quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cheesecakes, cupcakes

Uma das coisas boas de viajar é comer. Não que a gente não possa fazer isso em casa, mas comer é parte de conhecer um lugar, uma cultura. E é uma delícia.


Há pouco o site da BBC Brasil divulgou um estudo de uma Universidade da Califórnia afirmando que comidas gordurosas geram um sinal na língua que leva o intestino delgado a produzir as substâncias químicas conhecidas como a maconha natural do corpo humano, que induzem ao consumo de gordura, o que explicaria a gula por comidas gordurosas.


Claro, há os doces, o chocolate (bem, este tem a serotonina, que deixa a gente feliz... =D), os vinhos, a cerveja... tenho certeza de que antropólogos e outros têm explicação para cada um desses gostos que nos trazem prazer e nos quais às vezes nos excedemos. Viagens são apenas feriados estendidos, o que dá o direito de aproveitar para extrapolar. Mas é fato que com pretexto ou sem pretexto, é uma ótima oportunidade para vivenciar um dos aspectos culturais que um lugar tem para oferecer. Quer coisa mais deliciosa do que um feijão tropeiro, um baião-de-dois ou uma paçoca? E os doces típicos de festa junina?


Mas eu sou fã de cheesecakes há muito tempo, e recentemente descobri os cupcakes. Se fosse boa cozinheira ou confeiteira, teria facilidade para dar conta de fazer os dois, mas depois que comprei um livro de receitas só de cupcakes, empaquei com um tal merengue. Vai ser osso duro de roer. Como já disse, minhas receitas têm um critério básico: facilidade. Têm de ser factíveis para pessoas simplórias. Mas eu vou ter de aprender uma hora ou outra. Sabe quanto está custando 1 fatia de cheesecake? No mínimo uns 10 reais. E 1 torta inteira, uns 80 reais. Um cupcakezinho, se ñ me engano, 6,50. Preço de primeiro mundo. E vou te dizer: o cupcake ñ chega aos pés de alguns que eu comi em Londres e em Boston.


Assim, se pesquisar no Google, tem N receitas de cheesecake. Vai saber qual é a boa ou a "certa". Porque tem muita "torta de queijo" por aí com cobertura de gelatina. Eca. Não rola. Um mínimo de verossimilhança com a original, faz favor. Aí eu vi uma em que o cara promete a receita original de Nova York. Pelos ingredientes, é mesmo (http://diogocortiz.wordpress.com/2010/06/21/cheesecake-new-york-receita-original/). Curti. Vi outras com leite condensado. Hein? Não entendi. A maioria usa como base o biscoito maisena e até mistura ricota com cream cheese, o que me parece um tanto ou quanto bizarro (http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070523195033AA2tr2q). Será que é por economia?


Aí eu fui procurar no meu velho caderninho. Claro, a tradicional receita é com cream cheese, daí a Philadelphia, que é uma marca tradicional americana uma vez liberou uma receita. 


É assim:
1. BATA: 3 Philadelphia Cream Cheese de tablete, até ficar homogêneo, com: 1/4 xíc. chá de açúcar (140 g), 2 c. essência de baunilha, 3 ovos.
2. COLOQUE: numa vasilha 300 g de biscoito tipo maisena já batido no liquidificador, acrescente 50 g de margarina e misture bem. Forre o fundo e as laterais de uma forma redonda desmontável. Leve ao forno (médio) por 5 min. e depois acrescente o recheio.
3. ASSE: por 30 min. em fogo baixo. Asse por mais 10 min. em fogo alto. Deixe esfriar. Leve à geladeira por no mínimo 3 h e cubra com calda de cerejas.


Eu tenho uma receita em inglês também da Philadelphia, só que da Cheesecake 'Turbilhão de Baunilha'. No que difere? 


Em vez de biscoito maisena, Oreo (20 biscoitos = cerca de 2 xíc.), 4 pacotes de cream cheese, 1 xíc. açúcar, 3 c. sobremesa de manteiga derretida, 1 xíc. açúcar, 1 c.chá baunilha, 4 ovos, o equivalente a 1 xícara de chocolate chips já derretidos e resfriados, e o detalhe: 1 xícara de sour cream. A primeira receita ensina como fazer: 'creme azedo – para essa preparação, apenas misture o creme de leite com um pouco de limão e deixe descansar na geladeira'. A massa deve ficar no forno por 10 minutos em forno médio (180°).
Bater o cream cheese, o açúcar e a baunilha numa tigela grande com batedeira em média velocidade até estar bem misturados. Adicione o sour cream, misture bem. Junte os ovos, 1 a 1, batendo em baixa velocidade após cada adição. Tire 1 xícara da mistura e separe. Junte o chocolate derretido na mistura. Despeje na massa. Em cima ponha colheres da mistura restante na xícara; corte as massas com faca para fazer o efeito de turbilhão.
Leve ao forno por 40 minutos ou até que o centro esteja quase pronto. Deixe esfriar. Leve à geladeira por pelo menos 4 h ou deixe durante a noite. 


Não é bonita? Não testei (surpresa!), mas acho que deve ficar muito boa, considerando-se que a base da massa é de Oreo


No Rio de Janeiro, uma ótima opção de cheesecake e outras tortas (e um delicioso croissant de chocolate) é sempre a The Bakers (http://www.thebakers.com.br/web/cardapio_de_tortas_032011.html). Em Nova York, comi uma maravilhosa num lugar chamado Eileen's. Uma vizinhança muito interessante.





Os cupcakes são figurinhas fáceis. Lá em Londres são encontrados em 'tamaninhos' e 'tamanhões', o que é bom, já que os grandes, que parecem ser os habituais, não somente são difíceis de comer em público, por causa da cobertura, também são gordos (e muitas vezes enjoativos). Fiquei com a impressão de que os americanos são ainda maiores. Até agora guardo a mais grata lembrança do mini-cupcake da Fortnum&Mason, mas os da lojinha de Boston na Charles St. (cenoura, nham!) e até os da Au Bon Pain não fizeram feio!


The best!!!!

Este era da Harrod's e estava bem gostoso, mas foi comprado só por causa do casamento do príncipe. Pena que quando a moça embrulhou, a tampa da embalagem grudou. O decalque estava perfeitinho, mas para tirar a foto, tive de fechar de novo. =(

Este cupcake era gi-gan-te! Estava uma delícia, assim, tipo, acabando de sair do forno para o café da manhã. Era uma deli perto do MoMa de NYC. Mas não deu pra comer até o final.

Esses são os cupcakes da lojinha da Charles St., em Boston. Incrível como um cupcake de cenoura pode ser bom. Nham.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...