sábado, 21 de junho de 2008

Comida típica

Cada lugar parece ter uma comida associada (há ainda as que se relacionam a determinadas festas, como a 'junina'). Qual é a comida típica do Rio? Já falaram no churrasco-rodízio. Ñ sei se o fenômeno é localizado, mas por onde ando tropeço num churrasquinho. Todo dia, ou quase, cai a noite, e lá está a pessoa com sua churrasqueira portátil, com os espetinhos. Churrasquinho de gato, é o q diz a lenda urbana. E ñ é de hoje não. Pois quando eu estava grávida a primeira vez, e lá se vai mais de uma década (sem admissões de idade), bateu a vontade de comer o tal churrasquinho. Naquele tempo bíblico, era comida q se via em parquinho, em festa junina, era coisa popular mesmo. Acabei parando num restaurante comendo um brochete. Nada a ver. O q tb comprova q desejos insatisfeitos ñ fazem mal. Minha filha ñ nasceu com cara de churrasquinho. Mais provável nascer com cara de mariola ou caramelo de chocolate. Ah! deve ser por isso q ela gosta tanto daquela propaganda besta de uma marca de chocolate (esqueci o nome, de verdade): 'caramelow'!
Então: o churrasquinho se alastrou. E junto com ele, as mesinhas espalhadas ao redor, com as pessoas bebendo cerveja, e algumas raras, refrigerante. E, embora eu pouco coma carne, às vezes ñ consigo resistir ao cheiro q emana do fogareiro tosco. Depende do tamanho do vazio no estômago, ou da nostalgia.
Haja empreendedor de churrasco.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dia dos Namorados ou véspera de Santo Antonio?

Interligados para sempre, já que Santo Antonio era o santo de devoção de minha mãe, e ela só ñ casou com meu pai no dia 13/6 pq ñ tinha vaga no cartório. Acho. Memórias perdidas... se já tivesse blog quando meus pais eram vivos, já teria um livro da família. Do jeito q vai, ñ sobra quase mais nada. Vi em House q existe um remédio q estimula a memória, para quem tem Mal de Alzheimer. Uma possibilidd?
Poizentão, como diz a amiga virtual Júnia, está lá o Largo da Carioca em festa pq o Convento de Santo Antonio está fazendo aniversário - começou a ser construído em 1608! E como está sendo restaurado, estão rezando no próprio Largo. E tem barraquinhas vendendo os artigos relacionados ao santo, como fazem todo ano, mais as coisas típicas de festa junina. Gosto de infância, memórias de família... só ñ dá para curtir mais pq anda perigoso circular pela cidade, especialmente à noite. Sem contar a quantidade de aproveitadores, pedintes... se bem q é típico, isso. Só q nunca se sabe se há a possibilidd de violência. Testemunhei uma cena no sábado passado chocante. Pelo menos para mim. Não para as pessoas, a maioria idosas (!) à volta. Um menor, visivelmente drogado, entrou em um supermercado e assediou uma cliente. Um segurança pegou-o pelo pescoço e saiu arrastando-o como um bicho. Bem, talvez ñ como um bicho, pois eu nunca vi ninguém arrastar um cachorro assim. Inda mais se fosse um pitbull. Pq aí o cara ficaria sem braço. Eu quero ser assediada, invadida? Não. Mas a violência tornou-se uma commodity. Ninguém se espanta mais. Linche-se o pivete, ateie-se fogo ao mendigo, espanque-se o ladrão, e a multidão aplaude. Como diz uma amiga, a democracia é superestimada - afinal, foi a multidão que preferiu Barrabás a Jesus.
Back to the cold cow.
Então, está lá todo o aparato montado para amanhã, o grande dia. Hoje tb é um grande dia, acho. Até esqueci do folclore todo, pois estive envolvida com um evento ecológico, bem mais significativo para mim do q festas comerciais. Mas faço questão de manter o dia 13 de junho como um marco histórico familiar. E amanhã já conto com a multidão no Largo da Carioca. O padre no púlpito improvisado já declarava, antecipadamente, que seriam consideradas cumpridas todas as promessas de subir a escadaria do convento para chegar ao altar-mor, pois as obras ñ permitiam excessos. A ñ ser para as exceções (com cedilha, pois, como diz uma amiga, com ss são os grandes excessos) - como o sobrinho do padre (oras...), que veio de longe para conhecer o convento. Suspeito, isso, aliás. Será q esse sobrinho ñ podia ter vindo antes? Para mim é nepotismo. Se ñ fossem franciscanos... E por falar em franciscanos, vale ver Irmão Sol, Irmã Lua. Meio piegas, meio tosco, meio datado. Mas uma das musiquinhas tem um gosto zen: fazer uma coisa de cada vez, e fazer bem feito. Ñ somos multitarefas. Nosso cérebro ñ comporta isso. Acabamos fazendo tudo mal feito e superficialmente, e ficando estressados. Bom para a indústria dos antidepressivos.
Depois eu termino a história. Talvez amanhã. Esse assunto acaba ñ tendo fim, por causa dos desvios. E eu ñ quero decepcionar a leitora q deixou um comentário ultra-simpático e bem escrito, e q tem um blog muito legal (http://estavaperdidanomar.blogspot.com/), tão legal q começa com uma das músicas q mais amo, Somewhere Over the Rainbow.

Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...