terça-feira, 5 de maio de 2009

África

Livro: DEAD AID, Dambisa Moyo
Revista Época, 16/3/09 - João Caminoto
Nos últimos 50 anos, a África recebeu US$ 1 trilhão em ajuda. O resultado, diz a economista Dambisa Moyo, foi o aumento da pobreza e da corrupção. Moyo nasceu na Zâmbia, doutorou-se pela Universidade de Oxford e trabalhou no Banco Mundial. Ela afirma que o continente africano só vai encontrar o caminho do desenvolvimento econômico quando os países ricos pararem de tentar ajudar. Moyo também critica o envolvimento de celebridades ocidentais com a causa africana. Em seu recém-lançado livro, Dead Aid (Ajuda Morta), ela sustenta que os legítimos porta-vozes do continente têm de ser os próprios líderes africanos. E diz que a atual crise econômica é uma oportunidade para a comunidade internacional mudar sua atitude em relação à África.

Oh, well. Faz-me lembrar aquela fabulinha do monge que vai com um discípulo a uma casa, onde é bem recebido, e que só tem uma vaca (ou, em outra versão, uma galinha), de onde se tira o único sustento, e que se mantém em uma situação de quase miséria, porque se fia na vaca. Saídos da casa, o monge manda o discípulo jogar a vaca num precipício. O discípulo fica horrorizado, mas obedece. Eles se vão. Dali a alguns tempos (quantos, não sei), o discípulo volta, para ver como estão as coisas na casa, e vê outra situação, bem mais próspera. Surpreso, pergunta o que aconteceu. E descobre que, com a morte da vaca, todo mundo se mexeu para dar um jeito. Pzé. A necessidade é a mãe da invenção. Dar a bolsa-disso, bolsa-daquilo é importante. Mas não pra sempre. Tem de ter carência. Tem de ter retorno. E você tem de provar que digno do "prêmio". É a jornada do herói, o Graal. Uma vida sem significado não é vida. Sentar na frente da TV todo santo dia não é o objetivo da vida. Né?

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