terça-feira, 12 de junho de 2018

Viajar é algo mágico

Você planeja uma viagem, e algo acontece que tem o poder de atrapalhar seus planos, temporária ou definitivamente. Se pararmos para pensar, as possibilidades são muitas. Mau tempo, greves, condições médicas... Sou supersticiosa: não conto para ninguém até praticamente o retorno. Exceto, naturalmente, os familiares mais próximos. Aliás, para isso existem reservas que podem ser canceladas. Recomendo. Ou à decepção se juntará o prejuízo. 

Mas de tudo que pudesse imaginar, certamente não acreditaria em um pé fraturado. Quando então se aprende que um quinto metatarso pode fazer estragos jamais cogitados. Se eu fosse aquele jogador famoso, precisaria de cinco psicólogos para me fazer entrar em campo outra vez. Você encara um médico na emergência que anuncia uma imobilização de dois a três meses. Outro tanto de fisioterapia. E você vê aquele dinheirinho que se esforçou tanto para ganhar voando pela janela. Cabe recurso: uma segunda opinião ameniza o desastre. Um mês e com fisioterapia você pode viajar. Não é tão simples assim. A imobilização forçada tem consequências sérias para quem já tem uma certa idade, e sofre de alguns problemas de coluna. Você vai ou fica?

Eu fui. A bagagem cheia de remédios. Não foi fácil. Anda, senta, alonga, levanta... Nessa hora, mesmo se tratando de uma cidade que é melhor percorrer a pé, há que ceder à necessidade e à praticidade: vamos de Uber. 

A compensação vem na forma de um coração que fica muitas vezes mais quentinho, de tantas maravilhas experimentadas. Mesmo que a dor se instale depois e não dê sinais de partir. Quem pode vivenciar o Atelier des Lumières (http://www.atelier-lumieres.com/) e não ficar absolutamente deslumbrada? Só me resta torcer para a recuperação plena, mas essa experiência ninguém me tira. Com um cérebro saudável, óbvio.


Imperdível. 

Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...