quinta-feira, 14 de maio de 2015

Viajando nas fotografias: Salem, 2008

Eu e o motorista

Estava procurando umas fotos de viagem (continuo na busca), e acabei achando o registro de uma visita que fiz a Salem, em 2008. Primeira visita a Boston, cidade adorável, e meu primo me levou para visitar essa cidade que sempre sonhei conhecer. 

São cerca de 35 km de distância de carro, e chega-se lá em mais ou menos 40 minutos. Há outras opções de transporte, como trem, ônibus e ferry. Vale a pena? Certamente. Espero mesmo retornar um dia. Poderia dizer que seria interessante passar um Dia das Bruxas lá, mas tenho uma certa reserva quanto a isso. A razão: Salem tem seu nome ligado a bruxas por causa de um episódio ocorrido entre no ano de 1692, em que pessoas foram acusadas de bruxaria, o que resultou na execução de 20 delas, a maioria mulheres.

Há um excelente filme sobre o assunto, no original, "The Crucible", naturalmente traduzido como... "As bruxas de Salem", protagonizado por Daniel Day-Lewis, baseado na peça de Arthur Miller, e premiado internacionalmente. Representação perfeita da intolerância religiosa, com resultados desastrosos. Diz-se que se tratou de um exemplo notório de histeria em massa, que teve como consequência derrubar a teocracia da época.

Cabe observar que a peça que gerou o filme, e tem como fonte fatos históricos, foi lançada em plena era de macartismo, ou seja, um período de intensa perseguição a comunistas (ou quem fosse delatado como tal), e desrespeito a direitos civis nos EUA. 

Terá sido um episódio de sincronicidade o fato de eu ter deparado com essas fotos? Porque sinto no ar uma vontade de caça às bruxas...

Voltando à cidade. Apesar dessa memória tenebrosa, a cidade parecia viver dela. Por onde se passava, havia uma reminiscência de tudo que tivesse a ver com bruxas, Halloween à parte. Afinal, business is business


Acervo

Não deve ser outra a razão pela qual puseram uma estátua da Feiticeira, aquela de uma série de TV (http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/11/1555576-seriado-americano-a-feiticeira-completa-50-anos.shtml) que eu adorava, mas que acho, sinceramente, no mínimo questionável. Dado o contexto.

Em todo caso, como assistia a um quadro no Globo em Pauta esta semana sobre lugares não tão óbvios para se visitar, me ocorre que a gente às vezes está numa cidade grande, sai do roteiro pré-programado e acaba se surpreendendo agradavelmente. 


Tempo bom também ajuda!
Acervo

Porque afinal, não sairíamos de casa se deixássemos de visitar qualquer lugar por causa de seu passado sombrio. 


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