domingo, 12 de junho de 2011

Meu dia de VIP

Billy Bishop Toronto City Airport

Quando viajamos por conta própria, uma das coisas a considerar é que tipo de transporte vamos utilizar para nos deslocar - carro, trem, ônibus, avião. O carro é uma ótima opção quando se está em grupo. Já andei de ônibus para fazer um tour de Munique a Neuschwanstein, mas acredito que esses ônibus sejam especiais. Mesmo assim, as estradas são muito boas, o que já é uma referência. Também já fui de ônibus de Nova York para Boston, e agora fiz o inverso, e também fui de Montreal para Quebec. Ratifico minha opinião. 
Gosto muito de andar de trem na Europa. Nunca comprei o passe porque nunca fiquei tempo suficiente para aproveitar os descontos que dizem oferecer. Da última vez que chequei, a coisa ficava meio amarrada e ainda tinha de pagar uma taxa. Também o preço era mais alto, porque a passagem era de primeira classe. Não vi necessidade desse luxo, já que as viagens eram relativamente curtas entre os países. Fazia assim: ao chegar nos lugares, ia à estação e comprava o bilhete de segunda classe e pronto. No final das contas, saía mais barato. Acontecem até umas coisas bizarras como, por exemplo, o bilhete no Eurostar de Bruxelas para Londres só de ida custar mais caro que o de ida-e-volta. O.o
Por fim, as companhias aéreas que, na Europa, podem oferecer passagens mais baratas que os trens, são grandes opções. Na América do Norte, porém, encontrei dificuldade de barganhar. E de horários também. Não há, por ex., trens noturnos de NYC para Montreal. Verdadeiro atraso de vida. ¬¬ Temos dois países de dimensões continentais e distâncias razoáveis entre as cidades, só para complicar a vida da gente. Junte-se a isso o dificultador da imigração, que ñ existe na Europa. Quando a gente encontra uma prestadora de serviço que encanta, chega a ficar surpresa. Foi o que aconteceu com a Porter Airlines (https://www.flyporter.com/Flight/Tickets?culture=en-CA). Estava pesquisando opções de deslocamento entre Quebec e Toronto e entre Toronto e Boston, e acabei me decidindo pela via aérea. Daí fui ver preços e cheguei à Porter, que é uma empresa canadense, com base em Toronto. As funcionárias em Quebec não eram lá essas coisas, porque demoraram para localizar minha reserva, mas em compensação, a de Toronto... uau. Mas primeiro: a cia. envia a confirmação para o seu e-mail, o que é essencial. Se ñ fosse isso, eu teria tido problemas em Quebec. Em Toronto é que a funcionária descobriu o problema (que se repetiu com a American Airlines - que tem funcionários antipáticos em terra): as reservas são feitas pelo último nome da gente e o passaporte pega o nome do meio. Pois é. ¬¬ 
Pois a moça não somente foi simpática o tempo todo como adiantou meu voo, sem custo adicional, e ainda pediu desculpas por não fazer melhor, porque não dava tempo. E o lounge da Porter em Toronto? Café Starbucks (eu ñ bebo café, mas mesmo assim), chá, refrigerante, água, croissant, tudo grátis. Fiquei pensando na miséria da Gol, Tam... me senti tão especial lá! E não era passageira de primeira classe ou executiva não. Foi a passagem mais barata que eu achei. Mas mesmo que não tivesse nada disso, só a gentileza e a simpatia da funcionária já teriam sido suficientes. Essas coisas andam tão em falta hoje em dia... e nem custam nada.

Vista de Toronto

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