terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Pé na estrada



De repente dá aquela ansiedade dentro da gente, talvez uma sensação de que o tempo vai se esgotar e não se fez nada de interessante, tudo é um tédio, quem sabe é o aniversário que se aproxima e menos tempo resta para se fazer o que se gosta ou o que se queria? Viajar é a resposta.

Há muito a internet é imprescindível, fonte de consulta para quem quer planejar uma viagem, saber o que acontece, como são as coisas no lugar aonde se vai, e muito mais. Todo mundo sabe que dá para comprar passagem, reservar hotel, etc., sem grandes dificuldades. Dá trabalho? Consome tempo? Sim. Porque é necessário se fazer muita pesquisa, é preciso ter confiança nos sites, nas "opiniões" que são publicadas pelos usuários, quando é o caso... E quando há descrições e fotos, muitas vezes não é possível se ter uma visão precisa do produto. Há inúmeras variáveis a se considerar. Talvez seja por essas razões que muita gente prefira viajar em grupo ou com agência. Claro, há o fator "língua" a pesar. Pesquisas recentes mostraram que é mínimo o percentual da população que fala inglês. Acho que menos de 5%. Não sei qual é o percentual que fala espanhol. Eu, por exemplo, não falo. Agora voltei a estudar francês.

Não que isso seja impeditivo: o que tem de brasileiro nos EUA é uma enormidade.

O que eu comecei a me perguntar foi: os guias de viagem se tornaram obsoletos? Porque todas as vezes em que vou para algum lugar, compro um, de preferência da grife Rough Guides, meus favoritos. Ressalto que sou devota ferrenha da internet, há muito, muito tempo. Não abro mão de fazer pesquisas intensas antes de viajar, e costumo fazer minhas próprias reservas de hotel. Meus sites habituais são http://www.hoteis.com/ e http://www.booking.com/. Tenho outros sites que pesquiso, mas volto a eles em outro post. Só que tinha desistido dos guias com relação a Nova York, porque é a cidade que mais visitei, e tinha a "pretensão" de achar que a conhecia melhor, e até de achar que não mais voltaria lá. 

Como dizia uma amiga, pretensão e água benta, cada um põe onde quer. Porque é impossível, pelo menos para mim, andar numa cidade que eu só visito de vez em quando. Tenho de ter pelo menos um mapinha. E o fato é que as cidades mudam. Ou será só Nova York? Mas não é bem isso não. Está quase tudo lá no lugar. Lógico que houve mudanças, mas a distribuição das ruas é fácil de compreender. É que a gente precisa saber onde estão as coisas, e daí precisa do tal guia. Simples assim. A questão que se põe é: o smartphone ou o tablet o substituem? Talvez. Depende de você conseguir conexão. 

Porque o roaming da sua operadora é uma fortuna. Aí você pode comprar um chip lá, que nem é tão barato assim se quiser ter acesso à internet. Ou pode usar wifi, que não tem em todo lugar (hoje o lindo do Google botou de graça no Chelsea). Mas até hoje posso jurar que nunca consegui ter acesso ao wifi dos aeroportos internacionais nem do Galeão, de Guarulhos nem no JFK. E aí, vai parar parar no meio da rua para abrir seu iPad? Bom, também não recomendo fazer isso com o guia de viagem. Dá muita bandeira. Sempre achei legal resolver aonde iria antes de sair do hotel, anotar tudo num papel à parte, e na dúvida, entrar em algum lugar. Consultar, só os mapas de transporte público. Acho utilíssimos. E se me perder, o que não é incomum, vou e volto. Sou apenas humana.

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