sábado, 29 de agosto de 2015

Rio de Janeiro, essa cidade sem igual

9Cristo (2014) composto por 9 painéis de 80x80 cm
Cristo N°7, com a contribuição de JEF AEROSOL (Favela smiles)

O Rio de Janeiro fez aniversário: 450 anos. Oficialmente descoberto pelos portugueses, embora já habitado há séculos (milênios?) pelos chamados índios, que sabe-se lá de onde vieram. Ásia, África... Franceses também estiveram por aqui, e disputaram com os portugueses o pedaço, mas perderam a luta. Descartemos vikings e fenícios como mito. 

Da fundação da cidade ao que ela é hoje, é óbvio, muita coisa mudou. Essa que já foi capital do país e perdeu o posto para uma cidade criada no planalto central, é hoje apenas capital de um estado e Patrimônio Cultural da Humanidade. Analisando direitinho, alguns de nós até chegam a concluir que desde o ano zero os governantes se esmeram em estragar o que o Rio tem de naturalmente bonito. E olha que tem sido muito esforço, porque a UNESCO atribuiu o título à cidade por sua paisagem natural, com a designação "Rio de Janeiro: Paisagem Carioca entre a Montanha e o Mar".

Tem gente que não gosta do Rio. Tem gente que não gosta do carioca. Diz que ele não é simpático como se apregoa e a despeito das pesquisas de empresas de turismo. Cada um com sua opinião, e pesquisa depende de amostragem e do público pesquisado. Para o turista, afinal, tudo é festa. No dia-a-dia a coisa pode ser diferente. Também acho que todo mundo anda muito mal-educado mesmo. Mas concordo que o carioca é simpático. Talvez não tanto quanto o mineiro ou o nordestino, gentes boníssimas. Mas é. Minha opinião.

De qualquer forma, não é de bom-tom criticar aniversariante. E por isso tem um monte de gente declarando seu amor à cidade, e prestando-lhe homenagens. Um desses é o artista-fotógrafo Jean-François Rauzier, que expôs suas obras no Museu Histórico Nacional (http://www.museuhistoriconacional.com.br/), que consistem em fotos manipuladas digitalmente que ele chama de hiperfotos. Nelas se reconhecem a arquitetura e paisagens cariocas icônicas, além de outros elementos que a imaginação do artista sobrepõe, e em alguns casos, até obras de outros artistas, como o street-artist Jef Aerosol.

É muito amor. E é justo.


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Dora Bruder, ou a Paris dos esquecidos



Memória é uma daquelas coisas que só aparece quando convém. Ao indivíduo, a um grupo ou a um país. A não ser que se trate de demência, uma condição física que o sujeito não pode prever ou evitar.

A gente joga ou tenta jogar pra debaixo do tapete tudo aquilo que nos deixa mal. E em tempos de importância exacerbada da imagem, uma razão a mais para fazermos de tudo para parecermos mais puros que as vestais dos templos romanos.

E aí quando a imagem fica meio craquelada quando os podres aparecem? Digamos, de uma cidade, de um país.

Acho que não resta um lugar no mundo que não tenha um passado pouco glorioso. Resta saber se existe a admissão da memória.

Exemplos muito conhecidos de vergonha compartilhada por muitos países são a “colonização”, a escravidão e o tratamento dispensado aos judeus na Segunda Guerra Mundial.

Há quem negue. Sempre há quem negue. Pois se há quem diga que o homem não foi à lua. Que se trata de fabricação dos EUA. Hmmmm… será? Porque não negar, especialmente se há destruição de provas? O ônus da prova cabe ao acusador…

Entra Dora Bruder, personagem e título do livro de Patrick Modiano, ganhador do prêmio Nobel de literatura em 2014. Difícil assimilar a história enquanto ela se desenrola, de tanto que se parece com um registro documental, um relato da Comissão da Verdade ou do Tortura Nunca Mais. Mas há que se ter paciência para desenrolar o fio da meada, tanto da história real como da fictícia, porque, como o autor diz, talvez eles tenham simplesmente se esquecido que esses registros existiam.

Dora Bruder, como tantas outras adolescentes e mulheres, foi enviada para a prisão de Tourelles (XXe arrondissement de Paris), depois para o campo de Drancy (Seine-St-Denis), para seguir para Auschwitz. Imagine-se seu destino final.

Camp de Drancy (Cité de La Muette) - German Federal Archives - Wikimedia Commons

Estamos falando de Paris, uma das cinco cidades mais visitadas do mundo, com uma história milenar, um povo orgulhoso de sua cultura. E que no entanto, não somente colaborou com o governo nazista, como foi além, assim como muitos outros países europeus (todos?) em sua profunda aversão aos judeus. O governo francês (Marechal Pétain) abriu tantos campos de concentração para receber os presos, que acabaram virando um setor econômico pleno, a ponto de o historiador Maurice Rajsfus escrever que “a rápida abertura de novos campos criava empregos, e a polícia nunca parou de contratar durante esse período”.

Modiano segue os possíveis caminhos percorridos por Dora Bruder. Tento fazer a mesma coisa. A rua onde ela morava fica a apenas 1,5 km de Montmartre, um dos mais conhecidos pontos turísticos de Paris. Mas o que é impossível é imaginar o que ela e outras pessoas na mesma condição viveram.

“Et au millieu de toutes ces lumières et de cette agitation, j’ai peine à croire que je suis dans la même ville que celle où se trouvaient Dora Bruder et ses parents, et aussi mon père quand il avait vingt ans de moins que moi. J’ai l’impression d’être tout seul à faire le lien entre le Paris de ce temps-là et celui d’aujourd-hui, le seul à me souvenir de tous ces détails.”

“E no meio de todas essas luzes e dessa agitação, custo a crer que estou na mesma cidade onde estiveram Dora Bruder e seus pais, e também meu pai quando ele tinha vinte anos a menos que eu. Tenho a impressão de ser o único a fazer a ligação entre a Paris daquele tempo e a de hoje, o único a me lembrar de todos esses detalhes.”

Um dos poucos a se lembrar que esses horrores se passaram nessa que é conhecida como a cidade-luz.

Alguns anos depois de escrever o livro, a atual prefeita de Paris  e o escritor descerraram uma placa em frente a uma escola do 18e com o novo nome da rua: “Promenade Dora Bruder”. Modiano declarou que Dora se tornou um símbolo, que ela representava para a cidade a memória de milhares de crianças e adolescentes que partiram da França para serem assassinados em Auschwitz (cita o livro de Serge Klarsfeld, Memorial [Le mémorial des enfants juifs déportés de France, FFDJF, 1994]). 
Mencionou ainda que a inauguração de um local em seu nome era uma forma de resistir ao desejo dos nazistas, que queriam fazer desaparecer Dora Bruder e aquelas iguais a ela, e apagar até seus nomes. “Creio que é a primeira vez que uma adolescente que era anônima é inscrita para sempre na geografia parisiense”, disse ele (http://www.lemonde.fr/culture/article/2015/06/01/patrick-modiano-dora-bruder-devient-un-symbole_4644883_3246.html#G5e3Imx9CbxoH5kQ.99).

Relembrando Bath















Janeite. Austenmania. Termos ingleses para quem tem fixação em Jane Austen. Parece ser significativo o número. Uma pesquisa no Google 
com preferências filtradas em português, espanhol, inglês e francês gerou mais de 5 milhões de páginas. Como não há hospícios suficientes para tantos loucos, e não tenho as qualidades de Simão Bacamarte (aliás, nosso gênio ímpar, Machado de Assis, pode ser encontrado no similar nacional do Projeto Gutenberg, o site Domínio Público, http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp), não preciso temer o confinamento. Basta-me o refúgio aqui mesmo, neste espaço quase solitário.

Reza a lenda que Jane Austen não gostava de Bath. Talvez porque tenha deixado seu ambiente, quando seu pai faleceu, e passou a enfrentar dificuldades, até finalmente chegar a Chawton. Mas foi lá que ambientou Persuasion, um de seus mais refinados romances, e Northanger Abbey, um dos mais leves.

Para os leitores, e para mim, em especial, que amo história e arquitetura, o maior encanto foi encontrar a cidade praticamente do mesmo jeito. Não tem preço. É como nos transportarmos diretamente do livro para a vida real. Ajudados por um pouco do mito somado aos nossos sonhos e à indústria do turismo, junto com a boa-vontade das pessoas que se empenharam em criar um centro cultural para preservar a memória da escritora. Quanto já não se perdeu em memórias, em história, porque as pessoas não deram valor, ou saquearam aquilo que puderam em prol de interesses de toda sorte? Aconteceu há milhares de anos e continua acontecendo até agora. Patrimônio histórico e cultural não pode ser somente um título. Outro viés. Fiquemos com Jane, por ora.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

História e histórias

Sempre gostei de História e de histórias. Ler sobre princesas, sereias, botos cor-de-rosa, o Sítio do Picapau Amarelo, a Távola Redonda, era tão fascinante quanto ler sobre os reis da França, Joana d'Arc, ou o quer que nos chegasse por aqui em tempos de fatos filtrados pela censura.

Muito tempo depois fui descobrir os romances históricos, que forneciam outros pontos de vista sobre épocas distantes de uma maneira mais, digamos, agradável: alguns autores contemporâneos aos fatos, como Shakespeare, Jane Austen, Charlotte e Emily Bronte, e mais, e outros mais modernos, que respaldados em pesquisas sobre as épocas selecionadas, nelas ambientavam suas tramas integral ou parcialmente. 

Como ainda estou sintonizada na Irlanda, me lembrei de Elizabeth Lowell (http://www.elizabethlowell.com/), autora de romances com muito suspense, que escreveu dois livros em 2002 e 2003, Moving Target e Running Scared - procurei, mas não achei esses títulos traduzidos; em todo caso, gosto muito da autora, e há livros dela a ótimo preço no site Estante Virtual (http://www.estantevirtual.com.br/autor/elizabeth-lowell).

Nesses livros, sempre entram em jogo artefatos raros de origem celta. Surpresa! =) 

Não vou negar que o duo romântico me manteve interessada do princípio ao fim do livro Running Scared (gostei mais desse do que do outro). Mas é certo que a personagem feminina, que é curadora dos tais artefatos raros/de ouro me manteve ligada praticamente da mesma forma quando discorria sobre eles. E foi ali que li pela primeira vez sobre o Livro de Kells. Depois fui averiguar do que se tratava. É um manuscrito ilustrado com motivos ornamentais, feito por monges celtas por volta do ano 800, uma das peças mais importantes do cristianismo irlandês, e uma das mais suntuosas que resta da arte religiosa medieval. Ele fica em exposição permanente no Trinity College de Dublin, República da Irlanda.

Fonte: Wikipedia (domínio público)

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Ainda sonhando

Continuo investigando as origens do meu interesse pela Irlanda. Hoje cheguei a uma deusa ou santa. Parece que os irlandeses têm o mesmo hábito que nós, de fazer o sincretismo religioso entre as divindades locais com o cristianismo. Sabemos (ou eu sabia) que essa era uma prática dos missionários para facilitar seu trabalho de assimilação.
No politeísmo celta e na mitologia irlandesa, Brigit, Brigid ou Brighid era 'a digna de ser exaltada'.
Como é comum nas deidades celtas que são descritas como tríplices, ela é vista como três irmãs, todas denominadas Brigid, que desempenham várias funções na sociedade, tais como a cura, a poesia e a metalurgia. 
Ao dar a versão inglesa do mito irlandês, Lady Augusta Gregory (Gods and Fighting Men, 1904), descreve Brigit como "uma mulher de poesia, e que poetas a adoravam, porque sua influência era grande e muito nobre. E ela também era uma curandeira, uma mulher que trabalhava os metais, e foi quem fez primeiro o apito para chamar um ao outro através da noite".
Ela tem uma contraparte inglesa e continental, Brigantia, que parece ser o equivalente celta da Minerva romana e da Atena grega, deusas com funções similares e aparentemente incorporando o mesmo conceito de status elevado, seja físico ou psicológico [fonte: Wikipedia].
Kildare, Co. Clare (Fonte: https://waterculturepower.wordpress.com/)
De qualquer forma, parece que mesmo que a maioria da população do país seja católica, ainda resta a memória da deusa. Brigid simboliza a renovação da vida e a esperança de abundância, e tanto cristãos como pagãos ainda a veneram nos dias de hoje.
“Que a estrada se abra a sua frente
Que o vento esteja sempre às suas costas
Que o sol brilhe suave sobre a sua face
Que a chuva caia gentilmente sobre seus campos
E até que nos encontremos de novo,
Que Ela o guarde na palma da sua mão.”

domingo, 23 de agosto de 2015

Inspiração

Tem gente que tem raízes. Tem gente que tem asas. De uma ponta a outra vale tudo. Quer dizer, a pessoa que por uma razão ou outra se divide entre sua "base" e o resto do mundo. Na maior parte das vezes, dinheiro é o que determina nossas escolhas na distribuição desse tempo. Já na definição dos lugares onde se fica e aonde se vai tem uma parte de dinheiro e uma parte de muitos outros fatores: desejos, sonhos, fantasias, inspiração, aspirações, necessidades, praticidade...

Não me lembro mais porquê um dia eu comecei a sonhar em conhecer a Irlanda. Na década de 1990 cheguei a comprar um guia desse país, mesmo sabendo que ou nunca poderia poder botar os pés lá (questões financeiras) ou que, se isso fosse possível, demoraria muito tempo. Já se passaram quase 25 anos, e ainda não realizei esse sonho.

O que não quer dizer que não devo sonhar. A ciência me dá razão: é melhor gastar com experiências do que com bens materiais. Resolvidas as necessidades básicas, a aquisição de objetos pode dar satisfação imediata, mas não por muito tempo, é o que sugerem estudos psicológicos (http://www.fastcoexist.com/3043858/world-changing-ideas/the-science-of-why-you-should-spend-your-money-on-experiences-not-thing).

Seguem as sete razões para se aplicar as economias naquilo que nos dará mais prazer.

1- Enxergamos o mundo com lentes cor-de-rosa. Ou seja, a não ser que aconteça um desastre real, os pequenos atropelos por que passamos nas viagens perdem a importância quando pensamos no quadro geral e fazemos um balanço da experiência.

2- Nós nos entediamos facilmente. No caso, o tédio chega bem mais rápido pela via do bem material.

3- É mais difícil comparar experiências. Assim, você não se preocupa tanto se fez a melhor escolha ou não, vai ter menos arrependimentos depois, menos preocupações com status, o que significa que as experiências vão estressar menos, e ter mais chance de fazer você feliz.

4- A magia do estado mental que transforma: é o que os atletas chamam de "astral" ou gurus de "estar no momento presente". Esse é um momento/estado essencial para a felicidade.

5- A espera de (uma experiência) é fantástica: melhor que bens materiais, porque de alguma forma mágica dão prazer antecipado grátis.

6- A experiência faz o homem (e a mulher): elas são melhores que bens materiais, porque tendemos a pensar nelas como algo que nos conduz e faz parte do que somos.
Essa é uma verdade que foi levada brilhantemente à tela no filme 'Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças'. O que somos sem as nossas experiências, sem as nossas memórias?

7- Somos animais sociais. Queremos ser ouvidos. Experiências têm mais chances de nos fazer felizes que bens materiais, porque nos aproximam de outras pessoas. Uma das razões para isso é que elas resultam em melhores conversas do que os bens materiais. É mais provável que você seja feliz e que eu vá te ouvir quando você fala do que andou fazendo do que quando fala do que possui.

Conclusão: vale sonhar. Por isso, se não posso viajar, tenho meus filmes favoritos. Alguns contam histórias que são quase contos-de-fadas, outros se passam em lugares que já visitei, e servem para me fazer lembrar essas viagens, fazendo camadas sobre camadas, do que vivi e não vivi, e outros me fazem sonhar. Como The Matchmaker (http://www.imdb.com/title/tt0119632/?ref_=nv_sr_1), por ex., história da assistente de um senador de Boston, EUA, que busca a reeleição, e a envia a uma cidadezinha (condado) da Irlanda para desencavar seus antepassados. As filmagens foram feitas em Galway. Espetacular.

Cliff of Mohar - Galway (Fonte: Pixabay / download gratuito)

Vou continuar sonhando. Porque, como diz a personagem de Angelina Jolie em outro filme de que gosto, 'Uma vida em sete dias' (http://www.imdb.com/title/tt0282687/?ref_=fn_al_tt_1), "viva cada dia como se fosse o último, porque um dia... será".

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Hotel ou apartamento?

Recebi um email sugerindo o aluguel de apartamentos em Paris (http://rental.girlsguidetoparis.com/). Que delícia, não? Só falta alguém pagar minha passagem e despesas. =)

Há várias unidades, em vários bairros, mas fui checar um deles, só por curiosidade, com aluguel semanal variando entre 1.296 a 1.641 euros, em Saint-Germain-des-près, por ter localização central, e o que se aponta sempre como uma das vantagens primordiais do apartamento, que é ser mais indicado para grupos maiores e assim baratear o custo. 

Nesse caso, o apto. conta com 1 quarto com 2 camas e a sala (living room) com um sofá-cama p/2, então permitiria a ocupação de 3 ou 4 pessoas, ou de uma família, também de 3 ou 4 pessoas. E embora a gente sempre fique com um pé atrás com a possibilidade de ter de arrastar a mala escada acima ou abaixo, nesse caso o apto. é no primeiro andar. É só um exemplo. 

Mas o importante é proceder da mesma forma como quando se escolhe um hotel: usar sites confiáveis, porque na maioria das vezes a transação vai ser feita mesmo pela internet. E não é aquele vapt-vupt de se chegar no hotel, se apresentar na portaria e informar o nome ou número da reserva (rezando, como eu faço, para estar tudo certo, meu nome estar mesmo lá, e eu não ter de ficar ao relento, como quase já aconteceu em Brasília... É desesperador!), preencher fichinha na hora, pegar cartão e ir para o quarto. Depois, não se preocupar com (quase) mais nada. 

É preciso preencher formulário, fazer cadastro, entrar em contato com o responsável pelo apto., marcar com a pessoa que vai te encontrar, e, claro, você tem de estar familiarizado com o local, porque se não, ainda vai ter de procurar (favor ter uma boa conexão de internet, Google Maps é imprescindível, ou então, ser expert em ler mapas tradicionais, mas de qualquer forma, vai precisar se comunicar com a pessoa com quem vai se encontrar, então, o telefone é mesmo essencial). E torcer para não ter mais nenhum outro problema, como por ex., se o wifi for pro espaço, faz como?

airbnb também tem se destacado nesse segmento (https://www.airbnb.com.br/), então vale considerar.

Nunca deixo de consultar o TripAdvisor (http://www.tripadvisor.com.br/VacationRentals-g4-Reviews-Europe-Vacation_Rentals.html). No caso, o link é para a Europa.

E Arthur Frommer, especialista em viagens, no guia 'Como viajar mais, melhor & mais barato', indica uma empresa chamada rentalo (http://rentalo.com/). A conferir.


terça-feira, 26 de maio de 2015

Passagens mais baratas, ou não?

 Dubrovnik - acervo

Você pesquisa em todos aqueles lugares usuais para descobrir a melhor oferta (leia-se: passagem mais barata) e aí descobre que é enganado... pelo seu navegador! Como assim? 

É o que dizem uma analista no canal da Oprah (http://www.oprah.com/own-show/Snag-A-Better-Travel-Deal) e outros. 

É o seguinte: o seu navegador armazena informações sobre os sites por onde você passa. Só estou falando sobre isso porque nos comentários ao vídeo que deu a dica algumas pessoas reclamaram que faltou explicar como limpar o cache, que é onde estão armazenadas essas informações (os chamados cookies). 

Bom, por causa desses cookies, os sites de pesquisa ficam de olho no que a gente pesquisou, e em vez de nos apresentarem uma oferta melhor, aumentam os preços. Li em outros sites que os resultados de nossas pesquisas ficam armazenados, mesmo quando retornamos posteriormente e fazemos novas buscas, e aí continuamos recebendo as mesmas informações. 

De qualquer forma, ficam a dica e o passo-a-passo do Chrome (http://www.googlechrome.com.br/como-limpar-cache-google-chrome.html) e o do Firefox (https://support.mozilla.org/pt-BR/kb/como-limpar-o-cache-do-firefox). Estou certa de que quem usa outros navegadores vai achar o pap na internet. 

Isso posto, vale saber que a Skyscanner (http://www.skyscanner.com.br/) permite uma busca de destino "qualquer lugar". Dá pra imaginar? A gente tem uns dias livres, um orçamento X, e tem um monte de opções! Adorei. =)

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Aonde ir?

Tanto já se disse sobre viajar... Ainda não sei se é sinal de inquietude ou de busca, de curiosidade ou necessidade (seja lá do que for, até de aparecer na foto em frente ao monumento famoso). Mas sei que muita gente tomou gosto pela coisa, depois que viajar se tornou mais fácil, do ponto de vista financeiro, a despeito do desagrado dos mais elitistas. 

Passamos a poder fazer o que antes era proibitivo, e de repente, Nova York se tornou um destino possível, como outros.

E o que veio facilitar ainda mais a nossa vida foi a internet. Se antes dependíamos de um agente de viagens, parece que essa é uma profissão em risco, ou que vai ter de se adaptar ao imenso leque de opções que sites de pesquisa de preços nos oferecem.

Fica um pouco mais fácil quando sabemos de antemão para onde queremos ir. Quando não temos ideia, podemos ousar e aproveitar exatamente essa característica da internet para correr atrás das promoções. Difícil é saber quando se trata realmente de uma promoção ou mera propaganda enganosa. Haja pesquisa.

A toda hora recebo os mais diversos emails com promoções, principalmente de sites de compras coletivas, mas também de cias. aéreas. Talvez um dia ainda experimente uma dessas "ofertas", só que cada vez que clico num link desses para sondar, me decepciono com alguma coisa, principalmente se estiver pensando em viajar sozinha, porque o preço aumenta muito. Vejo muitas restrições em qualquer tipo de pacote, já começando pelas datas disponíveis, mas o que mais me inibe é quando pesquiso algum lugar que já visitei, como Nova York ou Paris, vou conferir os endereços dos hotéis, e constato que não são bem localizados. E localização pra mim é o primeiro quesito nas minhas definições de destino de viagem. Quando se está num local central, há mais segurança e se economiza nos deslocamentos. 

Como dinheiro é fator preponderante, passei a ser mais seletiva. Não dá pra eleger destinos exóticos, com os quais aliás, não tenho muita afinidade mesmo, e ficar sem ver lugares que sempre sonhei conhecer, ou até gostaria de rever. Prefiro ir 10 vezes a um mesmo lugar de que gosto, e inventar o que fazer de diferente, a acampar no deserto com uma tribo beduína (ainda que isso fosse possível).

Então, ainda tem muito a esgotar no Reino Unido, na França, nos Estados Unidos (por favor, dólar, chegue a uma cotação razoável!). Apesar de eu querer muito, por ex., conhecer São Petersburgo. 

Por enquanto, vou andando pelos sites/blogs TripAdvisor (http://www.tripadvisor.com.br/), Lonely Planet (https://www.lonelyplanet.com/), Viaje na viagem (http://www.viajenaviagem.com/) e Rough Guides (http://www.roughguides.com/), dentre outros (sigo vários perfis no Facebook e Twitter), só pra começar a sentir o que há de interessante, compro revistas especializadas quando sai alguma matéria que me agrada, releio os guias que já tenho (e são muitos), até fazer uma listinha do que eu tenho vontade de conhecer ou rever. É pra fazer uma espécie de votação interna, ver o que balança mais meu coração. 

Se eu tivesse que recomendar uma primeira viagem para qualquer pessoa, diria para ela ir a Nova York. Há inúmeras razões, mas pra mim foi simplesmente amor à primeira vista, e esse amor continua intacto. 

NYC - acervo pessoal


Concrete jungle where dreams are made of, 
There's nothing you can't do
Now you're in New York! 
These streets will make you feel brand new, 
Big lights will inspire you, 
Hear it for New York! 
(Empire State of Mind, Alicia Keys) 

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Viajando nas fotografias: Salem, 2008

Eu e o motorista

Estava procurando umas fotos de viagem (continuo na busca), e acabei achando o registro de uma visita que fiz a Salem, em 2008. Primeira visita a Boston, cidade adorável, e meu primo me levou para visitar essa cidade que sempre sonhei conhecer. 

São cerca de 35 km de distância de carro, e chega-se lá em mais ou menos 40 minutos. Há outras opções de transporte, como trem, ônibus e ferry. Vale a pena? Certamente. Espero mesmo retornar um dia. Poderia dizer que seria interessante passar um Dia das Bruxas lá, mas tenho uma certa reserva quanto a isso. A razão: Salem tem seu nome ligado a bruxas por causa de um episódio ocorrido entre no ano de 1692, em que pessoas foram acusadas de bruxaria, o que resultou na execução de 20 delas, a maioria mulheres.

Há um excelente filme sobre o assunto, no original, "The Crucible", naturalmente traduzido como... "As bruxas de Salem", protagonizado por Daniel Day-Lewis, baseado na peça de Arthur Miller, e premiado internacionalmente. Representação perfeita da intolerância religiosa, com resultados desastrosos. Diz-se que se tratou de um exemplo notório de histeria em massa, que teve como consequência derrubar a teocracia da época.

Cabe observar que a peça que gerou o filme, e tem como fonte fatos históricos, foi lançada em plena era de macartismo, ou seja, um período de intensa perseguição a comunistas (ou quem fosse delatado como tal), e desrespeito a direitos civis nos EUA. 

Terá sido um episódio de sincronicidade o fato de eu ter deparado com essas fotos? Porque sinto no ar uma vontade de caça às bruxas...

Voltando à cidade. Apesar dessa memória tenebrosa, a cidade parecia viver dela. Por onde se passava, havia uma reminiscência de tudo que tivesse a ver com bruxas, Halloween à parte. Afinal, business is business


Acervo

Não deve ser outra a razão pela qual puseram uma estátua da Feiticeira, aquela de uma série de TV (http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/11/1555576-seriado-americano-a-feiticeira-completa-50-anos.shtml) que eu adorava, mas que acho, sinceramente, no mínimo questionável. Dado o contexto.

Em todo caso, como assistia a um quadro no Globo em Pauta esta semana sobre lugares não tão óbvios para se visitar, me ocorre que a gente às vezes está numa cidade grande, sai do roteiro pré-programado e acaba se surpreendendo agradavelmente. 


Tempo bom também ajuda!
Acervo

Porque afinal, não sairíamos de casa se deixássemos de visitar qualquer lugar por causa de seu passado sombrio. 


quinta-feira, 7 de maio de 2015

Fazer roteiro de viagem cansa...

Gavião-de-telha descansando na National Gallery, Londres - acervo

Estava eu tentando elaborar um roteiro de lugares interessantes para um turista visitar em Londres em 5-6 dias quando está por sua conta. Com a quantidade de guias e sites que existem hoje em dia, pode parecer fácil, mas não é. 

Dá pra fazer uma lista? Dá. Existe uma regra meio que óbvia? Acho que sim, é tentar se orientar pela região, quer dizer, ver no mapa tudo que se quer ver e fica próximo no mesmo bairro ou redondezas. Facilita o planejamento. Claro, uma metrópole como Londres conta com um sistema de transporte que permite o deslocamento de um lado a outro que pode contornar praticamente qualquer dificuldade ou possibilitar a realização da maioria dos "sonhos de consumo" de quem visita a cidade.

Quer dizer, diferente do Rio, como eu fico imaginando que vá acontecer nas Olimpíadas, o deslocamento até, por exemplo, as instalações da Barra ou Deodoro. Por melhores que sejam as infraestruturas nos locais, o transporte público na cidade é precário até no centro e zona sul, que dirá para regiões mais distantes. Já numa metrópole servida por inúmeras linhas de metrô a conversa é outra.

Aí a questão passa a ser o sonho de cada um. Sou daquelas que acha que quando se viaja, é obrigatório se visitar os lugares pelos quais a cidade é mais conhecida, não importa se são batidos, turísticos ou não. Cristo Redentor, Broadway, Notre-Dame... Só nunca subi a Estátua da Liberdade porque 1) resisto a subir escadarias enormes; 2) a resistência cresce mais ainda quando as escadas são estreitas e quem sobe tem de disputar espaço com quem desce; e 3) a primeira vez em que fui à cidade fui veementemente desaconselhada a fazer esse programa por um casal de americanos. Nunca me arrependi. Já passeei de barco e de ferry ali no rio, e a vista é linda, então, foi mais do que suficiente. Mas já subi no alto do morro do Cristo (não na estátua, claro, até porque tenho medo de altura) e no bondinho do Pão de Açúcar! Lindo demais. =)

No final das contas, quando a gente está fazendo a lista para terceiros, tem que tirar a média, tentar selecionar todos os programas imperdíveis, ignorar as bobagens que algumas pessoas escrevem, como por ex., "veja a Torre de Londres por fora, mas não entre para não perder tempo". Como assim? 

Outras dicas são bem legais, porque são coisas novas para quem já visitou faz um tempinho, como é o caso do estúdio do Harry Potter. Mas eu juro que fico triste com a gramática em declínio que tenho visto por aí. Como em "o Warner Bros. Studio Tour do Harry Potter fica em Leavesden, 20 minutos de trem...". Fico imaginando que alguém que tem dinheiro para viajar, também conseguiu estudar o básico da nossa língua, e deveria saber o uso certo do verbo e da preposição.

Não sei o que me cansou mais, se construir o roteiro, ou corrigir os textos. Chata, eu? Imagina.

sábado, 2 de maio de 2015

TV a cabo: por que não se importam com os assinantes?



Tenho a ligeira impressão de que os canais de TV, aberta ou a cabo, funcionam com um único objetivo: dar lucro e com uma agenda muito particular. Assim, sem meio-termo, sem disfarces, sem concessões ao seu destinatário, que eu pensava que era o telespectador. Que é, direta ou indiretamente, responsável pelo lucro deles, ou estaria enganada? 

Diretamente por pagarem as assinaturas, e indiretamente por adquirirem os produtos que são comercializados de forma aberta ou oculta na programação.

E como é que pagamos, mas recebemos um amontoado de filmes repetidos à exaustão e canais que ignoram nossa vontade; quando pedimos que nos faculte a simples opção de assistir a séries e filmes em sua língua original; ou quando mudam a grade da programação intempestivamente? Isso pra não falar dos problemas técnicos, como a perda de sinal, os pixels que se misturam na tela, a falta de sincronização de som com imagem...

De nada adiantam as reclamações. Às vezes eu fico com inveja dos usuários das redes sociais dos países desenvolvidos, ou pelo menos EUA, que vão ao Twitter ou Facebook para reclamar de uma empresa ou produto, e logo recebem uma resposta. Aqui? Nem te ligo. Você pode deixar a msg que for no perfil dos canais, que nem resposta receberá. Ou às vezes recebe, sim, resposta de chamado joão-sem-braço, como da Sony, que disse que tinha uma página explicando como seria o procedimento do canal: séries novas, dubladas. Reprises, tecla SAP, mas em horários que eles reconheciam nem sempre convenientes. Ahn... isso ñ é sinônimo de não dar a mínima para o assinante?

Já vi crítica até em coluna de TV do jornal O Globo com relação a esse problema da dublagem (http://kogut.oglobo.globo.com/noticias-da-tv/critica/noticia/2014/10/dublagem-legendagem-e-quantas-anda-essa-discussao.html). Mesma resposta. Ou nenhuma resposta.

E olha que já prometeram resolver essa pendenga (http://f5.folha.uol.com.br/televisao/2014/09/1513048-canais-da-tv-a-cabo-prometem-ter-opcoes-dublada-e-legendada-em-toda-a-programacao.shtml). Mas o Sony, como já mencionado, optou por priorizar as séries dubladas, e o resto que se dane. Na mesma linha, o AXN, que é network do Sony. A gente passa meses esperando a temporada seguinte de uma série, como, por ex., Crossing Lines, e só tem a opção horrorosa de vê-la dublada. Consequência: abandona. E assim segue, largando uma a uma. 

Nos EUA, diminui vertiginosamente a audiência da TV. Estão assistindo seus programas favoritos em outras mídias. Não é à toa que a Netflix cresce sem parar. Será que os canais e as TV por assinatura não se preocupam?

A incompetência? tosqueira? é tão grande, que eu já estava até elogiando o AXN pq na semana que passou apareceu uma legenda, "disponível em SAP", nas reprises de séries antigas, e eu me encantei, mas foi fogo de palha. Já falhou ontem, em NCIS (18 h), e hoje, a opção de SAP era em castelhano. Oi?

sábado, 25 de abril de 2015

Táticas para alcançar seu objetivo

Padrão dos Descobrimentos - Monumento em homenagem ao Infante D. Henrique, homem de ciências, "trabalhador aplicado" e que deslanchou as navegações de Portugal - Foto do acervo

Continuo lendo a matéria sobre como alcançar meus objetivos. Que não é fácil eu já sabia desde criancinha, porque sempre tive de me esforçar bastante para conseguir as coisas que tenho, materiais ou não. E em alguns casos, mesmo trabalhando muito, não cheguei lá. Talvez tenha me faltado traçar estratégias: quando, onde e como pretendia alcançar esses objetivos. 

O psicólogo Peter Gollwitzer, da Universidade de Nova York, criou uma técnica chamada "se-então", ou execução de intenção. A intenção é criar um sinal automático que faça emergir o comportamento que se quer. A efetividade não é 100%. Dizer o motivo para seus planos, como 'quando eu chegar ao refeitório, vou pegar uma salada porque quero ser saudável' não funciona porque pensar sobre o motivo interrompe o automatismo. Os objetivos precisam estar bastante claros antes, e a execução de intenção mais eficaz é em forma positiva. Como "vou ignorar o telefone", em vez de "não vou atender ao telefone". O que me lembra o livro 'O poder do subconsciente', de Joseph Murphy (http://www.saraiva.com.br/o-poder-do-subconsciente-4642275.html). Recomendo, viu? Adicionar imagens mentais também ajudaria. 

A revista Mente & Cérebro resumiu as atitudes que fazem a diferença para alcançar os objetivos em quatro grupos, dos quais já se falou em dois. O terceiro seria "dar um passo de cada vez". É preciso flexibilidade até se encontrar a melhor forma de incorporar novos hábitos. 

Finalmente. sem plano de ação, voltamos ao marco zero. Então:

- Prepare-se para situações específicas. Por exemplo, se você não deseja mais comer carne, pode pensar com antecedência no restaurante ao qual pretende ir para garantir opções vegetarianas no cardápio. Em caso de uma viagem para uma cidade desconhecida, é útil planejar antes de sair de casa. Se a ideia é parar de beber, pense com antecedência no que responderá quando alguém lhe oferecer uma bebida. Assim, um simples "Não, obrigado" pode ser dito mais natural e espontaneamente - e despertar menos ansiedade.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Descubra o que motiva você

Budapeste - Acervo

O que nos motiva? Reconhecimento, dinheiro, o prazer de um trabalho bem feito, o sorriso de alguém que amamos, a felicidade de um filho? Talvez seja bom averiguar e então passar à etapa de fazer planos. Só a motivação não basta. É o que diz a ciência, segundo a revista Mente Mente e Cérebro - http://www2.uol.com.br/vivermente/. Faz sentido, não? Enquanto a gente quer alguma coisa, e é estimulada por um ou mais daqueles fatores que mencionei, mas só fica na ideia, nada acontece. E também não adianta muito ter atitudes esporádicas. Pode-se atingir um objetivo, mas não necessariamente um resultado consistente, duradouro.

Mesmo que pareça tedioso, não dá pra queimar etapas. Seria mais ou menos como acreditar em propagandas de cursos que prometem ensinar uma língua estrangeira em seis meses. Estudando 2 vezes por semana, em aulas de 1 hora por dia. Se não tiver o cérebro do Einstein ou se não vai morar em Londres ou Paris (o que também não garante o seu aprendizado se não se empenhar, como já vi inúmeras vezes), a saída é montar um plano de estudos, e dedicar-se a ele. E essa é uma solução que se adapta a muitos outros objetivos. 

Por exemplo, a artista-autora Janice MacLeod-Lik escreveu o livro 'Paris Letters' contando como chegou ao que faz atualmente. Ela era redatora publicitária na Califórnia, e decidiu, após ler um livro motivacional para artistas em potencial (ela tinha formação como pintora), adotar um plano para juntar/economizar dinheiro para largar seu emprego e viajar, até descobrir o que queria fazer na vida. Seu planejamento previa um ano para chegar à quantia de 60 mil dólares, e dentre outras ações, abriu uma conta e um blog no site de vendas Etsy, para tentar vender o que pudesse e também relatar o que fazia, assim como receber doações de quem quisesse ajudá-la em seu empreendimento (https://www.etsy.com/pt/listing/227736025/paris-letter-stationery-digital-download?ref=shop_home_active_3).

Funcionou para ela, funcionaria para qualquer um? Volte ao "mantenha expectativas realistas". Ela sabia desenhar e pintar e pôde sair reproduzindo o que via em Paris. Outros poderão fotografar, filmar, costurar, cozinhar. Outros ainda continuarão em seus empregos. Não importa, veja o título do post: descubra o que motiva você.

Dicas:

- Pense em como as mudanças podem ajudá-la a se tornar a pessoa que você pretende ser, mais saudável e com mais possibilidades.

- Tente encontrar maneiras divertidas para seguir em direção ao seu objetivo. Por exemplo, se dê pequenos presentes (que não sabotem seu propósito a cada etapa vencida).

- Imagine maneiras de alcançar seus objetivos que possam fortalecer seus relacionamentos com outras pessoas.

- Encontre formas de medir seu progresso e acompanhar suas realizações. Uma possibilidade é manter um registro diário de poucas linhas a respeito de como se sente. Algumas pessoas criam blogs para partilhar a experiência.




quinta-feira, 23 de abril de 2015

É possível realizar seus planos?

Leio numa revista (http://www2.uol.com.br/vivermente/) de janeiro de 2014 (é, eu guardo...) que existem táticas que podem nos ajudar a atingir nossos objetivos. Falam de quatro, mas vou destrinchar uma de cada vez. A primeira é "mantenha expectativas realistas". Parece óbvio? Mas não é, pelo menos não pra todo mundo. Poderia estar falando de mim, que sonho em ganhar na mega-sena (mas se fosse assim, não haveria um monte de gente apostando nela e em vários outros tipos de loterias similares, e até jogos, bingos, alguns ilegais, com direito a um comportamento compulsivo que pode levar a desastres pessoais, como a perda de bens, etc.).

Na verdade, de uma forma ou de outra, sempre há algum tipo de ilusão permeando nossa cultura. Cinema, literatura, videogame, bebidas recreativas, drogas, propaganda, princesas da Disney, super-heróis, o cantor ou a cantora popular, tudo serve para pôr um pouco de glitter na vida sem-graça da gente, ou pra criar um mito, um modelo ou até inveja. O que ele tem que eu não tenho? O risco da ilusão é quando ela se torna maior do que a realidade. Daí a importância do pé no chão. Mas sem cair no extremo oposto, aquele que toca a autoestima no que ela tem de mais frágil, quando te dizem que isso não é pro teu bico. 

Dubrovnik - Acervo

As dicas são:

- Visualize você mesma atingindo seu objetivo. Em seguida, pense nos obstáculos específicos que irá enfrentar e imagine formas de superá-los. Novamente volte a se ver atingindo o sucesso.

- Evite situações que desencadeiem hábitos que você deseja superar. Por exemplo: se quer deixar de fumar e sempre tem vontade de acender um cigarro após tomar um café, troque a bebida por água, chá ou suco.

- Não seja intransigente, perdoe-se; se você escorregar, refaça seu compromisso e siga em frente.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Bem-estar

Acervo

Junto tanta coisa pensando que um dia vai servir pra alguma coisa (opa, era isso que meu pai dizia e eu criticava! só que ele guardava objetos, eu guardo papel...), que vou acumulando sem realmente tirar proveito. Até o dia em que preciso fazer uma limpeza de espaços e saio jogando coisas fora. E é uma perda enorme de tempo, porque leio tudo, não consigo simplesmente descartar de uma tacada só. O que seria bem mais fácil. Fico até imaginando quanto espaço e tempo isso me economizaria. Mas resisto. Sempre fica aquele pensamento residual: vai servir para alguma coisa. Às vezes serve, às vezes não.

Dessa vez vou realmente tentar usar. Compartilhando aqui, exercitando também a escrita que anda abandonada.

Então, do fundo do baú, uma lista de sugestões para melhorar a vida da gente. Parecem razoáveis, mesmo para uma pessoa preguiçosa como eu.

Aumente sua capacidade pulmonar
A maioria das pessoas tem uma respiração fraca e superficial, o que torna o organismo sensível e eleva a ansiedade. Você pode melhorar isso fazendo um exercício praticado há milênios pelos iogues: inspire lentamente, contando até 4 (lembre-se de expandir a caixa torácica). Quando sentir que o pulmão está totalmente cheio, tente inspirar mais um pouquinho. Prenda a respiração e conte até 4. Expire mais um pouco para sair o ar. Repita várias vezes.

Fique mais jovem
Gastando poucos minutos por dia, os exercícios faciais ajudam a suavizar linhas de expressão, oxigenar fibras musculares e aumentar a circulação sanguínea. Para melhorar a aparência da testa, experimente o seguinte: levante as sobrancelhas o máximo que conseguir. Depois, abra os olhos tanto quanto puder. Relaxe e repita.

Olhos fortes, mente calma
Olhe fixamente para um ponto entre as sobrancelhas. Em seguida, relaxe. Repita quantas vezes quiser. Assim você também acalmará a mente e reduzirá a tensão e o estresse.

Ouça um livro
Anda sem tempo para ler? Em alguns sites é possível comprar livros de autores consagrados, gravados em áudio por grandes intérpretes.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Criticar é fácil, mas fazer...

Escrever é fácil, não é? Só que não. Não sei qual proporção de pessoas em cada universo gosta de rabiscar palavras no papel, só sei que desde que letras começaram a formar palavras que começaram a fazer sentido pra mim gostei de jogá-las no papel. E não era ruim nisso não. Cheguei até a sonhar em ser escritora. Ainda não abri mão desse sonho. Sei que não vou ser uma Jane Austen, mas li outro dia que há alguns escritores que começaram suas carreiras em idades avançadas, como José Saramago, por exemplo. Não, também não vou ser como ele. Só estou dizendo.

A tudo se critica, e os mais ferozes são aqueles que não produzem nada. Um sujeito que é muito criticado é justamente o escritor Paulo Coelho. Não vou analisar sua obra, pois não sou nem crítica nem escritora. Só aprendi na Wikipedia que ele recebeu vários prêmios internacionais, que já vendeu 165 milhões de livros em todo o mundo e é o maior best-seller da língua portuguesa. Seu livro 'O Alquimista' já foi traduzido em 80 línguas, vendeu mais de 65 milhões de cópias, um dos maiores best-sellers da história, e por conta disso, entrou para o livro de recordes do Guinness, por ser o livro mais traduzido de um autor vivo. A estrela do pop Pharrell Williams declarou à apresentadora de TV Oprah Winfrey que 'O Alquimista' mudou sua vida (https://twitter.com/pharrell/status/419569031423995904). Bem que eu achei que ele parecia meio nas nuvens no Grammy de ontem...

Parece que estou fazendo a apologia de Coelho, mesmo tendo estudado literatura na faculdade? Verdade que estudei clássicos como Austen, Joyce, Shakespeare, Camões, Machado. Também é verdade que hoje baixo livros da Amazon (http://smile.amazon.com/ref=nav_logo) que passam ao largo da concepção de clássicos. Tudo porque tenho déficit de atenção, e uma hora estou lendo uma coisa, daí pulo para outra, e assim por diante. Então vivo aproveitando as promoções que me são enviadas via newsletters das Smart Bitches (http://smartbitchestrashybooks.com/reviews/), bookgorilla (http://www.bookgorilla.com/), BookBub (https://www.bookbub.com/home) ou goodreads (https://www.goodreads.com/). Só não posso ficar sem ler. Especialmente quando viajo. Antes tinha de ficar arrastando peso de livros, e ficava horas pra escolher o que levar. Ou então torcendo pra encontrar uma livraria de língua inglesa, minha preferência, pra compra alguma coisa local. Nem sempre conseguia. Agora, com os ebooks, acabou o estresse. 

Qual não foi então a minha surpresa ao deparar com o compatriota por quase todo lugar por onde passei? E vou confessar, achei muito divertido.

Aeroporto de Frankfurt

Porto - Livraria Lello

Praga

Zagreb

Zagreb

sábado, 7 de fevereiro de 2015

I love trains...



Dentre as decisões a serem tomadas quando se vai viajar, uma delas, no caso em que se vai locomover de uma cidade a outra, ou de um país a outro, é o meio de transporte que vai ser utilizado. 

Alguns pontos serão levados em consideração: preferência pessoal (algumas pessoas têm aversão a viajar de avião, outras enjoam se andam de navio, etc.); orçamento; distância; e até as burocracias dos dias atuais. Tal qual o tempo que se economiza numa viagem de avião, mas vai se perder nas longas filas dos aeroportos para vencer a segurança, e mais, se for necessário despachar bagagem.

Há casos em que realmente não vale a pena, como de Nova York a Montreal. A gente pensa que vai ver paisagens bonitas, e se desaponta, sem contar o estresse de passar pela fronteira. Pelo menos foi a minha experiência. Foram 2 horas em que o trem ficou parado, por causa de três passageiros, que saíram com mala e tudo. Um ficou. Pra não falar do tanto de pergunta que me fizeram, apesar de a minha documentação estar absolutamente em ordem. Me perguntaram onde tinha comprado minha passagem (tinha sido no dia anterior, na Penn Station, NYC), e mostrei até o recibo do cartão de crédito. O visto estava fresquinho, cintilante. Saíram, foram até o posto, voltaram, depois de uns 15 minutos, a dupla riscou o visto (só valia para aquela entrada, mesmo eu achando que poderia entrar, sair e voltar - não que fosse ou quisesse fazer isso), com uma vontade que me deixou perplexa. Ainda bem que Quebec é uma cidade espetacular, e as Cataratas do Niagara são deslumbrantes, ou teria ficado com muita raiva daquele país. Ah, sim, a chinesa/canadense dona do hostel em Toronto foi ótima, assim como a funcionária da Porter Airlines (https://www.flyporter.com/Flight?culture=en) em Toronto. Não as de Quebec, muito displicentes, mas essa em Toronto foi excepcional, como a própria companhia. A melhor em que já viajei. Recomendo.

Mas voltando aos trens, que era no que eu pensava quando comecei a escrever, sempre serão minha primeira opção em se tratando de viagens relativamente curtas. Porque aí, para mim, eles são imbatíveis. Se todos pudessem ser como o Eurostar, seria muito bom. Ou rápidos, como o TGV. Se as estações fossem como a de Berlim (central), ou St. Pancras, em Londres, ou mesmo Paddington, onde se pode pegar o expresso para o aeroporto por um valor muito razoável, e não ter de gastar uma fortuna em táxi. Mas não. Muitas estações parecem mais com a Central do Brasil mesmo.

 Estação-Budapeste, por volta de 6 h da manhã

Ao se decidir pela viagem de trem, há outras escolhas a fazer: antecipar a compra (pela internet) ou deixar para fazê-lo na hora (ou véspera), na própria estação; e que tipo de bilhete. Vale checar em http://www.raileurope.com.br/train-tickets/train-tickets/.

Sempre deixei pra comprar na hora, e continuo preferindo essa opção. Já li que há descontos para quem antecipa, mas prefiro me dar o direito de decidir dia e hora em que vou fazer meu trajeto. Posso querer acordar mais cedo ou mais tarde, posso querer fazer outro programa, gosto de viajar com flexibilidade. Ano passado, no entanto, viajei com outras pessoas que preferem antecipar. Saímos do Brasil com todas as passagens compradas, e em dada situação, até tivemos devolução de dinheiro. Deve ter sido pelo fato de que adquirimos uma passagem de primeira classe, e viajamos num verdadeiro galinheiro (Budapeste-Zagreb), num trem que deveria ter lugar marcado mas parecia o metrô do Rio, onde ninguém respeita o lugar dos idosos, e tivemos de sair do trem duas ou três vezes arrastando nossas malas, por causa das obras na linha. Um verdadeiro horror.

Outra péssima experiência foi a viagem de Praga a Viena, que poderia ter sido feita em cerca de 4 horas, mas como queriam a experiência do trem noturno, não somente aumentou-se o tempo de viagem em 2 horas, como a expectativa foi totalmente frustrada. O que era pra ser uma experiência divertida, diferente, talvez até um pouco romântica (no sentido de um Expresso do Oriente, à la Agatha Christie), acabou sendo um transtorno, por uma série de motivos. Primeiro, porque trem não é avião, a gente tem de levar o mínimo de bagagem, já que nós mesmas temos de carregar a própria mala escada acima e abaixo, num tempo mínimo, contando com uma pontualidade à qual brasileiros não estão habituados, e deslocá-la por corredores muito estreitos até achar a cabine. Que é um pesadelo. Para se acomodar pessoas e bagagens, tirando tudo e todos do caminho de forma a permitir que demais passageiros também possam circular. Puro stress.

Resumindo a ópera, me senti como se estivesse numa prateleira.

Parecem prateleiras, mas são leitos... O.o

Em todo caso, reitero o que disse no começo. É tudo uma questão de preferência mesmo. Depois de ter sido revistada em praticamente todos os aeroportos pelos quais passei, de ter perdido um tempo enorme em filas e algum dinheiro ao qual tinha direito em devolução de taxa em Portugal, só por causa de burocracia, ainda defendo as facilidades do trem, e por que não, o romantismo que o transporte me evoca. Talvez tenha a ver, no final das contas, com o mistério evocado por Agatha Christie.

Em todo caso, tem mais um site interessante para pesquisa de voos baratos: http://www.whichbudget.com/, e outro para pesquisa de trens, http://www.seat61.com/index.html#.VNbWEfnF-So.

Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...