sábado, 25 de abril de 2015

Táticas para alcançar seu objetivo

Padrão dos Descobrimentos - Monumento em homenagem ao Infante D. Henrique, homem de ciências, "trabalhador aplicado" e que deslanchou as navegações de Portugal - Foto do acervo

Continuo lendo a matéria sobre como alcançar meus objetivos. Que não é fácil eu já sabia desde criancinha, porque sempre tive de me esforçar bastante para conseguir as coisas que tenho, materiais ou não. E em alguns casos, mesmo trabalhando muito, não cheguei lá. Talvez tenha me faltado traçar estratégias: quando, onde e como pretendia alcançar esses objetivos. 

O psicólogo Peter Gollwitzer, da Universidade de Nova York, criou uma técnica chamada "se-então", ou execução de intenção. A intenção é criar um sinal automático que faça emergir o comportamento que se quer. A efetividade não é 100%. Dizer o motivo para seus planos, como 'quando eu chegar ao refeitório, vou pegar uma salada porque quero ser saudável' não funciona porque pensar sobre o motivo interrompe o automatismo. Os objetivos precisam estar bastante claros antes, e a execução de intenção mais eficaz é em forma positiva. Como "vou ignorar o telefone", em vez de "não vou atender ao telefone". O que me lembra o livro 'O poder do subconsciente', de Joseph Murphy (http://www.saraiva.com.br/o-poder-do-subconsciente-4642275.html). Recomendo, viu? Adicionar imagens mentais também ajudaria. 

A revista Mente & Cérebro resumiu as atitudes que fazem a diferença para alcançar os objetivos em quatro grupos, dos quais já se falou em dois. O terceiro seria "dar um passo de cada vez". É preciso flexibilidade até se encontrar a melhor forma de incorporar novos hábitos. 

Finalmente. sem plano de ação, voltamos ao marco zero. Então:

- Prepare-se para situações específicas. Por exemplo, se você não deseja mais comer carne, pode pensar com antecedência no restaurante ao qual pretende ir para garantir opções vegetarianas no cardápio. Em caso de uma viagem para uma cidade desconhecida, é útil planejar antes de sair de casa. Se a ideia é parar de beber, pense com antecedência no que responderá quando alguém lhe oferecer uma bebida. Assim, um simples "Não, obrigado" pode ser dito mais natural e espontaneamente - e despertar menos ansiedade.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Descubra o que motiva você

Budapeste - Acervo

O que nos motiva? Reconhecimento, dinheiro, o prazer de um trabalho bem feito, o sorriso de alguém que amamos, a felicidade de um filho? Talvez seja bom averiguar e então passar à etapa de fazer planos. Só a motivação não basta. É o que diz a ciência, segundo a revista Mente Mente e Cérebro - http://www2.uol.com.br/vivermente/. Faz sentido, não? Enquanto a gente quer alguma coisa, e é estimulada por um ou mais daqueles fatores que mencionei, mas só fica na ideia, nada acontece. E também não adianta muito ter atitudes esporádicas. Pode-se atingir um objetivo, mas não necessariamente um resultado consistente, duradouro.

Mesmo que pareça tedioso, não dá pra queimar etapas. Seria mais ou menos como acreditar em propagandas de cursos que prometem ensinar uma língua estrangeira em seis meses. Estudando 2 vezes por semana, em aulas de 1 hora por dia. Se não tiver o cérebro do Einstein ou se não vai morar em Londres ou Paris (o que também não garante o seu aprendizado se não se empenhar, como já vi inúmeras vezes), a saída é montar um plano de estudos, e dedicar-se a ele. E essa é uma solução que se adapta a muitos outros objetivos. 

Por exemplo, a artista-autora Janice MacLeod-Lik escreveu o livro 'Paris Letters' contando como chegou ao que faz atualmente. Ela era redatora publicitária na Califórnia, e decidiu, após ler um livro motivacional para artistas em potencial (ela tinha formação como pintora), adotar um plano para juntar/economizar dinheiro para largar seu emprego e viajar, até descobrir o que queria fazer na vida. Seu planejamento previa um ano para chegar à quantia de 60 mil dólares, e dentre outras ações, abriu uma conta e um blog no site de vendas Etsy, para tentar vender o que pudesse e também relatar o que fazia, assim como receber doações de quem quisesse ajudá-la em seu empreendimento (https://www.etsy.com/pt/listing/227736025/paris-letter-stationery-digital-download?ref=shop_home_active_3).

Funcionou para ela, funcionaria para qualquer um? Volte ao "mantenha expectativas realistas". Ela sabia desenhar e pintar e pôde sair reproduzindo o que via em Paris. Outros poderão fotografar, filmar, costurar, cozinhar. Outros ainda continuarão em seus empregos. Não importa, veja o título do post: descubra o que motiva você.

Dicas:

- Pense em como as mudanças podem ajudá-la a se tornar a pessoa que você pretende ser, mais saudável e com mais possibilidades.

- Tente encontrar maneiras divertidas para seguir em direção ao seu objetivo. Por exemplo, se dê pequenos presentes (que não sabotem seu propósito a cada etapa vencida).

- Imagine maneiras de alcançar seus objetivos que possam fortalecer seus relacionamentos com outras pessoas.

- Encontre formas de medir seu progresso e acompanhar suas realizações. Uma possibilidade é manter um registro diário de poucas linhas a respeito de como se sente. Algumas pessoas criam blogs para partilhar a experiência.




quinta-feira, 23 de abril de 2015

É possível realizar seus planos?

Leio numa revista (http://www2.uol.com.br/vivermente/) de janeiro de 2014 (é, eu guardo...) que existem táticas que podem nos ajudar a atingir nossos objetivos. Falam de quatro, mas vou destrinchar uma de cada vez. A primeira é "mantenha expectativas realistas". Parece óbvio? Mas não é, pelo menos não pra todo mundo. Poderia estar falando de mim, que sonho em ganhar na mega-sena (mas se fosse assim, não haveria um monte de gente apostando nela e em vários outros tipos de loterias similares, e até jogos, bingos, alguns ilegais, com direito a um comportamento compulsivo que pode levar a desastres pessoais, como a perda de bens, etc.).

Na verdade, de uma forma ou de outra, sempre há algum tipo de ilusão permeando nossa cultura. Cinema, literatura, videogame, bebidas recreativas, drogas, propaganda, princesas da Disney, super-heróis, o cantor ou a cantora popular, tudo serve para pôr um pouco de glitter na vida sem-graça da gente, ou pra criar um mito, um modelo ou até inveja. O que ele tem que eu não tenho? O risco da ilusão é quando ela se torna maior do que a realidade. Daí a importância do pé no chão. Mas sem cair no extremo oposto, aquele que toca a autoestima no que ela tem de mais frágil, quando te dizem que isso não é pro teu bico. 

Dubrovnik - Acervo

As dicas são:

- Visualize você mesma atingindo seu objetivo. Em seguida, pense nos obstáculos específicos que irá enfrentar e imagine formas de superá-los. Novamente volte a se ver atingindo o sucesso.

- Evite situações que desencadeiem hábitos que você deseja superar. Por exemplo: se quer deixar de fumar e sempre tem vontade de acender um cigarro após tomar um café, troque a bebida por água, chá ou suco.

- Não seja intransigente, perdoe-se; se você escorregar, refaça seu compromisso e siga em frente.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Bem-estar

Acervo

Junto tanta coisa pensando que um dia vai servir pra alguma coisa (opa, era isso que meu pai dizia e eu criticava! só que ele guardava objetos, eu guardo papel...), que vou acumulando sem realmente tirar proveito. Até o dia em que preciso fazer uma limpeza de espaços e saio jogando coisas fora. E é uma perda enorme de tempo, porque leio tudo, não consigo simplesmente descartar de uma tacada só. O que seria bem mais fácil. Fico até imaginando quanto espaço e tempo isso me economizaria. Mas resisto. Sempre fica aquele pensamento residual: vai servir para alguma coisa. Às vezes serve, às vezes não.

Dessa vez vou realmente tentar usar. Compartilhando aqui, exercitando também a escrita que anda abandonada.

Então, do fundo do baú, uma lista de sugestões para melhorar a vida da gente. Parecem razoáveis, mesmo para uma pessoa preguiçosa como eu.

Aumente sua capacidade pulmonar
A maioria das pessoas tem uma respiração fraca e superficial, o que torna o organismo sensível e eleva a ansiedade. Você pode melhorar isso fazendo um exercício praticado há milênios pelos iogues: inspire lentamente, contando até 4 (lembre-se de expandir a caixa torácica). Quando sentir que o pulmão está totalmente cheio, tente inspirar mais um pouquinho. Prenda a respiração e conte até 4. Expire mais um pouco para sair o ar. Repita várias vezes.

Fique mais jovem
Gastando poucos minutos por dia, os exercícios faciais ajudam a suavizar linhas de expressão, oxigenar fibras musculares e aumentar a circulação sanguínea. Para melhorar a aparência da testa, experimente o seguinte: levante as sobrancelhas o máximo que conseguir. Depois, abra os olhos tanto quanto puder. Relaxe e repita.

Olhos fortes, mente calma
Olhe fixamente para um ponto entre as sobrancelhas. Em seguida, relaxe. Repita quantas vezes quiser. Assim você também acalmará a mente e reduzirá a tensão e o estresse.

Ouça um livro
Anda sem tempo para ler? Em alguns sites é possível comprar livros de autores consagrados, gravados em áudio por grandes intérpretes.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Criticar é fácil, mas fazer...

Escrever é fácil, não é? Só que não. Não sei qual proporção de pessoas em cada universo gosta de rabiscar palavras no papel, só sei que desde que letras começaram a formar palavras que começaram a fazer sentido pra mim gostei de jogá-las no papel. E não era ruim nisso não. Cheguei até a sonhar em ser escritora. Ainda não abri mão desse sonho. Sei que não vou ser uma Jane Austen, mas li outro dia que há alguns escritores que começaram suas carreiras em idades avançadas, como José Saramago, por exemplo. Não, também não vou ser como ele. Só estou dizendo.

A tudo se critica, e os mais ferozes são aqueles que não produzem nada. Um sujeito que é muito criticado é justamente o escritor Paulo Coelho. Não vou analisar sua obra, pois não sou nem crítica nem escritora. Só aprendi na Wikipedia que ele recebeu vários prêmios internacionais, que já vendeu 165 milhões de livros em todo o mundo e é o maior best-seller da língua portuguesa. Seu livro 'O Alquimista' já foi traduzido em 80 línguas, vendeu mais de 65 milhões de cópias, um dos maiores best-sellers da história, e por conta disso, entrou para o livro de recordes do Guinness, por ser o livro mais traduzido de um autor vivo. A estrela do pop Pharrell Williams declarou à apresentadora de TV Oprah Winfrey que 'O Alquimista' mudou sua vida (https://twitter.com/pharrell/status/419569031423995904). Bem que eu achei que ele parecia meio nas nuvens no Grammy de ontem...

Parece que estou fazendo a apologia de Coelho, mesmo tendo estudado literatura na faculdade? Verdade que estudei clássicos como Austen, Joyce, Shakespeare, Camões, Machado. Também é verdade que hoje baixo livros da Amazon (http://smile.amazon.com/ref=nav_logo) que passam ao largo da concepção de clássicos. Tudo porque tenho déficit de atenção, e uma hora estou lendo uma coisa, daí pulo para outra, e assim por diante. Então vivo aproveitando as promoções que me são enviadas via newsletters das Smart Bitches (http://smartbitchestrashybooks.com/reviews/), bookgorilla (http://www.bookgorilla.com/), BookBub (https://www.bookbub.com/home) ou goodreads (https://www.goodreads.com/). Só não posso ficar sem ler. Especialmente quando viajo. Antes tinha de ficar arrastando peso de livros, e ficava horas pra escolher o que levar. Ou então torcendo pra encontrar uma livraria de língua inglesa, minha preferência, pra compra alguma coisa local. Nem sempre conseguia. Agora, com os ebooks, acabou o estresse. 

Qual não foi então a minha surpresa ao deparar com o compatriota por quase todo lugar por onde passei? E vou confessar, achei muito divertido.

Aeroporto de Frankfurt

Porto - Livraria Lello

Praga

Zagreb

Zagreb

sábado, 7 de fevereiro de 2015

I love trains...



Dentre as decisões a serem tomadas quando se vai viajar, uma delas, no caso em que se vai locomover de uma cidade a outra, ou de um país a outro, é o meio de transporte que vai ser utilizado. 

Alguns pontos serão levados em consideração: preferência pessoal (algumas pessoas têm aversão a viajar de avião, outras enjoam se andam de navio, etc.); orçamento; distância; e até as burocracias dos dias atuais. Tal qual o tempo que se economiza numa viagem de avião, mas vai se perder nas longas filas dos aeroportos para vencer a segurança, e mais, se for necessário despachar bagagem.

Há casos em que realmente não vale a pena, como de Nova York a Montreal. A gente pensa que vai ver paisagens bonitas, e se desaponta, sem contar o estresse de passar pela fronteira. Pelo menos foi a minha experiência. Foram 2 horas em que o trem ficou parado, por causa de três passageiros, que saíram com mala e tudo. Um ficou. Pra não falar do tanto de pergunta que me fizeram, apesar de a minha documentação estar absolutamente em ordem. Me perguntaram onde tinha comprado minha passagem (tinha sido no dia anterior, na Penn Station, NYC), e mostrei até o recibo do cartão de crédito. O visto estava fresquinho, cintilante. Saíram, foram até o posto, voltaram, depois de uns 15 minutos, a dupla riscou o visto (só valia para aquela entrada, mesmo eu achando que poderia entrar, sair e voltar - não que fosse ou quisesse fazer isso), com uma vontade que me deixou perplexa. Ainda bem que Quebec é uma cidade espetacular, e as Cataratas do Niagara são deslumbrantes, ou teria ficado com muita raiva daquele país. Ah, sim, a chinesa/canadense dona do hostel em Toronto foi ótima, assim como a funcionária da Porter Airlines (https://www.flyporter.com/Flight?culture=en) em Toronto. Não as de Quebec, muito displicentes, mas essa em Toronto foi excepcional, como a própria companhia. A melhor em que já viajei. Recomendo.

Mas voltando aos trens, que era no que eu pensava quando comecei a escrever, sempre serão minha primeira opção em se tratando de viagens relativamente curtas. Porque aí, para mim, eles são imbatíveis. Se todos pudessem ser como o Eurostar, seria muito bom. Ou rápidos, como o TGV. Se as estações fossem como a de Berlim (central), ou St. Pancras, em Londres, ou mesmo Paddington, onde se pode pegar o expresso para o aeroporto por um valor muito razoável, e não ter de gastar uma fortuna em táxi. Mas não. Muitas estações parecem mais com a Central do Brasil mesmo.

 Estação-Budapeste, por volta de 6 h da manhã

Ao se decidir pela viagem de trem, há outras escolhas a fazer: antecipar a compra (pela internet) ou deixar para fazê-lo na hora (ou véspera), na própria estação; e que tipo de bilhete. Vale checar em http://www.raileurope.com.br/train-tickets/train-tickets/.

Sempre deixei pra comprar na hora, e continuo preferindo essa opção. Já li que há descontos para quem antecipa, mas prefiro me dar o direito de decidir dia e hora em que vou fazer meu trajeto. Posso querer acordar mais cedo ou mais tarde, posso querer fazer outro programa, gosto de viajar com flexibilidade. Ano passado, no entanto, viajei com outras pessoas que preferem antecipar. Saímos do Brasil com todas as passagens compradas, e em dada situação, até tivemos devolução de dinheiro. Deve ter sido pelo fato de que adquirimos uma passagem de primeira classe, e viajamos num verdadeiro galinheiro (Budapeste-Zagreb), num trem que deveria ter lugar marcado mas parecia o metrô do Rio, onde ninguém respeita o lugar dos idosos, e tivemos de sair do trem duas ou três vezes arrastando nossas malas, por causa das obras na linha. Um verdadeiro horror.

Outra péssima experiência foi a viagem de Praga a Viena, que poderia ter sido feita em cerca de 4 horas, mas como queriam a experiência do trem noturno, não somente aumentou-se o tempo de viagem em 2 horas, como a expectativa foi totalmente frustrada. O que era pra ser uma experiência divertida, diferente, talvez até um pouco romântica (no sentido de um Expresso do Oriente, à la Agatha Christie), acabou sendo um transtorno, por uma série de motivos. Primeiro, porque trem não é avião, a gente tem de levar o mínimo de bagagem, já que nós mesmas temos de carregar a própria mala escada acima e abaixo, num tempo mínimo, contando com uma pontualidade à qual brasileiros não estão habituados, e deslocá-la por corredores muito estreitos até achar a cabine. Que é um pesadelo. Para se acomodar pessoas e bagagens, tirando tudo e todos do caminho de forma a permitir que demais passageiros também possam circular. Puro stress.

Resumindo a ópera, me senti como se estivesse numa prateleira.

Parecem prateleiras, mas são leitos... O.o

Em todo caso, reitero o que disse no começo. É tudo uma questão de preferência mesmo. Depois de ter sido revistada em praticamente todos os aeroportos pelos quais passei, de ter perdido um tempo enorme em filas e algum dinheiro ao qual tinha direito em devolução de taxa em Portugal, só por causa de burocracia, ainda defendo as facilidades do trem, e por que não, o romantismo que o transporte me evoca. Talvez tenha a ver, no final das contas, com o mistério evocado por Agatha Christie.

Em todo caso, tem mais um site interessante para pesquisa de voos baratos: http://www.whichbudget.com/, e outro para pesquisa de trens, http://www.seat61.com/index.html#.VNbWEfnF-So.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Viajar

Gosto de ficar em casa, mas adoro viajar. Não sei se isso é uma contradição, ainda não parei pra elaborar todas as considerações possíveis sobre essas duas tendências, mas na hora em que decido viajar, começo muito antes de entrar no avião. Tudo começa nos meses em que a viagem é apenas uma ideia, e eu penso em todos os lugares que gostaria de conhecer. Daí começo a pesquisar preços e datas, pra ver o que combina mais com o meu orçamento. A internet é minha maior aliada, mas não deixo de consultar um agente de viagens de confiança.


Sem esquecer da Wikipedia, http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal, e do "São" Google, https://www.google.com.br/webhp?tab=ww&ei=CVbVVMfRHreHsQSS-IGQBA&ved=0CAkQ1S4, imbatível pra qualquer pesquisa que eu faça, porque eu tenho de saber alguma coisa sobre os lugares que ainda não conheço. Sob esse aspecto, o Lonely Planet e o tripwolf também são preciosos. 

Acho difícil abrir mão dos guias tradicionais, porque enquanto há lugares onde o smartphone pode resolver tudo com um app ou um Google Maps, seja via sim card, wifi gratuito ou até mesmo pelo plano da operadora, às vezes a gente fica na mão. Às vezes, não, muitas vezes. 

Plano de operadora é inviável. Caríssimo. Se você está viajando só por um país, não há muito problema, porque pode comprar um cartão de uma operadora local, e ele vai funcionar (ex.: EUA, França, Portugal). Porém, se vai viajar por mais de um país, pode ocorrer o que aconteceu comigo em Portugal, onde fui informada de que não poderia recarregar o cartão que comprasse lá em outros países da Europa. Não é bizarro? 

Não adianta dizer que há wifi gratuito em alguns lugares ou se pode usar aplicativos como WhatsApp, Viber ou Skype, pelos seguintes motivos: por exemplo, o Starbucks agora exige que se consuma alguma coisa em suas lojas para usar o wifi; para usar os apps, é preciso que os interlocutores também tenham os aplicativos. E, de qualquer forma, uma das grandes funcionalidades do smartphone é o mapa. Se você estiver perdido num lugar estranho, e não houver qualquer wifi gratuito disponível, se não tiver seu mapa de papel, e se estiver num país, digamos, do leste europeu, ou qualquer outro onde as placas de rua estejam escritas em caracteres não familiares, como vai proceder?

De qualquer forma, a fase preparatória é uma das mais importantes da viagem. Não há garantias de que tudo vá sair perfeito, aliás, a única certeza que existe é que algo vai sair errado. Deve ser por isso que alguns (muitos?) de nós ficamos tão ansiosos às vésperas de viajar. Talvez algum psicanalista explique melhor, não importa. O que posso dizer é que no momento em que entro no avião já fico mais calma. Claro que no decorrer da viagem me estresso por um ou outro motivo. Mas ao final, sei que, de alguma forma, me expandi. Atravessar o oceano é mais do que uma coisa física, é emocional, espiritual, intelectual. Não há nada igual. Talvez, sim, quando leio um livro excepcional. Mas essa é outra história.

Como, por exemplo, descrever a sensação de se chegar em uma cidade de mais de 1000 anos de existência, caminhar até um restaurante que proporciona a vista de um castelo igualmente antigo?

Vista da Novotneho Lavka, Praga

Clarice: escrever é o mesmo processo do ato de sonhar: vão-se formando imagens, cores, atos, e sobretudo uma atmosfera de sonho que parece u...