terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Conto de fadas


Era uma vez uma menina que aprendeu a ler e a escrever e se achava o máximo por isso (ou a achavam... bem, essa é outra história...). Lia tudo e escrevia tudo. Sua inspiração era a Emília, aquela, de Monteiro Lobato. Falava tanto que diziam que tinha "emilite". Escrevia tanto que criou calo e tendinite. Porém, o orgulho lhe subiu à cabeça. E Nemesis lhe enviou um mensageiro do Olimpo, um menino dourado do sol, que lhe disse: você falou demais, escreveu demais. A sua verdade não é absoluta, e mesmo que fosse, não vale para todos. Por isso, seu castigo será o silêncio. E o menino dourado se foi, e levou o sol com ele.

Um comentário:

  1. Que historinha linda... Só fico triste que o surfistinha bronzeado tenha roubado a tagarelice da menina faladeira... =P

    Tadinha!!

    Mas é sempre assim. Quando nos dão um talento, um dom, digamos assim, precisamos saber usá-lo. E bem... A humildade é necessária, até certo ponto. E desde que seja uma coisa honesta, pois hipocrisia e falta modéstia são coisas tão imbecis e recrimináveis quanto o orgulho excessivo. Então, embora triste, a historieta é uma realidade. Quem não sabe usar, perde... Belo texto, mãe...

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Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...