. Q eh onde estah... Stonehenge.

sábado, 4 de outubro de 2008

ALWAYS JANE

Ok, minha viagem jah estah justificada. Momento WOW: entrar no Jane Austen Visitor's Centre e a musica ambiente eh da serie realizada pela BBC na decada de 90, minha paixao (Pride em Prejudice). Lagrimas nos olhos. Valeu.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Customs

Tudo tranquilo. Preenchi o formulario de imigracao, e o funcionario soh estranhou que eu tivesse passado por Heathrow sem ter o passaporte carimbado. Como eu, foi o que disse a ele. Perguntas simples - o que eu estava fazendo (ferias), onde ficaria, e pronto. Vou rogar uma praga (uma simples dor de barriga, nada drastico) para todos os arautos do terror que me estressaram. Nao tive nenhum problema. Vou enforcar tb soh um pouquinho uma mocinha que eu conheco, que esteve recentemente em Londres e disse q o aeroporto era um horror, tudo longe, bla bla bla, whiskas sachet... foi soh passar pela alfandega (sem carimbo, sem tirar os sapatos, etc.), caminhar ateh um painel, logo a frente, e descer uma escada, para esperar a conexao.
Jah de Bruxelas foi um pouco mais cansativo. Pq tive de arrastar a mala. Nada tao complexo como a que foi despachada para o paraiso das malas no ano passado. Esta nao eh grande, tem puxador, nao eh troncha... mas jah tem um pesinho extra. Claro. Nenhum livro, juro. Remedio, soh um para o nariz, pq pensei q tivesse esquecido meu Afrin.
Pois escadas tive de subir e descer. Mas a estacao eh pertinho do hotel, onde soh deixei a mala, pq o quarto ainda nao estava disponivel, e fui pra rua. Fui ao Hyde Park - que eh soh um parque mesmo. Andei, parei no McDonald's (desprezei todas as tentacoes, para descobrir q o brinde era o mesmo de Bruxelas - e repetido, entao fica pra mim), resisti a cheesecakes, waffles, etc., mas jah tinha sido obrigada a comer um bendito doughnut na estacao de Bruxelas, pq o nervoso nao me deixou comer antes de ter tudo resolvido, e na hora de embarcar me deu fome.
Mas soh o q eu ja andei... parei aqui para postar soh para sentar um pouco.

To London

Que correria para pegar o tal Eurostar. Toda experiencia nova eh interessante, mas glamour, zero. Mas tive a sorte de pegar um vizinho de poltrona muito amavel, que puxou conversa comigo (para variar, alguem mais velho do que eu - depois de todas as pessoas que encontrei em Bruxelas da idade dos meus filhos... quase me senti uma mumia... exceto pelas risadas que dei quando um brasileiro disse que eu nao parecia com a mae dele... =D - eu jurei, e quem me conhece sabe que eh verdade - que eu nao fiz nenhuma cirurgia plastica; ainda...), me trouxe um cha, e ainda confirmou minha impressao de que Bruxelas nao eh uma cidade memoravel. Continuo achando a Grand Place maravilhosa, mas nao a cidade nao eh WOW, e nao eh amigavel com turistas, jah que nao tem placas para facilitar o direcionamento. Passei uma noite horrorosa com medo de passar da hora de ir para a estacao, e o que eu pensava que tinha aprendido - sair do Metro para a estacao de trem propriamente dita da Gare du Midi - nao deu certo. Acabei dando uma volta inteira num quarteirao ateh achar 3 senhoritas com malas, que, obviamente, segui. Se elas estivessem erradas ia ser funny. Not.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Very nice people

Adorei conhecer novas pessoas aqui em Bruxelas. Como diz uma propaganda de algum produto, o que importa eh a companhia. Os 3 brasileiros, especialmente, valeram totalmente a viagem.

Da missao: Happy Meal em flamengo (flemish) quer dizer "stupidaa"

Meu companheiro de viagem topou a missao Happy Meal - entramos em uma fila enorme no MacDonald's em Ghent - aqui eh diferente, nao tem ajudante, nao tem gerente fiscal de salao. O caixa eh quem pega as comidas. Imagina a demora. E a gente reclama. O Brasil absorveu o conceito fast food, a Europa, aparentemente nao. Seria isso bom ou ruim?
Pois bem, a estupida nao queria a sacola, soh que esqueceu o brinde. Destacando - a estupida sou eu mesma. Ou seja, me entupi de carboidratos, gordura trans e tudo mais (pq a happy meal aqui tem 4 opcoes de sanduiche - escolhi um McFish, pois dah a ilusao de ser mais saudavel por ser peixe =D, as batatas fritas, cenourinhas baby - iei!, refri e uma quinta coisa, que pode ser cookie ou fruta), e fiquei sem o brinde. Quem disse q dava pra entrar na fila outra vez? Missao impossivel. Quase me auto-destrui.
Fiquei com remorso. Tinha um compromisso. Tenho TOC. Whatever. Cheguei aqui por volta das 19 h, saltei na Gare du Midi (se tivesse saltado na Gare du Nord viria a pe para o hostel), descobri de onde sai o Eurostar (valeu... estava ansiosa por conta disso), descobri a estacao do Metro, consegui pegar o trem certo, aprendi a validar o bilhete - muita info para um velho cerebro, e saltei na Bourse, onde eu sabia que tinha um McDonald's. La fui eu de novo. Antes perguntei pelo brinde. Estah garantido. Nem sei o q eh, mas alguem vai ficar contente, dear.
Nao peguei as batatas fritas, e peguei a fruta. Agora tenho de dar conta de tudo antes de viajar amanha.
Missao cumprida. A sete graus na rua. Eu sou demais. Serios problemas de auto-estima. Tsk...

Pois

Arranjei companhia para ir a Ghent. Andamos horrores, vimos o que tinha de ser visto (essa correria de turista cansa), eh tudo aquilo que os guias dizem, espetacular. Segui para Brugges, e o companheiro retornou para Bruxelas. No meio do caminho, comecou a bater chuva no trem. Eta tempinho besta. Chove, faz sol. Hoje achei de sair soh com 1 blusa (comprada na CEA) embaixo do casaco velho de guerra - antes pertencente ao big brother (o meu, nao aquele idiota da TV, nem o do George Orwell), que ele comprou no Canada. Supostamente, era pra aguentar o frio. Mas esse pequeno detalhe da unica blusa arruinou meus planos. Tudo culpa do sol enganador. Mas tinha um gorro (este foi presente da querida prima honoraria - no names!, veio de Boston). Mais o guarda-chuva, salvou minha vida.
Pipol, Brugges eh patrimonio cultural eleito pela Unesco. Procurem na Wikipedia. Vale a pesquisa. Naturalmente, o contratempo foi a bateria da camera ter morrido em Ghent. O celular teve de quebrar o galho. O que sair eh lucro. Projeto Brugges, com o tempo curtissimo - andar pelo Markt, e fazer o passeio de barco. Dizem que parece Veneza. Menos o mau cheiro. Nao saberia dizer. Mas eh FANTASTICO. Filmei. Vamos ver o que sai.

Eu e a cerveja

Fui corrompida, confesso. Ontem fui para a night com uns brasileiros que encontrei aqui. Sem nomes, para garantir a privacidade. De diferentes origens. Very nice people. Alguem queria conhecer um lugar que teria 2000 tipos de cerveja. Eu fui pela companhia, disposta a beber minha tradicional Diet Coke. Tudo conspirou contra (ou a favor?) mim - acabei tomando uma cerveja. Escura. Depois da enxaqueca horrorosa (talvez tenha sido bom ter acontecido logo no primeiro dia, quem sabe eu passo o resto da viagem sem incidentes), foi muita coragem. Deu uma leve dor, que eu combati engolindo 2 pilulas. Afinal, hoje a missao era ardua - acordar cedo e cobrir Ghent e Brugges em um dia. Desisti de Antwerp, ou nao teria tido tempo de rodar mais Bruxelas. Nao sei o q perdi, mas eh o que eh.
Tenho fotos para provar, mas soh quando voltar. Em compensacao, jah matei todas as coisas tipicas - o waffles com calda de chocolate, as batatas fritas e a cerveja. Ah, faltou o chocolate, mas eu soh lembrei disso em Brugges, e soh vendem no minimo 100 g. Nao sou besta de comer isso tudo de chocolate, para depois perder horas num hospital ou dopada num quarto de hotel. Abri mao. Umas a gente ganha, outras a gente perde. Absorve-se.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Missao McDonald's

Tenho de comer um McLanche Feliz (como se chamaria em holandes?). Encomenda importante - do brinde. Nao pela gulodice. Mas, do jeito que esta cidade eh confusa, ainda nao consegui me localizar. Sim, eu ja passei por 2 McDonald's, mas nao estava com fome na hora. Na primeira, eu tinha acabado de acordar, e comido uma cheesecake como breakfast. Sim, aqui tb tem. Na segunda, estava correndo contra o tempo para pegar meia hora de museu. E sem fome, tb, pq tinha comprado um sanduiche na loja da cheesecake, e nao podia deixar estragar. Tem banheiro no quarto, mas nao tem geladeira nem TV. O que seria mais importante?

Decadence avec elegance

Banheira com espuma, e um livro na mao. Desde Nova York na decada de 90 eu nao lembrava mais como era.

Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...