sábado, 25 de junho de 2011

O que é que Nova York tem?

Nova York foi a minha primeira paixão, e aquela do tipo que nunca se esquece. Hoje vejo também que é um bom exemplo de que também não somente pode não ser a única como pode mudar com o tempo. Não em sua totalidade, nem na essência, mas, como nós, simplesmente evolui, fica com uma cara diferente. Algumas mudanças são chocantes e não desejadas nem planejadas, como o 11 de setembro de 2001. Minha primeira viagem foi em 1991. Depois do atentado só retornei em 2007. Fiquei absolutamente chocada, exatamente porque um dos locais que sempre visitava era o sub-solo do World Trade Center, onde havia várias lojas, inclusive uma da Warner, e na minha última viagem antes do atentado levei meus filhos lá, exatamente nessa mesma loja, e tiramos foto na frente da vitrine, por causa dos personagens.


Outras mudanças são de natureza econômica ou tecnológica, como o declínio das livrarias. As grandes lojas físicas, por exemplo, estão desaparecendo. A Borders, primeira cadeia de livrarias norte-americana, pediu concordata e deve fechar 1/3 de suas mais de 600 lojas. Vi uma dessas vazias em Boston, agora, e me deu tristeza. Imensa, o equivalente a uns 3 andares, e só a placa na porta. Enquanto isso, a Barnes & Noble's, outra grande cadeia, continua firme e forte (graças a Deus), mas também se desloca. Antes, por exemplo, a da Quinta Avenida ficava ali pertinho do Rockefeller Center, e era a minha segunda parada (a primeira a catedral de Saint Patrick, para agradecer a oportunidade de estar ali naquela cidade maravilhosa), para me abastecer de livros. Agora está na mesma avenida, só que mais adiante, à esquerda de quem desce, e eu só descobri por acaso, quando estava indo pegar o metrô para a Strand (http://www.strandbooks.com/), que é uma livraria (novos e usados) que propagandeia ter 18 milhas (28,97 km) de livros. O.o Pois é. Uma atração à parte. E a vizinhança é legal, Broadway com 12th, perto da Union Square.


Não tem como "ver tudo" ou dizer que se conhece a cidade só de passar uns dias lá. Talvez 1 mês seja suficiente para andar por uma cidade, comer, conversar com as pessoas, ler os jornais, ver a TV, sentir o pulso. Alguns dias, pouco provável, mas que seja 1 dia, já que existe o mito do amor à primeira vista. Nova York faz com que se vislumbre essa possibilidade. Pode até ser que a gente se apaixone por outras cidades, mas essa cidade meio que se instala no coração da gente e dali não sai mais. 


Por isso mesmo não tem roteiro pronto. Existem dezenas de guias e é bom ter um atualizado, exatamente por causa da mania daquele povo de mudar as coisas de lugar. Os preços podem ser salgados, entre R$35,00 a R$65,00, na livraria Saraiva, mas há que se ser prático e não é nada prático andar com um guia pesado. Gosto dessa série 'As melhores atrações até US$25' (http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/2592268/guia-nova-york-as-melhores-atracoes-ate-u$-25/?ID=BB69637C7DB06191309100627&PAC_ID=26549) e do Rough Guide (http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/1914728/nova-york-o-guia-da-viagem-perfeita-serie-rough-guides-directions/?ID=BB69637C7DB06191309100627&PAC_ID=26549), e dos guias da PubliFolha. Pesquisei na Saraiva porque tenho cartão de desconto (recomendo).


Claro, é possível pesquisar na Internet. Os sites de sempre são http://www.viajenaviagem.com/, http://viagem.uol.com.br/, http://www.tripadvisor.com/, e http://www.tripwolf.com/, porque são confiáveis. Pelo TripAdvisor e pelo TripWolf se chega também ao Booking.com e Hoteis.com, por onde é possível fazer reservas para hotéis, ou voos em companhias de baixo custo no exterior. Já fiz, deu certo, por isso estou mencionando. Mas quer saber? Para mim, alguns guias funcionam quase que como livros de História. E compensam. Junto com meu livrinho de anotações, onde registro meus próprios roteiros e dicas.


Nova York sempre vai ser para mim O Fantasma da Ópera, minha amiga Déa, o apartamento do Radio City, meus filhos, a catedral de Saint Patrick, a Broadway, a Quinta Avenida, os cinemas, Persuasion no cinema atrás do Plaza (com porteiro uniformizado), a F.A.O., o NYT aos domingos em frente à ponte do Brooklyn com Déa, a Times Square, a 47, o Metropolitan Museum, o Museu do Brooklyn, a Century 21, os cookies, a cookie sheet, a Au Bon Pain, o chocolate quente, os waffles, meus pocket books, meu primeiro Pride and Prejudice em VHS, comprado na Virgin da Times Square, que não existe mais.


Enfim, cada um faz a sua viagem, e olha a cidade do seu jeito, como fez o filmmaker Giuseppe Vetrano, em Alone in New York. Vale ver (http://vimeo.com/15261921).


Times Square


Sítio do World Trade Center


West Side, campanha para plantio de árvores


Campanha Save the Children, vitrine da Bergdorf Goodman

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