segunda-feira, 16 de julho de 2018

Ainda Londres

Achei na minha imensa pilha de guardados um mapa de atrações de Londres impresso em 2007. Isso não é anormal, pois guardo de tudo, inclusive lembranças de viagens, guias, mapas… E vamos concordar que nos lugares que têm história há “atrações” que dificilmente mudam, exceto em situações dramáticas (bate na madeira!). Algumas até permanecem nem que seja na memória ou como vestígio arqueológico. A Inglaterra tem uma penca de castelos e remanescentes da ocupação romana, ou mesmo plaquinhas que informam o que existiu de relevante em determinado local.

São 77 pontos. Alguns eu já visitei, outros eu quero conhecer, e ainda há aqueles que não me atraem. Ou mesmo um ou outro que não estão na lista, como a Wallace Collection (https://www.wallacecollection.org/). Digamos que você foi ao museu de Sherlock Holmes. Pode sair de lá e andar 4 minutos em certa direção e chegar ao museu de cera Madame Tussauds. Ou pode ir em outra direção, assim como quem vai para a Oxford Street e, no meio do caminho, em 5 minutos, chegar nessa casa que virou galeria de arte, aberta ao público e de entrada grátis.

Wallace Collection, 2015 - acervo

A galeria fica na Hertford House, que já foi residência da família Seymour (pra quem não está ligando o nome à pessoa, Jane Seymour foi a terceira esposa de Henrique VIII). São cerca de 5500 objetos, entre mobília, armas, armaduras, porcelana, e quadros desde o séc. 15 ao séc. 19, tudo distribuído em 30 galerias. Pintores renomados estão representados na coleção, como Ticiano, Rembrandt, Rubens, Van Dyck, Canaletto, Velázquez, Gainsborough, Watteau, e isso só para mencionar alguns.

A coleção foi doada à nação, e está aberta ao público em caráter permanente desde 1900, sob a condição de que nenhuma das obras deixe o acervo.

Como sempre, vou lamentar a proibição de se fotografar. Sou adepta da teoria de que a fotografia ajuda o aprendizado, permite a revisitação de memórias queridas, além de facilitar a divulgação. Não ligo para quem acha que as pessoas se preocupam mais em fotografar que ver. Fotografar é uma forma de ver. Ainda assim, é um lugar excepcional.




Wallace Collection, 2015 - acervo

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