domingo, 24 de julho de 2016

A segurança nas Olimpíadas do Rio-2016

Munique, cidade onde ocorreu recente atentado (acervo)

Há alguns dias pensei em escrever sobre lugares que visitei mais recentemente, e comecei por São Petersburgo, cidade que me deslumbrou. De repente, minha atenção foi desviada por atentados terroristas que despertaram muita atenção da mídia, o que me parece ser mais devido à localização - cidades europeias, ocasiões festivas, já que outros ataques vêm acontecendo em outras partes do mundo sem o mesmo destaque (Bagdá, Kabul).  Agora mesmo, com a iminente realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, Brasil, país que não tem história de atentados ligados aos grupos terroristas de orientação dita islâmica, a questão da segurança ganhou mais importância. 

Já tinha me questionado sobre o quanto os riscos de atentados podem afetar os deslocamentos das pessoas, sejam em suas próprias cidades, ou em viagens de qualquer tipo. Há perigo? Sim. Podemos ou devemos deixar de sair de casa ou viajar? A resposta cabe a cada um. Eu penso que não. Sei que os governos de cada país adotam medidas para alertar e, de alguma forma, cuidar de seus cidadãos quando estes saem pelo mundo. Claro, os países que recebem os turistas haverão de ter suas próprias normas de conduta para lidar com as questões de segurança. Que, no final das contas, é um assunto que é do interesse geral, pois as consequências têm longo alcance.

Munique (acervo)

Não é a primeira vez que o tema vem à luz no Brasil. Antes parecia ser um tópico limitado ao segmento turístico. Mas em 2014, o país foi anfitrião da Copa do Mundo, e é claro que o assunto teria de receber atenção, até porque a violência urbana costuma ter destaque na mídia estrangeira. Assim, nada mais lógico que um governo dedique um cuidado específico em certas situações. O governo alemão, por exemplo, não somente elaborou uma cartilha, como disponibilizou unidades móveis para dar atendimento 24 horas a seus cidadãos. Um projeto que, segundo eles, teve início em 1992 (http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/20/alemaes-tem-cartilha-de-perigos-no-brasil-e-ate-van-com-servicos-medicos.htm). 

Kaiser Wilhelm Memorial Church, com a sua torre semidestruída por um bombardeio em 1943 (II Guerra Mundial) (acervo)

O Departamento de Estado norte-americano atua de forma similar, oferecendo informações relevantes a quem viaja ao exterior (http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-05-31/eua-alertam-para-risco-de-terrorismo-em-viagens-a-europa.html), inclusive sobre riscos de potenciais ataques terroristas, muito reais para eles, sempre alvo de ameaças.

O Brasil não procede de maneira diferente. Além de ter uma página no site do Ministério do Exterior de Cartilhas e Boas Práticas, lançou uma cartilha para a população identificar riscos de atentados nas Olimpíadas. E não custa chamar a atenção para um grave problema que afeta o Brasil e o mundo: o tráfico de pessoas. 

Cabe a nós viver a vida em sua plenitude, sim, mas ficar de olho nos possíveis riscos, porque, afinal, a ocasião faz o ladrão, já dizia um antigo qualquer. Veja os links das cartilhas dedicadas aos brasileiros abaixo.




No que diz respeito à segurança na cidade do Rio de Janeiro, as Olimpíadas já começaram. O Exército já está nas ruas - Copacabana. (acervo)



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