quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Múltipla escolha


Já escolhido o destino da viagem, o que nem sempre é fácil (afinal, trata-se de um investimento para a maior parte da turma que bota o pé no mundo), a questão é decidir se vamos fazer tudo sozinhos ou com uma agência. Li algo recentemente sobre uma agência que quebrou e deixou todo mundo de passagem na mão. Não é a primeira e espero que seja a última. Como deve ser frustrante planejar uma viagem e ver seus planos se desfazerem como pó, e ainda por cima, ser lesado!

Decidindo o voo solo, aí vamos torcer, rezar (dependendo da crença de cada um) para que saia razoavelmente tudo certo. Porque podemos contar que 100% não funciona. Sinto muito, mentir não faz ninguém feliz, só em romances, que eu adoro. 

Sempre comprei passagem aérea com meu agente de viagens e nunca tive o menor problema, mas não sei o que aconteceu com ele. Em julho de 2012 tive minha primeira experiência de comprar passagem internacional pela internet, via http://www.submarinoviagens.com.br/default.aspx. Funcionou muitíssimo bem, e inclusive o preço foi melhor que na agência consultada e na própria companhia aérea. Pelo Brasil já usava os sites da Gol e da Tam. Também já tive a experiência de adquirir passagens em aéreas low cost na Europa e no Canadá pela internet, com resultado positivo. Só não testei ainda passagem de trem: prefiro comprar na hora, para não correr o risco de perder o bilhete caso haja algum transtorno. 

Agora, no entanto, no final do ano, ao decidir ir para Nova York, cheguei na http://www.skyscanner.com.br/ por indicação. É um dos muitos sites que faz pesquisa de preços. Há outros, mas este é bem recomendado. Tinha uma premissa de viagem específica, que era fazer escala em SP. Se não fosse isso, teria ido pela American Airlines, já que estou inscrita em seu programa de milhagem. A única companhia que tinha um voo com esse pré-requisito era a TAM. Comprei a passagem, junto com a outra pessoa que iria comigo, com assentos contíguos, inclusive achando que o voo partiria à noite. Como disse Julia Roberts em Pretty Woman, "big mistake". 

É preciso dizer, antes, que a Skyscanner direciona para uma agência, quando se encontra o voo desejado. No caso, fui parar numa chamada http://www.airprojects.com/. Não sei se há ligação entre elas, se todas as vezes que se adquire uma passagem é o mesmo procedimento, ou se eu tivesse adquirido outro tipo de bilhete teria caído em outro site / agência. Fato é que fui parar nessa Air Projects.

E o big mistake? Começou com o voo partindo de manhã. Não tem nada mais tosco. Acabei de folhear uma revista que dizia que a American Airlines inaugurou voos de manhã partindo de SP porque assim coincidia com o check-in, que é 15 h, e o voo chega por volta de 16 h. Hum. Eu diria que é uma justificativa tosca, continuemos. Não tendo percebido que na volta a escala me obrigaria a ficar muitas horas em SP, o problema foi (?) resolvido pelo representante da agência, que nos ligou para confirmar alguns dados, e mudou o voo de retorno para o Rio. 

Quando estávamos perto de embarcar e fomos confirmar os detalhes, nos demos conta de que não havia confirmação de assento para mim. Aí começou a maratona. Apesar de emails e contatos telefônicos, a agência só fez enrolar. Resolver que é bom, nada. A palavra final foi que a TAM poderia resolver no aeroporto, no check-in. O que não aconteceu, claro. Ao chegar em SP, quando tive de trocar de aeronave, apesar de informações desencontradas da TAM, outra enrolada também, um funcionário muito esforçado, Bil, tentou o possível, mas não conseguiu. Por sorte, havia uma família perto de nós que também tinha o mesmo problema, e conseguimos nos acomodar todos.

Na volta, chegamos cedo no aeroporto, já prevendo problemas. Apresento-me à funcionária do aeroporto, mostro meu bilhete e ela pede só o passaporte. Mesmo assim, aviso que estou indo para o Rio. A fofa diz que só tem confirmado meu destino final para SP. *suspiro* E lá vamos nós de novo. Depois de um bom tempo, ela tem a boa vontade de sair e ir não sei aonde (isso depois de ter dito que eu teria de ir "à loja" da TAM) e resolver o problema. 

Pesamos uma das malas duas vezes: 22 kg. Guardaram esse número? Pois bem. Voltaremos a ele.

Escala em SP. Corre-corre para a escala. Entra em fila, sai da fila, cadê informação? Nenhuma. Nenhum funcionário, nada. Vejo um rapaz que estava no meu voo, corro atrás dele, vejo um balcão escrito "TAM - Assunção", vou até lá, pergunto, e a moça se vira para outro homem e diz "mais uma", o homem diz "vou chamar a van", e lá vamos eu e o rapaz para uma van que vai nos levar até o avião. Quando estamos na van, entra mais um casal. Quase fico com vergonha, achando que está todo mundo me esperando, mas não, ainda vem mais gente, inclusive do meu voo. Daqui a pouco, um casal meio besta, e diz que estou no lugar errado. Peço desculpas, mas resolvo conferir meu bilhete. Ooops. Não. Estou certa. Ooops. Eles ficam sem-graça. Vão com Deus. Sério, TAM? [https://www.tam.com.br/b2c/vgn/v/index.jsp?vgnextoid=97981ed526b72210VgnVCM1000003752070aRCRD]

Rio de Janeiro, chegamos neste verão horroroso, acabou? Não. Minhas malas foram abertas e arrancaram a alça de uma delas. Sem a menor necessidade, porque o cadeado, que foi jogado fora junto com a tag, estava no fecho. Bárbaros. Fui reclamar, e a fofa da funcionária da TAM queria que eu conferisse a mala no saguão do aeroporto. Não é linda? Aí ela pesou a mala. Que tinha 20 kg. E segundo ela, "conferia" com o sistema. Conferia? Sistema? Que sistema? Como então a mala pesava 22 kg em NYC? Ainda não terminei de fazer a minha conferência, mas há algo de podre nessa história. Não estou achando que fui roubada em 2 kg. E será que há uma diferença de balança em 2 kg nas balanças nos aeroportos para cobrarem excesso de bagagem? Só especulando.

Só dizendo: TAM internacional? Nunca mais. Air Projects? Idem.

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