quinta-feira, 7 de maio de 2015

Fazer roteiro de viagem cansa...

Gavião-de-telha descansando na National Gallery, Londres - acervo

Estava eu tentando elaborar um roteiro de lugares interessantes para um turista visitar em Londres em 5-6 dias quando está por sua conta. Com a quantidade de guias e sites que existem hoje em dia, pode parecer fácil, mas não é. 

Dá pra fazer uma lista? Dá. Existe uma regra meio que óbvia? Acho que sim, é tentar se orientar pela região, quer dizer, ver no mapa tudo que se quer ver e fica próximo no mesmo bairro ou redondezas. Facilita o planejamento. Claro, uma metrópole como Londres conta com um sistema de transporte que permite o deslocamento de um lado a outro que pode contornar praticamente qualquer dificuldade ou possibilitar a realização da maioria dos "sonhos de consumo" de quem visita a cidade.

Quer dizer, diferente do Rio, como eu fico imaginando que vá acontecer nas Olimpíadas, o deslocamento até, por exemplo, as instalações da Barra ou Deodoro. Por melhores que sejam as infraestruturas nos locais, o transporte público na cidade é precário até no centro e zona sul, que dirá para regiões mais distantes. Já numa metrópole servida por inúmeras linhas de metrô a conversa é outra.

Aí a questão passa a ser o sonho de cada um. Sou daquelas que acha que quando se viaja, é obrigatório se visitar os lugares pelos quais a cidade é mais conhecida, não importa se são batidos, turísticos ou não. Cristo Redentor, Broadway, Notre-Dame... Só nunca subi a Estátua da Liberdade porque 1) resisto a subir escadarias enormes; 2) a resistência cresce mais ainda quando as escadas são estreitas e quem sobe tem de disputar espaço com quem desce; e 3) a primeira vez em que fui à cidade fui veementemente desaconselhada a fazer esse programa por um casal de americanos. Nunca me arrependi. Já passeei de barco e de ferry ali no rio, e a vista é linda, então, foi mais do que suficiente. Mas já subi no alto do morro do Cristo (não na estátua, claro, até porque tenho medo de altura) e no bondinho do Pão de Açúcar! Lindo demais. =)

No final das contas, quando a gente está fazendo a lista para terceiros, tem que tirar a média, tentar selecionar todos os programas imperdíveis, ignorar as bobagens que algumas pessoas escrevem, como por ex., "veja a Torre de Londres por fora, mas não entre para não perder tempo". Como assim? 

Outras dicas são bem legais, porque são coisas novas para quem já visitou faz um tempinho, como é o caso do estúdio do Harry Potter. Mas eu juro que fico triste com a gramática em declínio que tenho visto por aí. Como em "o Warner Bros. Studio Tour do Harry Potter fica em Leavesden, 20 minutos de trem...". Fico imaginando que alguém que tem dinheiro para viajar, também conseguiu estudar o básico da nossa língua, e deveria saber o uso certo do verbo e da preposição.

Não sei o que me cansou mais, se construir o roteiro, ou corrigir os textos. Chata, eu? Imagina.

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