quinta-feira, 28 de maio de 2009

Quente-Frio

15- ANDALUZIA
Quem melhor para traduzir a alma do sul da Espanha que Federico Garcia Lorca? Romancero Gitano (Martins Fontes) é uma coleção de poemas escritos noas naos 20 que buscam inspiração na cultura cigana. Embalados pelo canto ardido do flamenco, os versos contam histórias de amor e de sangue vividas nos vilarejos do interior e nos bairros ciganos de Córdoba, Sevilha e Granada.

16- SUÍÇA
Em A Montanha Mágica (Nova Fronteira), Thomas Mann interna num sanatório nos Alpes Suíços representantes de várias nacionalidades europeias porta-vozes das inúmeras correntes políticas do início do sécluo 20. Uma Europa em busca de unidade.

Bem, poderia haver dois livros mais díspares? Pelo menos no que evocam. Até em temperatura. Quando penso em flamenco penso em Antonio Gades, em Carlos Saura, Bodas de Sangue. Lembro-me da última apresentação de Gades no Brasil, no Teatro Municipal do Rio. Fantástico.
Já se eu pular para a Suíça, partirei para algo racional - embora muito pessoal. Jung era suíço, e tem sido uma influência há muito tempo em minha vida, desde que li seu livro Memórias, Sonhos e Reflexões. A ideia do mito, do conto de fadas, percebo, vem como um leit motif desde sempre... e agora retomo o fio da meada com discípulos junguianos que estão compondo um patchwork em torno do tema 'transição da meia-idade'. BTW ou à propos.

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