domingo, 10 de fevereiro de 2019

Voltando no tempo

Centro de Munique - Acervo (2009)

Centro de Munique - Acervo (2009)



Aquela pessoa preguiçosa que deixou de fazer uma coisa de que gostava muito para perder tempo em redes sociais: revejo meus posts sobre viagens e, ao mesmo tempo em que me deleito tanto quanto revendo fotos, aprecio o que escrevi. Perfeito não era, mas tinha um tanto de informação com bom humor e/ou crítica, e deixei que esse prazer escapasse de mim. Vou tentar recuperá-lo, agora que estou tentando me livrar das redes cada dia mais tóxicas. Não completamente, porque sou viciada em informação, e tem muita coisa interessante, especialmente no Twitter. Fato é que as redes incentivam demais nosso viés fofoqueiro. É necessário firmeza, embora seja difícil.

Verdade também que o verão me tira a vontade de viver, quanto mais de escrever. Se antes não tinha pretexto, agora tenho mais de um: escrever por prazer (mesmo sem leitores), registrar as lembranças das poucas viagens que tive oportunidade de fazer, e aproveitar para reunir informações que volta e meia me pedem sobre lugares por que passei. Sei que há milhares de blogs especializados, e até alguns que consulto com frequência, como o Viaje na Viagem (https://www.viajenaviagem.com/), mas meu caminho é outro.


Como resolvi recomeçar? Me pediram dicas sobre Alemanha, Bélgica e Holanda, e numa busca por aqui, descobri que se alguém quisesse se informar, sairia frustrado. Como eu mesma, aliás. E olha que fui à Alemanha em 2009! Nem me lembro quando fui à Bélgica. A Holanda já é mais recente, então segue a linha do desmazelo mesmo.

Existe uma #hashtag (palavra-chave relevante ou termo associado a uma informação, tópico ou discussão; usa-se como indexador para facilitar a busca do leitor) que se criou para a referência a temas e fotos antigos: TBT. Vejo muito no Instagram, e tive até de pesquisar o significado, mas não dou a mínima. O perfil é meu, uso como quiser. Mesmo assim "rotulei" uma foto antiga de Munique para marcar o meu retorno a este espaço. Acho importante, porque andei fazendo pesquisas recentemente sobre um determinado destino, e só encontrei registros em português de muitos anos atrás. Para dados históricos, não há problemas. Mas não se pode confiar quanto à parte prática. É preciso verificar cada link, para não dar com os burros n'água. 

Se vou ser persistente, não sei. Por enquanto me basta começar.

E essa foto, a que se refere? Logo que cheguei em Munique, deparei com essa joalheria, que me chamou a atenção porque minha avó materna era filha de alemães, e o sobrenome dela antes de se casar com meu avô era Christ. Há também uma família Christ que faz vinhos em Viena, mas essa é outra história. Sempre gostei de investigar minhas raízes, e me pareceu significativo que ao botar os pés pela primeira vez num país que sempre foi citado com admiração por minha mãe, uma das minhas primeiras visões fosse esse nome.

Continua.

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