sábado, 10 de novembro de 2007

Pride and Prejudice... ainda e sempre

http://bodak.ptisp.org/fda/index.php?option=com_content&task=view&id=84&Itemid=40

Das origens: http://www.janeausten.co.uk/magazine/page.ihtml?pid=97&step=4

Um outro tipo de viagem

Livros. Óbvio. Tenho essa montanha de livros q trouxe de viagem, dos romances, passando, pelos thrillers, históricos até um sobre o conflito entre árabes e israelenses. E de auto-ajuda, confesso. Estou investigando tudo q diz respeito a 'O Segredo'. Mas eu queria falar de Jane Austen. Meu livro favorito é 'Pride and Prejudice', dessa autora, lido pela primeira vez na faculdade de Letras, como objeto de estudo. E depois relido inúmeras vezes. Parece q ñ é esquisitice só minha. Em 2004, uma matéria no jornal inglês The Guardian diz q 1900 mulheres apontaram o personagem masculino principal, Mr. Darcy, como o seu herói ficcional favorito. Além de ele ser a inspiração para o personagem Mark Darcy (junto com o ator Colin Firth, q desempenhou o papel na série da BBC), de Bridget Jones.
Bem, pois assim como Shakespeare, q escreveu todos os livros do mundo (parece q tudo q a gente lê deriva de algo q ele escreveu), e Da Vinci, q inventou tudo (mesma analogia - e a conclusão foi tirada de uma exposição q visitei com Jackie X na Casa França-Brasil, maravilhosa, além da companhia), Pride and Prejudice tem uma série de derivações.
Outro dia mesmo, zapeando a tv, achei uma produção indiana - o cinema de lá é prolífico, e apelidado de Bollywood. Em inglês, chama-se Bride and Prejudice. O trocadilho é infame, embora só faça sentido em inglês, por causa da grafia das palavras. Orgulho e Preconceito ñ é tão bonito quanto o título original. É? Aliás, vi o livro traduzido ontem, numa edição de bolso, na Siciliano. É um livro fantástico, então... vá lá, recomendo de qq jeito.
Agora, estão lançando um filme, q estava passando em NY, q parte de um grupo aficcionado pelo livro. O filme é baseado em um livro, q ñ é o original, claro. Como ñ gostei da crítica do New York Times, ñ fui assistir e nem comprei o livro. Agora estou me mordendo de curiosidd. Talvez por isso tenha comprado um livro na Bordersa chamado 'Me and Mr. Darcy'. Li hoje. Engraçado, cita trechos do livro, e, mais uma vez, tem uma história derivada. Falta de imaginação ou criatividade? Sei lá. Ele me divertiu, encantou. A autora é Alexandra Potter, é inglesa. Ñ sei nada sobre ela, ñ tenho nenhuma referência a seu respeito. Mas me proporcionou um sábado adorável, e bem de acordo com o tempo estranho - nublado, apesar do calor. Claro q sou tão fanática pelo livro (o original) q qq coisa q remeta a Jane Austen, Mr. Darcy e Elizabeth Bennet vai prender minha atenção. Me fez viajar. Aquele tipo de viagem q eu mais aprecio - aquela em q ñ tenho de arrumar ou arrastar malas, ficar ansiosa, me cansar... é por isso q eu odeio dores de cabeça ou enxaquecas - elas me impedem de fazer o q eu mais amo no mundo, q é ler.

Moving on

"Begin at once to live, and count each separate day as a separate life." -- Seneca

Pois. É tempo de seguir, voltar à "realidade". Todos os outros blogs q eu criei ficaram pra trás, congelados no tempo. Mas a vida ñ é assim. É uma viagem permanente. Então, em vez de começar outro, continuarei com este mesmo. Mesmo q ninguém leia. Estava lendo em uma Veja de umas semanas atrás q agora é moda entre os artistas ter blogs, dando a entender q seria um espaço para compartilhar qq besteira. Ou terei entendido errado? Talvez pq ache q um blog é uma espécie de viagem do ego, e q a ñ ser q tenha uma finalidade específica, qq um q passe por ali vai pensar 'e o q me interessa o q essa pessoa está escrevendo?', isto se passar. Mas, como quero me disciplinar para escrever, vai me servir como exercício.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Resumindo

"To awaken quite alone in a strange town is one of the most pleasant sensations in the world. You are surrounded by adventure." -- Freya Stark

domingo, 4 de novembro de 2007

Em casa (Salem)


Uma vez meu irmão me trouxe uma vassoura (daquelas de palha, q a gente associa às bruxas das histórias) do Canadá p/ mim - e disse q agora ñ faltava mais nada. Muito engraçadinho. A parte séria da coisa é q essa história de bruxaria é associada a inquisição, repressão, tortura - e quase sempre com relação a mulheres. Em Salem, a data histórica dos chamados Julgamentos é o ano de 1692. Ñ consegui passar dos passeios turísticos na cidade, tudo por causa da preguiça, q me fazia acordar tarde... talvez apareça outra oportunidd. Enquanto isso, leio sobre o assunto em livros q comprei lá.
Num desses livretos, The Salem Witchcraft Trials, de Katherine W. Richardson, menciona-se q as crenças supersticiosas datam dos tempos A.C., mas q a grande luta da igreja (tanto a Católica como a Protestante) atingiu proporções épicas na Europa nos séculos 15, 16 e 17. Ñ se estranha q tenha se espalhado pelas colônias (aqui tb tivemos Inquisição...). Milhares de pessoas foram mortas.
Além do fato de sermos naturalmente curiosos com relação ao mágico, tb são possíveis outras leituras. Por ex., o teatrólogo americano Arthur Miller escreveu uma peça sobre o assunto, q se tornou um filme em 1996, estrelado por Daniel Day-Lewis e outros, mas como uma alegoria relacionada à caça às bruxas q se deu nos EUA na época da Guerra Fria. O q me faz lembrar dos dias de hoje, com a paranóia depois dos atentados (ñ só nos EUA, como no mundo inteiro). Justificado, em parte, mas há muito mais por trás do q simplesmente histeria. Enfim. Como eu estava de férias, tirei férias tb de pensar. Por isso a foto. O motorista do trolley fez questão de pará-lo p/ q eu posasse - ele achou q meu primo era meu marido, e q se eu ñ fosse comportada, esse seria o meu castigo. Tenho certeza de q meus colegas de trabalho e algumas pessoas da família concordam...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Ser diferente



Então, pergunto: o q o turista 'médio' procura? O q é cultura?
Eu acho q está em todo lugar, e o q eu busco, sempre busquei, é o diferente. Como um sítio arqueológico em plena Universidade de Harvard. Está lá na placa q ela teve em início em cerca de 1630. Portanto, o q se está escavando lá é ainda mais antigo. Século XVII. Para os "defensores" da Europa como melhor destino "cultural", pode ser fichinha. Para mim, não. Continuo na classe das 'deslumbradas'. O q será q tem ali embaixo???

Cultura


Então... cultura... o que é? ouve-se muito falar em "pessoa culta" como sendo aquela q se destaca em conhecimento, e ñ necessariamente formal. Há uma mistura de admiração, inveja e um sentimento de estranheza com relação a pessoas diferentes, de uma forma geral, o q inclui pessoas q tenham algo a mais. Seja bom ou ruim. O diferente é freqüentemente temido ou desprezado. Divago, como sempre. "Ser culto" (li outro dia q essa expressão ñ significa o q achamos) seria saber mais do q a média. E qual é a média? Aí é onde reside o problema. Medíocre quer dizer médio. Mas tb tem um sentido pejorativo, de banal, passável, de acordo com o Houaiss. O culto, portanto, seria superior ao médio, ao medíocre. Mas estamos falando de forma, de aparência. Daí q basta uma pessoa fazer uma viagem para fora do país, e já é reverenciada. Talvez isso venha do fato de sermos colonizados, ou do tal complexo de inferioridade q dizem q temos. Na época de Machado, a moda era a cultura francesa. Hoje, somos invadidos culturalmente pelos Estados Unidos. Enquanto ainda é chique falar francês ou ter ido à Sorbonne, a média acima da média vai em massa aos cursos de inglês, sonha ir ao Disneyworld, a New York. E aí? Na época em q o dólar equivalia ao real, hordas de turistas brasileiros invadiam a Flórida e New York. Dava medo. Andam em bandos e falam alto (igual a americanos q estavam em um restaurante onde eu jantava, na Broadway, insuportáveis). E pagam mico. Qual é, porém, a diferença deles para mim? Sou tão deslumbrada quanto eles. Possivelmente, a diferença é q eu passo muito tempo em uma livraria. Tempo q outros passam na Victoria's Secret, ou em shoppings. É por isso q sempre fui vista como um bicho estranho. Continuo sendo, na verdade. E vou assumir a pretensão: embora ñ tenha "cultura" para sentar diante de uma obra de arte em um museu, o testemunho da história em uma múmia ou armadura medieval, e descrevê-la em detalhes, ou o meu olhar seja superficial, ainda acho mais importante ir ao MET, testemunhar a história e/ou o talento, que ver uma representação em cera de Julia Roberts.
Como diz a propaganda daquele cartão de crédito, há coisas que não têm preço.

Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...