segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Memórias de viagens

Ao mesmo tempo em que viajar pode ser um pé no desconhecido (e, mesmo que já se conheça o lugar, sempre há o que descobrir), também pode ser um gatilho para despertar memórias. É como cheiros, comidas, palavras, pessoas. Algo assim como aquele método de associação de palavras da psicanálise, acho. Não sou especialista no assunto, mas Freud incentivava seus pacientes a dizer o que lhes viesse à cabeça, para depois analisar o material.

Por analogia, não acho difícil imaginar como a possibilidade de poder ver, frente a frente, algo com que se sonhou, pode nos impactar. Pode ser algo conhecido de leituras, como, por exemplo, uma Torre Eiffel, as cataratas do Niágara, ou algo que nos surpreenda. Qualquer coisa, até conhecer uma pessoa com uma cultura diferente.

Gosto muito de experimentar comidas diferentes, embora tenha minhas limitações de gosto. Poucas experiências nos aproximam tanto de uma cultura local quanto a culinária.

Andar, sempre que possível - é bom aproveitar enquanto há capacidade física.

De vez em quando, vou a algum lugar que, por alguma razão, desperte memórias que me são caras, e aí vou às alturas. Tenho, realmente, de me conter. É por essa razão que sempre vou ter uma relação especial com Nova York. Se fosse enumerar tudo que essa cidade me faz lembrar, tudo que vejo e me dá alegria, ou nostalgia, talvez até saudade, não falaria de outra coisa.

O fato é que o tempo passa, e nós vamos atrás. As cidades, mais ou menos, ficam. Há algo nelas que as faz reconhecíveis, e há o que muda. Algumas coisas se devem à mão do homem, e nem sempre por boas razões, como no caso do 11 de setembro, em NY. Outras vezes, são as intempéries, que, atualmente, também começam a ser meio que devidas à imprevidência humana. 

Só sei que gosto de andar pelas cidades. Gosto de ver o que o homem consegue construir de belo quando a isso se aplica. E adoro poder viajar e encontrar pedaços cristalizados das minhas paixões.

Uma de minhas paixões, a série de TV Star Trek. Na primeira viagem que fiz a NYC, em 1991, entrei numa loja de vídeos e lá estava um monte de VHS. Me senti o próprio pinto no lixo. Tive de escolher. The Cage é o piloto da série, e a outra é, para mim, a melhor história da série. =~ (Não consigo jogar fora, apesar de ter tudo em DVD, e não, não comprei em blu-ray)


Um clássico. Maravilhosa Audrey. Quantas vezes fui a NY até ter coragem de entrar na Tiffany's...


Sou apaixonada por esse conto clássico, a Bela e a Fera. Essa versão, de Jean Cocteau, é da antiga e finada RKO, que existia na 6a. Avenida, ainda em VHS. 

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