quarta-feira, 11 de julho de 2018

Atualizando roteiro para Londres, parte III

Um passeio clássico pela beira do Rio Tâmisa

Saia na estação Westminster (Underground).

Atravesse a Westminster Bridge e siga em direção ao Big Ben, mas antes passe por baixo da ponte (literalmente) e veja o Parlamento de frente. A Parliament Square concentra Parlamento e Big Ben e também a Westminster Abbey. Se quiser entrar na Abadia, verifique os horários de funcionamento no site. E a visita ao parlamento é muito interessante (https://www.parliament.uk/visiting/).

Parlamento, 2015 - acervo

London Eye: É possível comprar ingresso com antecedência pela internet, e até dá pra pagar mais pra não ter que enfrentar fila. A volta completa leva meia hora. Independente do horário, é sempre um bom programa. Melhor com tempo bom. (Existe um ingresso ‘combo’ com o Museu de Cera de Madame Tussaud, que dá um bom descontinho. Não é todo mundo que curte, mas eu penso que é daquelas coisas que se deve/pode fazer pelo menos uma vez na vida, e o de Londres é o melhor.)
Bem perto da London Eye, fica o Southbank Centre, complexo cultural que engloba o Royal Festival Hall, Hayward Gallery, Queen Elizabeth Hall, BFI e mais lugares interessantes.
Continue na beira do rio e siga até chegar à Tate Modern. Vai passar em frente ao Globe, que era um teatro em Londres associado a Shakespeare, construído em 1599 por sua companhia de teatro e destruído em 1613 por um incêndio. Em 1614 um segundo teatro surgiu no mesmo local e depois fechado. A atual reconstrução abriu em 1997, a cerca de 200 m do local original. Vale a visita.
Você pode seguir para a Tate, ou atravessar a Millenium Bridge e ir até a St. Paul’s Cathedral, do outro lado do rio.
Vamos fazer uma pausa aqui para mencionar as pontes de Londres. Onde há um rio relevante e icônico em uma cidade histórica, haverá pontes. E algumas mais significativas que outras. Pontes me lembram uma cena no filme Sabrina (acho que a versão mais moderna, com Harrison Ford e Julia Ormond), em que ela fala de Paris, e as 23 pontes sobre o rio Sena. Uma delas será a favorita. Em Londres, a minha é a Tower Bridge. Nunca deixa de me fascinar.
“I used to walk everywhere in Paris. I used to walk from Montmartre to the center of the town. Along the Seine, there's a four-mile walk... that goes from Île Saint-Germain to the Pont d'Austerlitz. It takes you past all the bridges of Paris... twenty-three of them. And you find one you love and go there every day... with your coffee and your journal... and you listen to the river.

What does it tell you?
That's between you and the river.”
Tradução livre: "- Eu costumava caminhar por toda a parte em Paris. Costumava andar de Montmartre até o centro da cidade. Ao longo do rio Sena existe um caminho que tem 4 milhas (cerca de 6,4 km)... que vai da Île Saint-Germain à ponte Austerlitz. Ele te conduz por todas as pontes de Paris... 23 delas. E você encontra uma que ama e vai lá todos os dias... com seu café e seu jornal... e escuta o rio.
- O que o rio te diz?
- Isso é entre você e o rio.."
A Millenium Bridge, além de te fazer ir do lado do Tâmisa que tem o Globe ao lado que tem a catedral de St. Paul, faz parte da saga de Harry Potter. Ela realmente tremia como no penúltimo filme, mas li que isso não acontece mais.
Se preferiu ir à St. Paul’s, pode retornar e ir à Tate. Mesmo que você entre na St. Paul’s, volte pela mesma ponte e continue a caminhada pelo lado sul. Ambos os lugares são maravilhosos, mas fica mesmo a seu critério – prefere museus ou igrejas?
St Paul's Cathedral, 2015 - acervo
A catedral vale totalmente a visita. Por mais de 1400 anos permaneceu no local mais alto da cidade. Habitual centro de eventos nacionais, o prédio atual é pelo menos o quarto no local, e é considerado a obra-prima do famoso arquiteto Sir Christopher Wren. Construída entre 1675 e 1710, depois que a anterior foi destruída no grande incêndio de Londres, passou a funcionar a partir de 1697. Ali acontecem casamentos reais, como o de Lady Diana e o príncipe Charles. (https://www.stpauls.co.uk/)
Siga para a Tower of London (https://www.hrp.org.uk/tower-of-london/#gs.jiu9ZLU). Construída em 1070, por William, the Conqueror, já foi fortaleza, palácio e prisão. Adorei a visita guiada, e ali fica a casa onde Ana Bolena ficou seus últimos dias e de onde seguiu para a morte. Claro que a bateria da câmera acabou exatamente ali, e na época não havia os recursos atuais. Fiquei sem a foto. Preste atenção nas jóias da coroa. A passagem é rápida. Há um ótimo episódio de Sherlock onde Moriarty rouba as jóias. Adoro. 
Tower of London, 2008 - acervo
Em seguida vá até a Tower Bridge. Alguns a rotulam como "a ponte que abre e fecha". Eu fico com a beleza arquitetônica. Construída em 1894, é a ponte mais icônica de Londres. Tem 244 m de comprimento, e cerca de 40 mil pessoas passam por ela diariamente. Existe um tour, mas eu sempre me contentei só em atravessar e apreciar, de um lado ou de outro.
Embankment, em frente à Tower Bridge, 2008 (um dia eu fui assim) - acervo
Atravesse a Tower Bridge e no final dela, do lado sul, desça as escadas pra ir para o mesmo nível do Rio Tâmisa. Antes de ir pra direita (direção Waterloo), vá para o outro lado e entre na rua Shad Thames. Ali há vários cafés/restaurantes caso queira parar para um cafezinho ou um brunch.
Continue andando na “beira” do Rio e verá ícones londrinos tanto do “lado de lá” como no lado em que está andando – um dos primeiros prédios da caminhada que vai chamar atenção é a prefeitura de Londres. Lembre que as várias pontes têm suas próprias histórias.
Perto da London Bridge fica o prédio mais alto de Londres, The Shard. Dá pra subir nele e ter uma vista de 360⁰. Minha opinião: achei sem-graça. A não ser que você queira só ter a vista do alto. Mas perde na comparação com o One World, em NYC, e a Tour Montparnasse, em Paris, por exemplo. Achei tão mais interessante andar na London Eye…
O Tâmisa (Thames River) visto da London Eye, 2011 - acervo

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