quinta-feira, 19 de julho de 2018

Newcastle II

O castelo, 2017 - acervo

A primeira fortificação nas terras do castelo de Newcastle remonta a mais de 1800 anos. A mais antiga foi o forte romano de Pons Aelius, construído para proteger a ponte sobre o rio Tyne, como parte da Muralha de Adriano. O forte foi abandonado e ficou em ruínas depois que os romanos partiram da Bretanha, por volta do ano 400. 

Não se sabe muito sobre Newcastle depois da partida dos romanos, mas sabe-se que havia um cemitério anglo-saxão no mesmo local do antigo forte, sob a torre do castelo e do viaduto da ferrovia. Mais de 600 túmulos foram escavados entre os anos 1970 e 1990, e havia também vestígios da torre de uma pequena igreja sob um dos arcos do viaduto, mas nenhuma evidência do assentamento no entorno. A igreja e o cemitério ainda estavam em uso quando da invasão dos normandos.

Antigos túmulos? 2017 - acervo

A antiga igreja anglo-saxônica, 2017 - acervo

A antiga igreja anglo-saxônica, 2017 - acervo

Em 1066, os normandos invadiram e conquistaram a Inglaterra, e em 1080 o filho de William, o Conquistador, Robert Curthose, construiu o primeiro castelo no local, de madeira. Um século mais tarde, por determinação do rei Henrique II, uma construção de pedra substituiu a anterior. A torre que remanesce data basicamente desse período. Alterações continuaram pelos reinos de Ricardo, João e Henrique III, até que o Black Gate fosse completado em 1250.

Newcastle Castle, 2017 - acervo

O castelo tornou-se uma fortaleza estratégica na fronteira, durante as guerras medievais entre Inglaterra e Escócia, mas começou a perder importância com a construção dos muros da cidade. No reinado de Elizabeth I já era descrito como "antigo e em ruínas". Nos anos 1600, partes do castelo foram alugadas e iniciou-se a construção de casas e lojas na área chamada de "Castle Garth", que ficava na parte de dentro dos antigos muros. Quando a cidade foi sitiada em 1644, o castelo retornou ao seu papel de fortaleza, mas com o fim da guerra civil as construções foram retomadas.

Por volta dos anos 1800, a área de Castle Garth era uma comunidade movimentada, cheia de moradias precárias, lojas, tavernas e um hall para reuniões religiosas. A maior parte foi demolida para dar lugar às obras da ferrovia nos anos 1840, revelando-se então os vestígios medievais sob os prédios mais recentes.

Em outubro de 2011 o Old Newcastle Project recebeu recursos da loteria para renovar o Black Gate e a torre do castelo, e estabelecer uma ligação entre os dois prédios, transformando-os em um só, o castelo de Newcastle, que reabriu ao público em 2015 (http://www.newcastlecastle.co.uk/home).

A história do castelo está em exposição, e além disso, o espaço tem inúmeras atrações, como exibição de filmes, palestras e performances, estando também disponível para eventos corporativos, casamentos, etc. (https://www.youtube.com/watch?v=SVQFqpcJzAg).

O museu, a história, 2017 - acervo

O museu, a história, 2017 - acervo

A edificação está na lista de lugares relevantes mantidos pelas instituições encarregadas da preservação histórica, e é considerada "nacionalmente importante" (arqueológica ou historicamente), sendo protegida de qualquer alteração não autorizada. 



quarta-feira, 18 de julho de 2018

Newcastle

Não sei vocês, mas eu tenho que obrigatoriamente entrar numa igreja quando viajo. Minhas origens me levarão a uma igreja católica, mas não me furtarei a entrar em qualquer templo que esteja disposto a me receber, nem que seja para um breve momento de descanso da rotina atribulada de viajante, e se possível, para registrar o que esse lugar representa histórica e culturalmente. As igrejas anglicanas têm se mostrado muito simpáticas, no sentido de que você se sente bem-vinda nelas por parte de quem cuida do local. 

A catedral de St Nicholas foi fundada em 1091, na mesma época do castelo logo ao lado, como igreja normanda, que foi destruída por um incêndio em 1216. O prédio atual foi finalizado em 1350. A torre construída em 1448 servia também como ponto de referência para os navegadores do rio Tyne. Afinal, St Nicholas é o santo padroeiro dos marinheiros e barcos. Descobri que a igreja foi construída próxima à linha da Muralha de Adriano que passava pela cidade, mas onde esse ponto se encontra perdeu-se no tempo. 

A torre, 2017 - acervo

Além dos aspectos característicos de igrejas, como vitrais, esculturas, e arte religiosa em geral, há alguns memoriais relevantes, como o do Almirante Collingwood, herói da batalha de Trafalgar, e a mais antiga, do séc. 13, do cavaleiro desconhecido.

O cavaleiro desconhecido, 2017 - acervo

Falando em simpatia, duas coisas me chamaram a atenção e me encantaram nesse templo, além de sua própria configuração. Uma, o fato de que existe um café em suas dependências. No dia em que chegamos, via esse desfile de velhinhas e velhinhos como eu, só que bem vestidos, caminhando para o fundo da igreja, e não havia nenhuma celebração no momento. Até que eu vi a placa indicativa. E no outro dia fomos experimentar o café da manhã. Melhor experiência. Curte-se a estrutura do prédio a sua volta (é uma igreja!), o ambiente muito iluminado, a pessoa que recolhe seu pedido parece aquela sua tia fofa que quer te ver comendo, e você ainda vê o cozinheiro preparando aquela comidinha não industrial. Atento também, pois um "perdido" resolveu gritar impropérios ininteligíveis para nós na parte da igreja, e assim como veio foi-se embora do mesmo jeito surreal, e logo veio o cozinheiro perguntar se estávamos bem, se o sujeito tinha feito alguma coisa. Não, está tudo bem, respondemos. Nos sentimos em família, cuidadas. E a comida era deliciosa. 

A outra coisa foi o cartaz que estava colado na porta do banheiro (sim, a catedral tem um banheiro), oferecendo apoio para quem tem um partner abusivo. Fiquei maravilhada. Nunca vi nenhum religioso oferecer esse tipo de ajuda. Já vi quem defenda a paciência com o traste, ou mesmo o próprio religioso abusivo. Encantada é pouco. Se eu morasse ali, me juntaria a essa igreja, porque esse é o verdadeiro espírito denominado "cristão".


"Seu parceiro
... a faz se sentir feia e inútil?
... separa-a de sua família e amigos?
... ameaça-a?
... nunca faz sua parte das tarefas domésticas? (de cair o queixo, não é? ainda mais considerando-se que estamos assistindo a propagandas de uma empresa chamada S.C. Johnson, que divulga um produto de limpeza proporcionando férias à "dona de casa" por sua efetividade. Não vi o equivalente ao "dono de casa"). 
... culpa você pelo comportamento dele?
... nunca admite estar errado?
... usa a Bíblia para justificar o comportamento dele? (também achei isso o máximo, porque virou moda usar livros sagrados para justificar escravidão, casamento infantil, e outras barbaridades)
Quer mudar sua situação?"

Finalizando com a citação: "Eu sei dos planos que tenho em mente para vocês, diz o Senhor; são planos para a paz, não para o desastre, para lhes dar um futuro repleto de esperança". Jeremias 29:11

Perplexa. Encantada. Ainda hoje, quando vejo essa fotografia e leio essas palavras, me surpreendo.

E logo adiante fica o castelo. Não é assim, um castelão, mas basicamente uma torre. 

Chegando ao castelo, 2017 - acervo


terça-feira, 17 de julho de 2018

Eu te diria pra ir à Inglaterra...

Somos bombardeadas com todo tipo de artigo nos mostrando um ou outro lugar no Reino Unido todos os dias. Chegamos à conclusão de que é "coincidência", ou seja, coincide com nossos interesses. Assim como quando você clica num site pra checar algum produto e começa a receber emails e a ver as propagandas sobre ele em todas as páginas que abre na internet. Sabe de tudo sobre você, essa tal internet. Às vezes é bizarro, a gente abre uma página que tem um artigo sobre melhores hotéis, ou melhores cidades para se passar as férias, e no minuto seguinte estamos recebendo propaganda sobre um hotel sensacional em Omsk, na Sibéria. 

Não é difícil escolher entre Omsk e Londres, mas o coração aperta quando pensamos em Paris, Amsterdam, São Petersburgo. E aquele sonho de ir à Itália, para quando vai ser? Orçamentos, tempo, saúde, vamos equilibrando todos esses fatores para tomar a difícil decisão. 

Dessa vez (2017) decidimos conhecer a Muralha de Adriano. Sonho antigo, tinha chegado a hora de realizar. Mas de onde vinha esse sonho? Raramente sei explicar. Tenho uma vaga ideia de ter lido alguma coisa sobre os romanos terem construído esse muro, que estabelecia o limite de seu império, e dali não passaram. Inclusive tinha uma ideia errada, claro, pois geografia é uma das minhas deficiências, junto com a matemática. Ele não ia do sul ao norte da ilha, mas sim de leste a oeste, quase na fronteira com a Escócia.

Como tudo que os romanos faziam, o muro cumpria vários objetivos. Demonstração de poder; marca do imperador Adriano, que ordenou sua construção, iniciada no ano 122; uma linha de defesa, ou pelo menos de controle, já que os vigias de Roma podiam controlar quem entrasse e saísse, além de poder cobrar taxas e pedágios; ou ainda uma separação do territórios dos povos mais antigos que ocupavam a região, como os pictos, ao norte do muro.

O muro ia das margens do rio Tyne, próximo do Mar do Norte, até o estuário do Solway, no Mar da Irlanda, com 117,5 km (80 milhas romanas). Da muralha poderosa restam vestígios. Pedras foram retiradas para a construção de outros prédios ao longo do tempo, e trechos foram pavimentados. O que restou se deve ao interesse de um funcionário da cidade de Newcastle, por onde passa o Tyne, que começou a se interessar pelo muro ao visitar o forte de Chesters. Para conter a destruição, adquiriu terras no entorno, e promoveu escavações arqueológicas. Nessa empreitada se incluem alguns dos trechos mais significativos, como Housesteads e Vindolanda. Depois que Clayton morreu, seus herdeiros foram perdendo as terras, mas aí veio o National Trust, que é uma organização voltada para a preservação de sítios históricos, impedir a total deterioração.

A muralha tornou-se Patrimônio Cultural da Humanidade em 1987, e em 2005 parte das "Fronteiras do Império Romano", que também incluem sítios na Alemanha.

Concluímos que o local preenchia os requisitos de nossa curiosidade histórica, além de nos permitir "ver" romanos sem ir a Roma, e ainda poder passear nesse país tão interessante que é a Inglaterra.

O que fazer, como fazer? Pois para manter nosso delicado equilíbrio, tínhamos escolhas a decidir. Depois de idas e vindas, selecionamos três pontos da muralha, Housesteads, Vindolanda e Wallsend. Iríamos a Newcastle via Londres, de avião, e voltaríamos de trem, parando em York para respirar. Pareceu interessante e é.

Lá fomos nós nas asas da British Airways (https://www.britishairways.com/travel/home/public/pt_br), companhia aérea muito adequada para nós que viajamos na classe econômica, com destino a Newcastle upon Tyne. 

Newcastle, como é conhecida, fica a 166 km ao sul de Edimburgo, Escócia, e 446 km ao norte de Londres, e é a cidade mais populosa da região nordeste, além de a oitava área urbana mais populosa do Reino Unido. A área tem até um dialeto, conhecido como Geordie. Tudo começou com um assentamento romano denominado Pons Aelius, originado do nome de família do imperador Adriano, Aelius, que também fazia parte da Muralha de Adriano. Seguiu sua história com um castelo construído em 1080, pertencente ao filho mais velho de William, o Conquistador; tornou-se centro de comércio de lã no séc. 14; e mais tarde uma área de mineração de carvão e um dos maiores centros de construção e reparos de navios. 

Ficamos num hotel perto do castelo, da estação de trem, da catedral, e do centro da cidade. Não vimos tudo, provavelmente nem metade do que havia para ver, mas passamos um tempo agradável lá, além do objetivo maior de ser nosso ponto de partida para os trechos do Hadrian's Wall

A saída da estação de trem, 2017 - acervo

A torre da catedral de St Nicholas, 2017 - acervo

O castelo ao fundo, 2017 - acervo

Pons Aelius, 2017 - acervo



segunda-feira, 16 de julho de 2018

Ainda Londres

Achei na minha imensa pilha de guardados um mapa de atrações de Londres impresso em 2007. Isso não é anormal, pois guardo de tudo, inclusive lembranças de viagens, guias, mapas… E vamos concordar que nos lugares que têm história há “atrações” que dificilmente mudam, exceto em situações dramáticas (bate na madeira!). Algumas até permanecem nem que seja na memória ou como vestígio arqueológico. A Inglaterra tem uma penca de castelos e remanescentes da ocupação romana, ou mesmo plaquinhas que informam o que existiu de relevante em determinado local.

São 77 pontos. Alguns eu já visitei, outros eu quero conhecer, e ainda há aqueles que não me atraem. Ou mesmo um ou outro que não estão na lista, como a Wallace Collection (https://www.wallacecollection.org/). Digamos que você foi ao museu de Sherlock Holmes. Pode sair de lá e andar 4 minutos em certa direção e chegar ao museu de cera Madame Tussauds. Ou pode ir em outra direção, assim como quem vai para a Oxford Street e, no meio do caminho, em 5 minutos, chegar nessa casa que virou galeria de arte, aberta ao público e de entrada grátis.

Wallace Collection, 2015 - acervo

A galeria fica na Hertford House, que já foi residência da família Seymour (pra quem não está ligando o nome à pessoa, Jane Seymour foi a terceira esposa de Henrique VIII). São cerca de 5500 objetos, entre mobília, armas, armaduras, porcelana, e quadros desde o séc. 15 ao séc. 19, tudo distribuído em 30 galerias. Pintores renomados estão representados na coleção, como Ticiano, Rembrandt, Rubens, Van Dyck, Canaletto, Velázquez, Gainsborough, Watteau, e isso só para mencionar alguns.

A coleção foi doada à nação, e está aberta ao público em caráter permanente desde 1900, sob a condição de que nenhuma das obras deixe o acervo.

Como sempre, vou lamentar a proibição de se fotografar. Sou adepta da teoria de que a fotografia ajuda o aprendizado, permite a revisitação de memórias queridas, além de facilitar a divulgação. Não ligo para quem acha que as pessoas se preocupam mais em fotografar que ver. Fotografar é uma forma de ver. Ainda assim, é um lugar excepcional.




Wallace Collection, 2015 - acervo

sábado, 14 de julho de 2018

Atualizando roteiro de Londres, parte X

Como citei várias vezes Harry Potter, um de meus personagens de ficção favoritos, sempre busco referências em Londres ou imediações. A estação de King’s Cross é parte desse universo, assim como o estúdio em Leavesden. E inúmeros outros pontos da cidade, mas aí é preciso fazer uma pesquisa específica, ou então fazer o tour dos muggles (eu fiz por esse site, https://www.tourformuggles.com/ e adorei).


Caso se queira ir ao estúdio


O Warner Bros. Studio Tour do Harry Potter fica em Leavesden, a 20 minutos de trem da Euston Station. Para chegar lá, pegue um trem na Euston em direção a Watford Junction (saiba que a Euston Station fica na linha preta do metrô; você pode sair de qualquer lugar e chegar até essa estação pelo metrô).
Saindo da estação de Watford Junction, espere bem em frente para pegar o ônibus (shuttle) do Harry Potter que leva até os estúdios. Este traslado para em frente à estação Watford Junction a cada 20 minutos e custa 2 libras, ida e volta, por pessoa.
A entrada para o tour custa 33 libras e você compra online, através do site.
A plataforma 9 3/4, 2015 - acervo
Hogwarts Express, 2015 - acervo
Hogwarts, 2015 - acervo

Atualizando roteiro de Londres, parte IX

Passeios fora da cidade

Mesmo que não se queira ou não se possa ir a outras partes mais distantes da Grã-Bretanha ou Europa, há passeios que se podem fazer com facilidade, graças à boa rede ferroviária a partir de Londres.  Eu indicaria Oxford, Stratford-upon-Avon, Cambridge, Cotswolds, Bath, Stonehenge, Windsor, Hampton Court, Cardiff, mas é claro que há outras possibilidades, só que requerem mais tempo, e preferencialmente, uma estada na(s) cidade(s) que se deseja conhecer, seja na Inglaterra ou nos países vizinhos (Escócia, República da Irlanda e Irlanda do Norte). Também é certo que pode-se ir de trem ou companhias aéreas low cost a praticamente toda parte no continente.

Por exemplo, Cambridge fica a 50 min de trem, Oxford a 1 hora. Bath, que é uma cidade que teve a arquitetura do séc. 18 preservada, além de ter sítios da ocupação romana, como as termas, e tornou-se patrimônio cultural da humanidade em 1987, fica a 1h30 de trem. Pode-se chegar a Stonehenge via Salisbury (que por si só já compensa a viagem) e fica a 1h30 de trem. Há tours que incluem Bath e Salisbury num mesmo dia, mas eu indicaria visitar uma de cada vez. Windsor fica a 40 km de Londres. A viagem de trem dura até 47 minutos, dependendo do trem.

O Crescente, em Bath, 2011, acervo

As termas romanas, em Bath, 2011 - acervo

Stonehenge, 2011 - acervo

Hampton Court, 2017 - acervo

Windsor Castelo, 2017 - acervo

Até Stratford-upon-Avon são 160 km, e 2h15 de trem. Como há espetáculos da Royal Shakespeare Company, que acontecem à noite no Royal Shakespeare Theatre, pode ser interessante pernoitar na cidade. E aproveitar para conhecer a bela região de Cotswolds e o castelo de Warwick. Destaco que castelos são uma categoria à parte. Não há tempo que sobre em viagens curtas para visitar todos os castelos, então visita-se o que for possível.

Onde Shakespeare nasceu, 2011 - acervo

Uma feira medieval no castelo de Warwick, 2011 - acervo

Ainda não vi um lugar que tenha me despertado a curiosidade na Inglaterra e países vizinhos que não tenha sido interessante. Escócia, República da Irlanda, Irlanda do Norte, País de Gales, em toda a parte há lugares incríveis e que merecem a visita.


Atualizando roteiro para Londres, parte VIII

Outros


Já falei do que tem mais destaque em guias de turismo. Mas as possibilidades para quem tem tempo, dinheiro, ou imaginação, um deles ou os três combinados, são incontáveis. Como por exemplo:


⇨ O Museu (Casa) de Sherlock Holmes: o endereço 221b Baker Street existe além da ficção! (http://www.sherlock-holmes.co.uk/)

Os cachimbos de Holmes, 2015 - acervo

E os chapéus, 2015 - acervo

⇨ A Abbey Road Studios: 3 Abbey Road (a ruazinha onde você pode atravessar e tirar a mesma foto do famoso álbum dos Beatles - https://freetoursbyfoot.com/how-to-get-to-abbey-road-crossing-in-london/).


⇨ Assistir a um musical no West End (o equivalente à Broadway em NYC). Há matinês, mas também como lá, os cantores titulares se apresentam à noite. O que não invalida que sejam todos muito bons.

O melhor musical, 2015 - acervo


⇨ A casa-museu de Charles Dickens (https://dickensmuseum.com/).

A casa de Dickens, 2017 - acervo


⇨ A British Library (https://www.bl.uk/).

British Library, 2017 - acervo


⇨ Além da Fortnum & Mason e a Harrods, claro. São parecidas, são luxuosas, têm uma área de gastronomia de dar água na boca, e dá para encaixar no orçamento pelo menos um cupcake.

Melhor cupcake, 2011 - acervo

O cupcake do príncipe, Harrods, 2011 - acervo


⇨ Um etc. sem fim.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Atualizando roteiro para Londres, parte VII

Londres e os mercados

Não se pode deixar de visitar os “mercados” da cidade. Pelo menos os mais conhecidos. Depende do tempo que se tem. Se eu tivesse tempo ilimitado, visitaria todos. Na impossibilidade, como todo turista, elejo o que achar mais interessante. O que eles têm de interessante? Não é mercado como a gente (eu, pelo menos) entende por aqui. Esses têm origem na Idade Média, e foram evoluindo. São mercados cobertos que têm uma variedade imensa de produtos. É interessante dar uma pesquisada na história deles. Eu indicaria para começar Notting Hill (Portobello Road), Camden, Borough Market, Covent Garden e Old Spitalfields (uma sugestão aqui em https://www.visitlondon.com/things-to-do/shopping/market/londons-top-markets). Atenção às bolsas e bolsos nesses locais. Em vários lugares da cidade há alertas para pickpockets (punguistas, batedores de carteiras), e onde há multidão o risco sempre existe.
Camden, 2015 - acervo
Covent Garden, 2011 - acervo
Uma pequena observação: vá ao Borough Market com fome. Há barraquinhas de comida de todo o mundo. Vale mencionar que foi locação de filmes de Harry Potter (é claro que eu fiz o tour a pé) e Bridget Jones.
Borough Market, 2017 - acervo

Borough Market, 2017 - acervo
Outra dica: Portobello Road é conhecida pela venda de antiguidades. Mas não tem pechincha ali. Já encontrei itens vendidos ali três vezes mais caros que em outras lojas (Londres, como outras cidades da Grã-Bretanha, tem várias lojas de organizações de caridade, como Save the Children e Exército da Salvação, que vende itens muito baratos; não descarte a opção, pois poderá encontrar coisas muito úteis e ao mesmo tempo estará ajudando a quem precisa).
Camden tem vários mercados e lojas – quando você sair da estação vire à direita e vá caminhando. Existem muitas opções para comer por ali, restaurantes e barracas de comida. Simplesmente ande e olhe. No caminho você vai atravessar o Regent’s Canal, o canal mais famoso de Londres (é possível ir por ele desde a região de Maida Vale até King’s Cross).

Camden, 2015 - acervo

Camden, canal, 2015 - acervo

Atualizando roteiro para Londres, parte VI


Londres tem muitas áreas verdes, mas a mais famosa delas é o Hyde Park/Kensington Gardens (o lago Serpentine divide os dois parques). Entre por Marble Arch e vá caminhando em direção a Serpentine. Fique de olho nos esquilos e aprecie a área verde. Caminhe até a Serpentine Sackler Gallery, uma ala nova da galeria, projetada por Zaha Hadid. Atravesse a ponte sobre o lago Serpentine pra chegar na “velha” galeria (https://www.royalparks.org.uk/parks/kensington-gardens).
Continue no Kensington Palace, que já foi a residência de Lady Di (já deu pra perceber que eu sou fã?), e é a atual moradia oficial do Duque e Duquesa de Cambridge, além de outros membros da família real. O palácio tem áreas abertas ao público (https://www.hrp.org.uk/kensington-palace/explore/#gs.zOHiXtU), e é claro que eu visitei e visitaria de novo, tendo a oportunidade.
Se sair pela Exhibition Road, a rua a levará aos museus de Ciência, História Natural e Victoria & Albert. Só visitei o V&A (https://www.vam.ac.uk/), mas vi o prédio do museu de História Natural e depois visitei o site, e posso dizer que certamente se voltar a Londres, não deixarei de visitá-lo. É belíssimo.

V&A, 2017 - acervo

V&A, 2017 - acervo

Deveria ter dado imediatamente uma informação importante: a entrada nos museus é gratuita. Paga-se apenas se houver exibições especiais. Então ninguém precisa deixar de ver obras magníficas porque o orçamento está apertado.

Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...